Regenerative Wine Fest, o evento que aborda a importância da agricultura regenerativa
No dia 21 de setembro, sábado, pondo em causa as técnicas convencionais, o festival levanta um dos temas do momento, entre vinho, comida, convívio, talks e música, na Herdade das Servas, em Estremoz, no Alentejo.
Com o tema da sustentabilidade a invadir discussões além indústrias, passa-se muitas vezes à frente da indústria agrícola por esta ter o potencial de ser o maior aliado na redução das concentrações de carbono atmosférico, mas as atuais práticas fazem dela não sustentável e um autocolante "bio" não é suficiente. O planeta chegou a um ponto em que a preservação não é suficiente e tem de se passar à fase de regeneração: é nessa fase que este festival, que conta com a presença de 8 produtores, entre eles o anfitrião, a Herdade das Servas, se foca. Seguindo a lógica que a uva vem primeiro, Renato Neves, viticultor, e enólogo da Herdade das Servas, explica que a agricultura regenerativa consiste em pensar em todo o processo de produção tendo em conta a regeneração dos solos e dos ecossistemas. Partindo dessa premissa, estudam a "forma mais rápida possível de, em linha com os ciclos naturais, acelerar o processo de reposição dos ecossistemas e tornar a Terra um planeta funcional novamente", como explica Renato Neves em comunicado à imprensa.
O anfitrião do Regenerative Wine Fest começou o processo de evolução para uma vinha regenerativa através de uma reflexão e interrogação dos processos tradicionais e, entre entusiastas e produtores, o festival tem como objetivo promover estas conversas e troca de conhecimentos. A Herdade das Servas chegou à conclusão que antigamente as vinhas precisavam de menos tratamento, resistiam a mais pragas sem tratamentos químicos agressivos (e nocivos para o ambiente) e eram centros de ecossistemas, sendo que hoje são despidos de fauna. "Nós, com a abordagem convencional, promovemos, desde o final da II Guerra Mundial, um desequilíbrio tal nos ciclos da natureza que as vinhas e as culturas agrícolas em geral perderam a capacidade de se auto defender", afirma Renato Neves, e na sua vinha procura promover um solo nutrido e equilibrado que promova a produção de videiras e uvas saudáveis e resilientes.
O sabor do vinho não é particularmente afetado por esta prática, mas as uvas, quando despidas de produtos fitofarmacêuticos, "são originárias de um microbioma (conjunto de micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus, que interagem e colaboram entre si para garantir as suas condições de sobrevivência) muito mais rico do que o de uma vinha convencional", explica Renato, concluindo que esse microbioma, diferente entre vinhas, cria "uvas mais ricas em metabolismos secundários", traduzindo-se em características diferentes e fazendo com que cada vinho tenha uma identidade local específica.
Os bilhetes, já à venda, incluem copo e prova de vinhos (apenas para maiores de idade), um almoço, acesso a 4 talks, visita à adega e concerto com um grupo de cante alentejano. O acesso é gratuito até aos 9 anos, tem o preço de €20 dos 10 aos 18 anos e de €55 para adultos.
Conduzidas pelo jornalista Edgardo Pacheco, as 4 talks focam-se na resolução de problemas e na explicação de assuntos relativos à vinicultura regenerativa, entre elas a discussão da sustentabilidade económica desta forma de produção e a certificação da autenticidade dos vinhos criados nestes ambientes.
Quatro vinhos e as suas histórias: Brancos que espelham o Douro, um palhete de Lisboa e um açoriano do Pico
Tradicionalmente o mês de todas as vindimas, setembro marca o culminar de um trabalho que começa logo após a “lavagem dos cestos”. Além da família e dos amigos, é neste período que surgem algumas equipas sazonais para ajudar à festa.
Visita à Herdade Aldeia de Cima. A frescura dos vinhos do Alentejo
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Comer leitão e beber um copo com Bruno Aleixo
O Rocim apresentou em Lisboa, no Mercado da Ribeira, a mais recente edição de Dr. Bruno, um clarete da Bairrada. A marca aproveitou para apresentar novidades e o próprio Bruno Aleixo não faltou ao evento.
Ljubomir analisa os seus 10 vinhos de edição limitada, um a um
Da cozinha, para a televisão, para a adega. Eis o percurso do mediático Ljubomir Stanisic, que virou “cheirista” e criou dez vinhos em parceria com produtores e amigos. Reuniu-os na marca Mestiço, “que tanto pode ser branco ou tinto, mas sempre sem preconceitos”.
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“Fresh As It Gets by Udi Barkan” é a nova residência mensal no restaurante Bristô do chef Ljubomir Stanisic, com estreia marcada dia 9 de outubro, celebrando os 14 anos do restaurante.
À partida, o interior deste restaurante não convida ao consumo dessa iguaria pasteleira que tem a praia como habitat natural. Mas as aparências iludem. Além disso, esta não é uma bola de Berlim qualquer. Não tem açúcar, nem creme pasteleiro, e o seu recheio é um inesperado camarão.