Em março, cinco vinhos à escolha que vale a pena ter em cima da mesa
Este mês há vários destaques, desde logo para dois vinhos da mesma região, ambos com história e tradição. No Douro há um novo rosé para estar atento e dois tintos clássicos do Alentejo e Lisboa.

Quinta dos Muros Rosé
O nome de família que lidera o novo projeto na Quinta dos Muros faz lembrar uma casta, ou pelo menos, algo que diga respeito ao vinho. Pedro Mansilha Branco tinha as suas uvas no vale do rio Pinhão a entrar nos lotes da Quinta do Portal, mas agora o plano é fazer três vinhos: um Rosé e dois tintos que serão engarrafados mais tarde. Para já, foi o rosé que Pedro descreve como "com personalidade e caráter, complexidade, mas também uma frescura e juventude, num perfil de elegância e classe". As uvas, colhidas às primeiras horas da manhã no final de agosto, foram prensadas inteiras e decantadas a frio. A fermentação ocorreu em cuba de inox durante 22 dias e, a seguir, 75% do vinho passou 30 dias em barricas novas de carvalho francês. No final do mês, regressou ao inox antes de se engarrafarem apenas 2442 garrafas.


Herdade Aldeia de Cima Garrafeira Tinto 2021
A proprietária da herdade, Luísa Amorim, não tem dúvidas que este vinho é "intemporal e com forte personalidade, reflexo das suas próprias origens e resultado de tradições locais, sendo, por isso, um apelo ao que é genuíno". Para a produtora, "não poderia ter vindo de outro lugar senão deste Alentejo". Por o seu lado, o enólogo residente, António Cavalheiro refere que "este Garrafeira é uma homenagem a um ano vitivinícola extraordinário para o Alentejo". O tinto é ainda uma homenagem às castas Aragonês e Alicante Bouschet e à Serra do Medro, onde está plantada a vinha considerada pela casa a mais emblemática: Vinha dos Alfaiates. A designação Garrafeira é justificada pelo enólogo como refletindo a seleção das melhores uvas, associada ao estágio de 18 meses em balseiro novo de carvalho francês 3000 litros e mais 18 meses em garrafa.


Casa de Rodas Alvarinho 2023
Este vinho marca a estreia da Symington Family Estates na produção de Vinho Verde, resultado de uma parceria com o enólogo Anselmo Mendes. Originalmente construída em 1566, a Casa de Rodas é uma propriedade histórica em Monção adquirida pela família Symington em 2022. Tem 27,5 hectares e uma história com peso na região, uma vez que foi a primeira, em 1920, a exportar comercialmente o vinho Alvarinho com a casta indicada no rótulo. As uvas são colhidas manualmente e transportadas para a adega onde passam por um desengace e prensagem suaves. Após a fermentação, o vinho é deixado a estagiar sobre borras finas durante seis meses. A casa Symington destaca que este branco da Casa de Rodas resulta de um acordo, em 2023, onde as duas famílias "uniram forças para criar uma joint venture dedicada aos Vinhos Verdes, com o propósito de produzir e comercializar vinhos premium que impulsionem o crescimento da região".


Adega de Monção Palheto
O palheto surge da ideia de Armando Fontainhas, presidente e CEO da Adega de Monção, que quis recriar os vinhos de Monção no século XIV, os primeiros a serem exportados de Portugal para Inglaterra. Nessa altura, as uvas que representavam os vinhos eram o Alvarelhão e o Alvarinho, mas como havia poucas uvas brancas misturavam-se com as tintas que eram de maior predominância. O vinho era mais alcoólico e com acidez mais baixa. Os vinhos de Monção, à época, eram bastante apreciados em Inglaterra e havia inclusive uma feitoria no distrito de Viana do Castelo com ingleses responsáveis pela procura deste tipo de vinhos para serem exportados. O vinho permaneceu durante dois meses em processo de decantação, colagem e filtração de desbaste, e esteve em repouso até meados de fevereiro.


Quinta de Pancas Grande Reserva Tinto
David Baverstock, responsável da enologia da WineStone refere que, no nome, está "a tradição e a excelência da região" e, particularmente, "este Grande Reserva reflete a essência desta quinta num equilíbrio perfeito entre elegância e profundidade, combinando fruta madura com aromas frescos e nuances de bosque". O enólogo salienta que é "um verdadeiro tributo ao terroir e à arte da vinificação". O tinto foi produzido a partir de um lote selecionado das castas Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional, passou 12 meses em barricas de carvalho francês, que resultou, para David Baverstock, "num blend de perfil internacional e moderno". As uvas foram desengaçadas com esmagamento muito suave e cada variedade foi vinificada separadamente. Ambas as castas estagiaram 12 meses.


Quadraginta. Uma trilogia de vinhos em jeito de presente de despedida, por Domingos Soares Franco
Foi uma vida dedicada ao vinho, da qual se reforma com uma trilogia muito especial e um nome algo estranho Quadraginta – em latim, significa 40, representando as outras tantas vindimas em que participou. Domingos Soares Franco faz aqui uma despedida em grande, como sempre sonhou.
Celebrar a Páscoa com um brunch italiano
Quem diz que o cabrito assado é uma obrigação pascal? Se não é fã de tradições e dispensa organizar grandes almoços em casa, aproveite o convite do restaurante Davvero, em Lisboa, e leve a família a um brunch especial onde os sabores italianos são acompanhados de deliciosos "bellinis".
Uma "visita de estudo" para aprender a colher cogumelos
O restaurante Austa convida para um passeio dinâmico de caça ao cogumelos todos aqueles que gostam de unir a gastronomia a uma boa aventura. Depois da caçada há um bem merecido almoço no campo, preparado pelo chef David Barata. A atividade decorre no próximo dia 29 de março.
XXL by Olivier, uma viagem gastronómica na Quinta do Lago
Oásis de tranquilidade, o Wyndham Grand Algarve juntou aos seus trunfos o restaurante de Olivier Costa. O resultado supera, amplamente, o conceito de restaurante de hotel. A Máxima aproveitou a viagem para fazer um roteiro por Loulé. Venha daí também.
Pela primeira vez no Alentejo, os vinhos da casa Costa Boal vão conquistando terreno
António Costa Boal lançou os seus primeiros vinhos alentejanos, depois de anos a produzir em Trás-os-Montes e no Douro. Mas o crescimento não é um assunto encerrado.
Ouriços. O marisco com um sabor impossível de imitar: mar
O Festival Internacional do Ouriço-do-Mar na Ericeira veio chamar a atenção para um petisco que estava afastado da mesa dos portugueses. Ganhou lugar na gastronomia e na carta de alguns restaurantes.
"O consumidor quer beber menos, mas melhor"
A iniciativa “Só Castas” começa esta sexta, no Tivoli Avenida da Liberdade, e vai juntar produtores e especialistas que vão falar das variedades, provar vinhos e fazer duelos. A coordenadora-geral, Conceição Gato, explica tudo.
Barolo ganhou o campeonato mundial das vinhas de luxo: um hectare custa 1,9 milhões de euros
As vinhas de Barolo, na região de Piemonte, Itália, chegaram ao primeiro lugar em valor por hectare, deixando França e Estados Unidos para trás. A conclusão é do recente estudo sobre riqueza global da consultora imobiliária inglesa Knight Frank.
Textura Wines: o sonho comanda a vinha
Marcelo Araújo e Patrícia Berardi tinham o sonho de produzir grandes vinhos no Dão. E fizeram como na Borgonha, aproveitando pequenas diferenças de terroir para conseguir um resultado ora mais estruturado e intenso, ora mais elegante e fresco. Não há nada como ver um sonho realizado.
No próximo domingo, o hotel de charme organiza um almoço especial para assinalar o Dia da Mãe. Num ambiente de charme e história, famílias poderão desfrutar de uma refeição pensada para assinalar a data de forma tranquila e memorável (sem se preocuparem com tachos).
A partir do próximo mês, o restaurante lisboeta Canalha regressa com um pop-up ao Sublime. O chef português - e criador do projeto - traz para a mesa uma carta que celebra os produtos nacionais e uma cozinha descomplicada, num ambiente onde a sofisticação e a tranquilidade se encontram no seu melhor.
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Numa noite marcada por sabores intensos e surpreendentes, descobrimos uma cozinha que se revela na simplicidade dos ingredientes e na ousadia das combinações. Cada prato foi uma experiência sensorial, feita de contrastes e autenticidade genuína.