Livro sobre realizadores de cinema "How Directors Dress": o hábito faz o monge?
Novo livro analisa e reflete sobre as roupas e o estilo dos realizadores de cinema, tanto nas filmagens, como nos estúdios de edição e nas passadeiras vermelhas. Porque, tal como na grande tela, nenhuma escolha é inocente e uma imagem vale mais que mil palavras.
Acaba de sair um livro que fará as delícias dos cinéfilos com um gosto especial por moda. Chama-se How Directors Dress e, como o nome indica, usa as escolhas de indumentária dos realizadores de cinema – nos sets, nos estúdios de edição e nas passadeiras vermelhas – para contar histórias sobre cada um. O livro foi editado pela A24, um produtora e distribuidora de filmes e séries de televisão norte americana – responsável por filmes tão famosos e aclamados quanto Moonlight, Lady Bird e Midsommar –, que se lançou também no domínio dos livros e do merchandising, e pode ser encomendado online.
Para além de centenas de fotografias de diversos realizadores de cinema, desde Frederico Fellini, Tarkovsky, John Carpenter, Peter Jackson, Sofia Coppola, Wim Wenders e muitos outros, How Directors Dress conta com textos de alguns dos melhores e mais especializados jornalistas, autores e críticos de moda e cinema, incluindo um prefácio escrito pela realizadora e argumentista britânica Joanna Hogg e um posfácio escrito pelo designer de moda Yohji Yamamoto.
Joanna Hogg, por exemplo, fala da sua experiência pessoal: "Há uma invisibilidade no papel de um realizador. Estás a tentar entrar no mundo que criaste e ser um observador dentro dele. Queres trazer o melhor das outras pessoas, sem ser o centro das atenções. O que visto é uma parte crucial disso. Não quero usar algo que grite: "Ela é a realizadora! É ela que manda!" Nada de calções de montar, nem chapéus extravagantes, como alguns realizadores preferem. Quero algo muito simples e prático para me mover discretamente."
De acordo com esta realizadora, o livro How Directors Dress faz uma pergunta simples: "O que vestimos muda quem somos?" E não é preciso ser-se realizador para saber que sim, o que vestimos muda quem somos ou, pelo menos, a forma como nos sentimos, a ideia que temos de nós próprios e a imagem que passamos para o mundo, e isso molda o nosso comportamento.
Hogg fala muito na importância do conforto e lauda a visão do designer Yamamoto nas suas famosas criações de roupa de trabalho. Conta que no seu caso concreto a ideia de uniforme é o que mais a atrai: "Suponho que sempre me inclinei para os fatos. Mas isso não é apenas sobre estar no comando – é sobre como uma estrutura te mantém unido. Algo estruturado dá-te uma sensação de ti mesmo, ou uma ilusão disso, de qualquer forma. Um ombro bem cortado é uma coisa poderosa. As linhas não são vagas, é algo muito claro e muito específico. A sexualidade também entra em jogo. Eu gravito em direção a roupas unissexo e afasto-me de qualquer coisa demasiado feminina."
E se, no prefácio, temos uma realizadora a refletir sobre as suas próprias escolhas e o que eles significam, ao longo do livro temos olhares exteriores a analisar o que cada realizador veste para trabalhar, incluindo Sofia Coppola com as suas camisas de botão características, Hayao Miyazaki com os seus aventais e Spike Lee com os seus bonés de desporto e casacos varsity.
Um livro muito específico, mas delicioso, para quem aprecia cinema (e moda) em todas as suas formas.
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