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Noites sem dormir podem torná-lo mais egoísta, avisam os especialistas

Basta apenas uma hora a menos de descanso para afetar a forma como tratamos os outros.

Noites sem dormir podem levar a comportamentos egoístas, avisam os especialistas
Noites sem dormir podem levar a comportamentos egoístas, avisam os especialistas Foto: Freepik/yanalya
24 de agosto de 2022 | Ana Filipa Damião

Sabemos que o sono é essencial, pois permite ao corpo recuperar energias para o dia seguinte. Sem descanso, o ser humano corre o risco de entrar em estados de exaustão, gerando, nos piores casos, problemas de saúde mental e física e até consequências no comportamento social, alertam os especialistas.

Descanso insuficiente está diretamente ligado à probabilidade de ajudar os outros, de acordo com um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, publicado no título científico PLOS Biology. A fim de chegar a esta conclusão, a equipa de cientistas conduziu três diferentes experiências no país, através das quais analisaram as mudanças na atividade cerebral e no comportamento dos participantes. "Apenas uma hora de descanso a menos é o suficiente para influenciar a escolha de ajudar o outro", explicou Eti Ben Simon, um dos líderes da equipa, ao site da CNN Internacional.

Primeiro, ao analisarem uma base de dados com três mil milhões de doações realizadas entre 2001 e 2016, os cientistas descobriram que houve uma queda de 10% nas doações após a mudança para o fuso horário de verão (o que significa que as pessoas dormiram menos uma hora), um fenómeno que não foi registado nos estados que não sofreram alterações de horário.

No segundo estudo, os investigadores usaram imagens de ressonância magnética para observarem a atividade cerebral de 24 voluntários em duas ocasiões diferentes – depois de oito horas de sono e depois de uma noite sem dormir. Constataram que as zonas do cérebro associadas à teoria da mente (competência cognitiva que nos permite reconhecer os nosso estados mentais e necessidades, bem como os dos outros), estavam menos ativas após a privação do sono.

Por fim, a equipa avaliou o sono de mais de 100 indivíduos ao longo de três a quatro noites, e descobriu que a qualidade deste era mais importante do que a sua quantidade, pelo menos no que toca ao desenvolvimento de comportamentos egoístas e à motivação para ajudar o próximo. Conclusão alcançada com base nas respostas dos questionários feitos pelos voluntários.

"A perda do sono altera radicalmente a forma como somos enquanto seres sociais e emocionais, o que se poderia argumentar ser a própria essência da interação humana e o que significa viver uma existência plena e significativa", resumiu Matthew Walker, também líder da experiência, sobre os resultados, ainda à CNN.

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