Prazeres / Lugares

Dos banhos nas fontes aos desportos nos lagos: assim é o verão na Suíça

Não será o destino mais óbvio para umas férias de verão, mas nem por isso deixa de ser surpreendente. À falta de mar e de praia, os suíços mergulham nos rios e nos lagos, aproveitam a frescura das fontes e a energia das cidades, e assim reinventam um país que, de aborrecido, não tem nada.

Foto: D.R
03 de agosto de 2023 | Maria Afonso

Começamos com um disclaimer. Se é uma daquelas pessoas para quem o verão se resume a praia, resorts com pulseira ou à ideia de dolce fare niente, provavelmente, este texto não será para si. Se, pelo contrário, gosta de escapar ao óbvio, de arriscar num programa diferente e de investir numas férias ativas que, apesar de urbanas, estão recheadas de natureza e atividades outdoors, aproveite esta última chamada para umas férias na Suíça. O país que é um dos incontornáveis na lista dos hotspots de inverno, graças aos Alpes, à neve e algumas das melhores estâncias de ski do mundo, surge aqui como um inesperado destino de verão. Foi o que provou a nossa incursão por cidades como Zurique, Basileia ou Genebra, mas também a mais pequena Winterthur - uma espécie de bónus deste roteiro urbano-estival.

Ponto de partida: Winterthur

É a sexta maior cidade do país, e uma daquelas onde o custo de vida não atinge os níveis mais exorbitantes. Talvez por isso seja a morada escolhida por muitas pessoas que trabalham em Zurique e que, todos os dias, cumprem os vinte minutos que separam os dois pontos. Os comboios da SBB (empresa ferroviária nacional do país), irrepreensivelmente pontuais e muito confortáveis, transformam o movimento pendular destes commuters em verdadeiros momentos de lazer. Começamos então a breve exploração local na zona mais recente da cidade, que é também aquela que atrai parte dos novos residentes: a área da Sulzer

Fundada pelos irmãos Sulzer em 1834, a pequena serralharia familiar transformou-se numa das mais importantes empresas de engenharia mecânica da região (e do país). Ursula Devane, a nossa guia local, explica que a vitalidade de Winterthur e a da Sulzer sempre estiveram dependentes uma da outra: "Costumava dizer-se que, quando a saúde de uma estava bem, a da outra também estava", tantos eram os habitantes que trabalhavam nas fábricas especializadas na criação de motores de grandes dimensões. Na década de 1960, a Sulzer já empregava 14 500 pessoas e, por isso mesmo, chegou a ser desenhado um bairro para alojar essas famílias, mas vinte anos depois, um colapso comercial fez com que muitas dessas infraestruturas deixassem de ser necessárias. É nessas ruas, hoje silenciosas, que agora passeamos, entre edifícios reconvertidos e grandes espaços industriais e multifuncionais, como o Halle 53, provavelmente um dos mais belos parques de estacionamento do mundo

Vista aérea de Winterthur.
Vista aérea de Winterthur. Foto: D.R

Além do polo universitário e do Skillspark (o maior parque de atividades indoor do país, onde muitos atletas de desportos de inverno treinam antes das competições), encontramos Lokstadt, uma zona em desenvolvimento com um conceito muito voltado para o lazer, onde não vão faltar soluções residenciais experimentais, ou seja, prédios onde coexistem apartamentos para venda e outros subsidiados pelo Estado, para famílias mais carenciadas. Ursula Devane assinala a medida e comenta a possibilidade de um referendo para a construção de um casino, concluindo que todas as soluções serão boas, desde que preservem a qualidade de vida local. Aquela que se respira no silêncio do Summer Garden, um café pop up instalado na sombra das árvores, decorado com canteiros onde são plantados tomates, alfaces e ervas aromáticas. É também no espaço dessa praça, muito usada por quem trabalha nos escritórios das redondezas para um coffee break, que descobrimos o ponto da troca direta: uma carrinha recheada com bens que alguém deixou de considerar de primeira necessidade, como roupas, livros, acessórios, gadgets, eletrodomésticos. A ideia é levar algo que nos seja útil, deixando outra coisa em troca. Mais do que meros conceitos, simplicidade e eficiência parecem ser adjetivos indispensáveis para descrever as cidades suíças, independentemente da sua diversidade e dimensão.

Na pequena e medieval Winterthur, por exemplo, é a vida pacata que prevalece. Seja nos vários museus existentes, nas esplanadas dos cafés e restaurantes (onde frequentemente descobrimos o gartenwirtschaft, um jardim nas traseiras, muito apreciado pelos locais nos meses de verão) ou nas fontes das ruas principais onde os banhos de verão são, há muito, uma tradição local. Na falta de mar, rio ou até de um lago, os locais elegem as fontes como ponto de confraternização e fazem da água um motivo de celebração. 

Na zona industrial de Winterthur estão a surgir espaços polivalentes, como o parque de estacionamento que se transforma em palco de espetáculos.
Na zona industrial de Winterthur estão a surgir espaços polivalentes, como o parque de estacionamento que se transforma em palco de espetáculos. Foto: D.R

Próxima paragem: Zurique

Vinte minutos depois, já estamos em Zurique, a maior cidade da Suíça. As palavras são pronunciadas em alemão, mas a descontração que paira é de entendimento universal. Partimos da estação central na direção do lago de Zurique, sempre através do Schanzengraben, um passeio pedestre localizado a cerca de dois metros abaixo do nível da rua e que segue sempre junto à água, ao longo do antigo jardim botânico construído em 1837. Entre entradas e saídas, bancos e recantos, vamos descobrindo locais onde apetece parar, tirar os sapatos, e contemplar. Estamos na baixa da cidade, no centro daquele que é o coração financeiro do país (a Paradeplatz, a praça onde se encontram os principais bancos e onde o preço do metro quadrado é ridiculamente alto, fica bem perto), mas a sensação é a de que nos evadimos para o campo. 

Stand-Up-Paddle em Schanzengraben.
Stand-Up-Paddle em Schanzengraben. Foto: D.R

Descobrimos a mesma descontração em bairros como Turicum (que também é nome de um gin local), onde as crianças brincam debaixo das árvores enquanto os mais velhos jogam a uma espécie de chinquilho. A sede nunca será um problema, não tivesse a cidade 1281 fontes registadas, com água pura, fresca e cristalina. Muitas dessas fontes e dos bebedouros que, a partir dos anos 1970, passaram a estar disponíveis em todos os bairros, são abastecidos pelas nascentes que rodeiam a cidade. Comprar água, em Zurique, está mesmo fora de questão. 

Seguimos a rota da água, e passamos por locais como a piscina Flussbad am Schanzengraben que, durante o dia, é exclusiva para homens e, à noite, transforma-se no bar Rimini, aberto ao público em geral. Noutra zona da cidade, o Barfussbar é a versão exclusivamente feminina destes bar-piscina que, quando o sol se põe, passam a ser inclusivos. Seebad Enge é outra dessas zonas de lazer que descobrimos na órbitra do lago da cidade, em redor do qual todos parecem confluir nos meses de verão. Além da natação e dos banhos de sol, Zurique anima-se entre feiras, concertos e festivais, como o de cinema, que decorre em Flussbad Unterer Letten (a zona de banho no rio mais antiga da cidade, com uma piscina outdoor construída em 1909), ou o mais reputado Festival de Cinema de Zurique (cuja próxima edição acontece entre 28 de setembro e 8 de outubro). Apesar de ser uma das cidades mais caras do mundo e a mais cara da Europa, Zurique reserva algumas borlas. É o caso das bicicletas, muito usadas pelos locais (60% dos agregados familiares não tem carro) e também deixadas à disposição dos turistas na estação de Europaplatz.

Seebad Enge, uma zona de lazer na órbitra do lago da cidade.
Seebad Enge, uma zona de lazer na órbitra do lago da cidade. Foto: D.R

Na última década, e já depois da pandemia, foram vários os novos bairros a surgir em Zurique. Em parte, isso deve-se à forte especulação imobiliária e a uma inflação dos preços que começou com a "invasão" da Google, que aqui implementou um dos seus polos fora dos Estados Unidos (dizem-nos que, hoje, são mais de oito mil as pessoas que aqui trabalham para a empresa). O bairro de Langstrasse, conhecido pela vida noturna e pela diversidade cultural, foi uma das paisagens urbanas que se transformou, com o comércio local a ser progressivamente engolido por concept stores e cafés sofisticados. É nestas redondezas que encontramos o 25 Hour Hotel. Inaugurado em 2017 numa antiga estação de comboios, ecoa a filosofia hipster desta marca alemã, apostando numa espécie de homenagem ao mundo analógico. E isso é visível logo na receção, decorada com objetos antigos que os hóspedes são convidados a deixar (uma vez por mês, há a possibilidade de trocar alguns desses objetos por uma ou várias noites, basta enviar um email com a proposta). 

25 Hour Hotel.
25 Hour Hotel. Foto: D.R

Obrigatória, neste roteiro aquático, é a paragem na Strandbad Mythenquai. Inaugurada em 1922, esta zona balnear tem uma pequena praia e plataformas de madeira dentro de água. Perfeita para famílias com crianças e para quem gosta de nadar, é ainda o centro nevrálgico para atividades como o stand up paddle, hoje muito popular. Depois de uma breve formação, os visitantes são convidados a entrar na água e partir na direção dos canais da cidade, conhecendo-a a partir de uma nova perspetiva, enquanto fazem um exercício físico completo e relaxante.

Todos os caminhos vão dar ao... Reno

É inevitável, incontornável e irresistível. É, ainda, uma das melhores formas de viver a cidade. Falamos do Reno, o rio que atravessa Basileia e que, nos meses de verão, é cenário para os programas preferidos dos locais. Nadar no Reno é, por isso, uma das atividades obrigatórias em Basileia, não só para quem está de férias, mas também para os residentes que aproveitam os finais de tarde e as horas de almoço para entrar na água e seguir ao sabor da corrente. A atividade envolve todo um ritual que assenta numa peça em particular: a Wickelfisch, uma mala impermeável onde se colocam todos os pertences, dos sapatos ao telemóvel, e que uma vez dentro de água se "transforma" em boia ou almofada. São esses pontos coloridos e flutuantes que avistamos das margens ou numa das várias pontes históricas. Tantos como as pessoas que entram numa ponta da cidade e saem noutra, para logo trocarem de roupa e repousarem numa das muitas esplanadas à beira da água. Como diz o slogan do turismo local: This is Basel. E é mesmo. Mas é mais. 

"Na falta de mar, rio ou até de um lago, os locais elegem as fontes como ponto de confraternização." Foto: D.R

Basileia também é história. Como prova um passeio pelo bonito centro histórico onde fica bem evidente o passado medieval que nem o terramoto de 1356 conseguiu apagar. Irrepreensivelmente cuidada, a cidade desdobra-se em praças silenciosas e jardins discretos onde descobrimos algumas das duzentas fontes existentes - a de Gemsbrunnen, construída em 1861 num formato octogonal, é uma das maiores e mais icónicas. Para uma perspetiva geral do charme desta pequena cidade, nada melhor do que uma subida até às torres da Catedral de Basileia. Os degraus são muitos e estreitos, mas a panorâmica a 360º graus justifica a investida e inscreve-se na memória. 

Pelas ruas do centro medieval de Basileia.
Pelas ruas do centro medieval de Basileia. Foto: D.R

Basileia também é cultura. Quarenta museus (entre eles a Fondation Beyeler, o mais visitado do país), galerias, uma importante feira de arte (a conceituada Art Basel, que se realiza todos os anos), um quarteirão dedicado aos teatros (com canteiros preenchidos por espécies recolhidas nas florestas que rodeiam a cidade) e muito cinema ao ar livre durante os meses de verão são algumas das atividades possíveis numa cidade onde a qualidade de vida é uma evidência. Seja nas ruas, em esplanadas fluviais, como a do restaurante Le Rhine Bleu, ou nas casas e apartamentos construídos nas margens do Reno. Distintos na época e nos estilos, estão sempre em profunda harmonia com a paisagem e com o rio. Basileia também é isso. 

Nadar no Reno é uma das atividades obrigatórias em Basileia.
Nadar no Reno é uma das atividades obrigatórias em Basileia. Foto: D.R

Genebra, prazer em estado líquido

Por fim, Genebra. Não a dos relógios, dos chocolates, do fondue. Nem o centro diplomático e financeiro, residência oficial das Nações Unidas na Europa, sede do Comité Internacional da Cruz Vermelha. A cidade será sempre a dos Alpes e da neve ou da Jet D’Eau, a fonte que se tornou num símbolo local. Terá sempre um passado rico e um centro histórico, o maior do país. Mas continuamos a (tentar) escapar ao roteiro habitual e assim descobrimos a outra Genebra. Aquela que se anima em torno do lago Léman, seja para uma aula de yoga ao amanhecer ou para um brinde no final do dia. Em qualquer dos casos, a sensação é de descontração e de uma quase familiaridade. A língua alemã dá lugar à francesa, mas são muitos mais os idiomas ouvidos, numa prova de multiculturalidade e de quase-pertença. 

Uma família na praia em Genebra.
Uma família na praia em Genebra. Foto: D.R

Na cidade velha, encontramos marcos históricos como a Catedral de St. Pierre que, ainda hoje, guarda a cadeira onde Calvino pregava. É dessa herança que nos fala Margit, uma austríaca que veio a Genebra para ficar por um ano e já aqui reside há 37. É ela quem nos conduz pelas ruas medievais, casualmente, de copo de vinho na mão, apesar do sol ainda estar bem alto. Heritage and Wine in Geneva é o nome da tour que é uma das mais recentes apostas do turismo local e também uma forma original de conhecer a cidade. Duas horas e meia de visita, com paragens estratégicas, acompanhadas pela degustação dos melhores vinhos produzidos nas vinhas que rodeiam a cidade. "Como um colar de pérolas", ilustra e bem a nossa guia. 

Fonte Jet d'Eau.
Fonte Jet d'Eau. Foto: D.R

Genebra é delicada, é sofisticada, é dispendiosa. Mas também é aquele sítio onde, ao final do dia, todos pedem mais uma rodada de spritz e mergulham os pés descalços na água. É assim no Cottage Café, no centro, junto ao mausoléu de Brunswick, mas também no bar A la Ponte, junto à ponte de La Jonction, o lugar onde as águas verdes do Ródano se juntam às cristalinas do Arve, num cenário bonito e quase exótico. Estamos numa cidade da Suíça, mas a vegetação densa, os corpos bronzeados e o reggae que sai das colunas quase fazem supor um destino nos trópicos. É também aqui, num quarteirão onde convivem galerias e skateparks, que finalizamos o rafting com Axel, um francês que, entre abril e outubro, desce diariamente o rio com mais ou menos emoção, dependendo da tripulação. 

Desembarcamos e voltamos a embarcar, agora no grande e belo lago, a bordo de uma das mais recentes embarcações da Geneva Boats. Vemos a cidade a ficar cada vez mais pequena e distante, enquanto a água do lago se parece avolumar, até não sobrar mais nada, só uma sensação de paz. Estamos já muito perto da fronteira com França quando o sol se põe e a voz inesperada de Eminem soa nas colunas do barco: Cause opportunity comes once in a lifetime, go

Ponte de La Jonction.
Ponte de La Jonction. Foto: D.R

DORMIR

Park Hotel Winterthur

Fica a 15 minutos do aeroporto de Zurique, no centro de Winterthur. Confortável e rodeado de jardins, é um hotel à medida da cidade. Quarto duplo a partir de €250, aqui.

25 Hour Hotel Langstrasse, Zurique

Localizado numa zona vibrante, com lojas de design e uma animada vida noturna, tem quartos confortáveis e uma decoração que convida à memória. Quarto duplo a partir de €190, aqui.

Radisson Blu Hotel, Basileia

Bem localizado, entre a estação e o centro da cidade, decorado num registo sóbrio e contemporâneo. Conta com 206 quartos. Quarto duplo a partir de €148, aqui.

Hôtel N’vy, Genebra

Descontraído e sofisticado, é um quatro estrelas cheio de personalidade. Para isso, muito contribuem as diferentes coleções expostas, desde instrumentos musicais a obras de arte. Quarto duplo a partir de €199, aqui.

COMER

Frau Gerolds Garten, Zurique

Um antigo espaço industrial convertido numa zona de lazer ao ar livre onde é possível beber um copo ou jantar. Aberto diariamente nos meses de verão, até à meia-noite. Mais informações aqui.

Haus Hiltl, Zurique

É considerado pelo Livro dos Recordes do Guiness como o primeiro restaurante vegetariano do mundo, mas também serve carne e peixe. Tem uma carta, mas é em redor do muito bem recheado buffet que convergem todas as atenções. Mais informações aqui.

Le Rhin Bleu, Basileia

A localização, sobre o rio, e a atmosfera, animada e descontraída, são os pontos fortes deste restaurante que aposta nos sabores mediterrânicos. Mais informações aqui

Ufer 7

Fica à beira do Reno e a escassos metros da Mittlere Brücke, a ponte do meio. É o sítio certo para um almoço leve, uma cerveja ao final do dia ou para provar alguns pratos regionais, interpretados de uma forma contemporânea. Mais informações aqui

Café du Centre, Genebra

É um dos valores seguros da cidade. Serviço cuidado, pratos deliciosos e bem confecionados, com destaque para alguns dos clássicos suíços. Mais informações aqui

Restaurant de la Plage Des Eaux Vives, Genebra

A localização só por si já justifica a visita, mas os pratos também não desiludem. Tudo descomplicado, como se quer numas férias de verão, mas recorrendo aos melhores e mais frescos produtos sazonais. Mais informações aqui

Le Floris, Anières

É toda uma experiência (sobretudo se chegarmos de barco). Restaurante, bar e lounge, com DJ de serviço, e uma esplanada que muitos consideram ter a melhor vista para o lago. A carta é equilibrada e variada, com opções para todos os gostos. Mais informações aqui.

A Must viajou a convite do Turismo da Suíça.

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