Casa da Calçada. Após dois anos de obras, hotel de cinco estrelas em Amarante reabre com um spa sob as vinhas
Depois de uma remodelação complexa, a pitoresca propriedade apresenta um centro de bem-estar com piscina aquecida, fonte de gelo, sauna, banho turco, ginásio e salas de tratamento. Francisco Quintas, chef de 25 anos, assume a cozinha do Largo do Paço, o restaurante de fine dining da unidade hoteleira. A Must já provou parte do seu menu de degustação.

Não eram precisos, mas desde 15 de abril, há novos motivos para visitar Amarante. Foi neste dia que a cidade, considerada o berço da arte moderna em Portugal, assistiu à tão esperada reabertura da Casa da Calçada. Aquele que é um dos hotéis cinco estrelas mais deslumbrantes do país estava encerrado, há cerca de dois anos, para uma reabilitação profunda, fruto de um investimento de 15 milhões de euros.
Após a intervenção, o palácio — um edifício histórico, de traça barroca, erguido junto ao Tâmega no século XVI — surge como "uma visão contemporânea que homenageia o legado, os antepassados, a história, a arquitetura e a arte", segundo comunicado de imprensa. Imutável, apesar do interior totalmente renovado e das alterações em parte da estrutura, "permanece o gosto de bem-receber", uma característica intrínseca da propriedade desde que foi construída para ser uma das principais moradas do Conde de Redondo.

Atualmente, a unidade hoteleira conta com 35 quartos de diferentes tipologias (de €240 a 730€), alguns dos quais com vista para o rio ou para os jardins.
Do fine dining à comida de conforto
Sem surpresas, neste novo capítulo que a Casa da Calçada inicia, a gastronomia volta a estar no centro das atenções. À frente do Largo do Paço, uma das maiores referências nacionais no que diz respeito à cozinha de autor, encontra Francisco Quintas, cujo currículo inclui restaurantes galardoados do Reino Unido, Bélgica, Países Baixos e França. O chef de Miranda do Corvo — que em fevereiro de 2024, quando tinha 25 anos e estava ao comando do 2Monkeys, em Lisboa, se tornou no mais jovem cozinheiro português a conquistar uma estrela Michelin — assume a missão de voltar a escrever o nome do espaço amarantino no famoso guia vermelho, do qual saiu devido ao fecho para obras. Mas há outras.

"Acima de tudo, queremos servir bem quem nos visita. O objetivo é que os clientes venham, se divirtam connosco, gostem do que estão a comer e saiam daqui satisfeitos e com vontade de regressar", começa por dizer Francisco antes de um jantar, no Real by Casa da Calçada, em que revelou à Must alguns dos segredos do menu agora disponível.
"Pelo historial de excelência do projeto, que respeitamos e pretendemos manter, ambicionar a conquista da estrela acaba por ser natural. Vamos fazer por isso, com afinco, rigor e humildade. Não se trata, contudo, de uma obsessão", acrescenta o profissional. Este sucede a Tiago Bonito, o anterior líder do Largo do Paço, com o qual já colaborou, neste mesmo restaurante, enquanto estagiário.
Os comensais devem preparar-se para uma aventura sensorial completa, que coloca todos os sentidos em comunicação direta e constante, independentemente de optarem pela ementa de 13 (€140) ou 15 momentos (€160) — cada uma destas permite harmonizações com vinhos portugueses (€70 e 90€) ou internacionais (€95 e 115€). "As pessoas podem esperar uma experiência muito divertida, que as leve a viajar. O meu percurso inclui passagens por vários países europeus e as influências que trouxe comigo notam-se na carta. Esta inspira-se, sobretudo, na culinária francesa, que é o que mais gosto de fazer. Depois, há uma boa relação com o cliente, com este a ir à cozinha e o cozinheiro a ir à sala. Alguns pratos, inclusive, são finalizados na mesa. A ideia passa por desmistificar um pouco a parte mais formal do que é um palacete e a Casa da Calçada, sem nunca descurar o serviço de excelência a que obriga e valorizando ao máximo o produto português, trabalhado com boa técnica e criatividade".

Na antestreia do seu menu, Francisco Quintas apresentou um guião de sabores inesperados, construído a partir de elementos como a trufa, o pregado, a gamba violeta e o borrego. "A nossa truta, por exemplo, vem de Cinfães. Chega através de um produtor local que está a realizar um trabalho excelente num dos rios menos poluídos da Europa. Isto acaba por lhe conferir pouca parte iodada, o que fica super interessante com o nosso processo de maturação, feito ao longo de sete dias. Para o prato de pregado, que é um dos meus peixes favoritos, aproveitamos o produto na sua totalidade, das espinhas às barbas e ao filete. Depois servimos com lula gigante dos Açores, caviar e bergamota. Temos ainda um prato de carabineiro com tutano, que é a medula óssea da vaca, e usamos lúcia-lima e ananás dos Açores. A manteiga e o limão, dois dos meus ingredientes favoritos, estão presentes do início ao fim. As sobremesas são um bocadinho diferentes do que é normal. Trata-se de uma pastelaria menos clássica, que é mais o meu estilo, e com muita frescura", conclui o chef.

Apesar de ser o grande destaque, o fine dining não é a única possibilidade na hora de se sentar à mesa, lê-se na nota de imprensa. O Canto Redondo, liderado por Emiliano Savio, cozinheiro ítalo-argentino conhecido pela sua devoção à cozinha tradicional e de conforto, que "reinterpreta através de sofisticadas técnicas enraizadas em produtos locais, frescos e sazonais", também está de regresso. O filete de robalo, com batata confitada e molho espumante (€26), a perna de cordeiro, servida com arroz do mesmo e maçã (€50 para duas pessoas), o risoto, com abóbora, cebola roxa e vinho do Porto (€16), e o mil-folhas, com creme de ovos e framboesa (9€), são opções a considerar no momento de fazer o pedido.

Outro dos destaques é a reabertura do Ciao Tílias, que nada mais é do que "uma elegante e convidativa varanda sobre o rio Tâmega, fronteiriça ao hotel, com espaço interior e uma esplanada". No menu — com assinatura de Rui Azevedo —, dedicado "aos reconfortantes aromas da boa comida italiana", depara-se com sugestões que vão da bisteca à fiorentina, um t-bone com polenta e redução balsâmica (€29), ao tagliatelle gamberetti, com camarão, tomate seco, alcaparras, manjericão e bisque de camarão (15€), e à pizza Nduja, que leva molho de tomate, mozzarella, orégãos, nduja picante, tomate seco, grana padano e rúcula (13€). Se só quiser petiscar, aposte em snacks como a tábua mista, com variedade de queijos e enchidos, azeitonas, compota, cornichons e pão (€18), ou o pão de pizza, com presunto, rúcula e ovo estrelado (€6). Para acompanhar, há cocktails clássicos e de autor.

O pequeno-almoço é servido no À Margem, que apresenta uma carta ligeira e de snacks. A nova sala de refeições, com vista para a parte histórica de Amarante, é o único espaço gastronómico que apenas recebe hóspedes.

Um lugar suspenso no tempo
A ideia de que o tempo é "o derradeiro luxo e o maior privilégio" serviu de base à construção de um wellness center com piscina interior aquecida, fonte de gelo, banho turco, sauna, ginásio e várias salas de tratamento. Ao todo, são mais de 500 metros quadrados focados em terapias de bem-estar, que se dividem por "dois pisos incrustados abaixo e sob o vinhedo da Casa da Calçada". Os responsáveis definem este Tempo como "um retiro hedonista", "com uma arquitetura minimal e inspiradora", que "se molda organicamente aos elementos da terra, dentro da qual se abriga", "e onde pedras autóctones, granito e xisto são o ‘carvão’ com que se desenha esta frente de vidro e toda a sua estrutura interior". Aqui, garantem, "param as horas e prolongam-se os minutos".
Onde? Largo do Paço, 6 (Amarante). Horário? Largo do Paço — Terça a Sábado, das 19h30 às 21h. Canto Redondo — Todos os dias, das 11h00 às 24h. Ciao Tílias — Segunda a quinta, das 12h30 às 14h30 e das 19h às 24; sexta, das 12h30 às 14h30 e das 19h às 02h; sábado, das 12h30 às 02h; domingo e feriados, das das 12h30 às 24h00. Reservas? 25 541 0830 / geral@casadacalcada.com.
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