Estilo / Beleza & Bem-Estar

Quanto tempo de exercício é preciso fazer para compensar um dia no escritório?

Os especialistas afirmam que há problemas físicos que podem surgir quando passamos muito tempo sentados.

Foto: Mikael Blomkvist / Pexels
01 de fevereiro de 2022 | Rita Silva Avelar
Durante a pandemia, e com o aumento do teletrabalho, foram muitas as pessoas que procuraram ajuda para melhorar a má postura. Se isto já acontecia no escritório, onde passamos horas sentados, o facto de se estar em casa piorou, para muitos, a situação. Se, mesmo depois do trabalho, estamos sempre ocupados com coisas que envolvem estar sentado, o nosso corpo desenvolve certos sintomas e a nossa esperança de vida é reduzida em média em cinco anos, avisam os especialistas.

Sentar-se durante muito tempo tem efeitos particulares sobre os músculos: isto reflete-se em dores nas costas e no pescoço. Mas os vasos sanguíneos também podem sofrer. Além disso, o metabolismo abranda, o que aumenta o risco de obesidade e diabetes.

Um estudo publicado na GQ espanhola, que avaliou um total de nove ensaios sobre este tema com mais de 44 mil participantes durante um período de dez anos, chegou a uma conclusão interessante. As pessoas que relataram ter estado sentadas mais de dez horas por dia, mas que realizavam um exercício diário moderado a vigoroso durante 30 a 40 minutos, tinham um risco significativamente menor de morrer mais cedo. Um risco comparável ao dos sujeitos que passavam pouco tempo sentados.

Sobre o tempo recomendado de exercício físico para colmatar este problema, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda integrar 150 minutos de exercício moderado ou 75 minutos de exercício intenso na vida quotidiana. Embora seja também verdade que praticar exercício em menor tempo e com mais intensidade é sempre melhor do que a ausência de exercício justificada com falta de tempo.

"As pessoas podem fazer algo pela sua saúde e compensar os efeitos negativos da inatividade física. Como estas diretrizes sublinham, qualquer esforço físico conta e é, portanto, melhor do que a ausência de exercício" afirma Emmanuel Stamatakis, da Universidade de Sidney, um dos coordenadores do estudo.
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