Falta de equilíbrio a partir dos 50 anos pode aumentar risco de mortalidade, diz estudo
Cerca de um em cinco dos 1702 participantes não conseguiram manter-se estáveis em apenas um pé durante o tempo mínimo de dez segundos.

O equilíbrio é daquelas capacidades que só damos conta que temos quando a perdemos. O que é mau, dado a sua importância para a nossa saúde e longevidade. É fácil não ver os sinais ou resumi-los ao envelhecimento, começa por dizer Anna Lowe, especialista em envelhecimento saudável, em entrevista ao jornal The Guardian.
O equilíbrio traduz-se numa interação complexa de vários sistemas do corpo que atuam ao mesmo tempo (ouvido interno, sistema sensorial, recetores de movimento, músculos, entre outros) e não é algo inato. Não nascemos com ele, mas "aprendemos a tê-lo" desde muito cedo. À medida que envelhecemos, vamos perdendo aptidão física e força muscular, mas o equilíbrio tende a manter-se estável até aos 50 anos, começando a deteriorar-se a partir daí.
Um estudo recente descobriu que a incapacidade de ficarmos apoiados em apenas um pé durante dez segundos duplica o risco de morte, oriunda de qualquer causa, na próxima década. Para chegar à conclusão, a equipa de cientistas estudou 1702 voluntários com idades compreendidas entre os 51 e os 75 anos e que viviam no Brasil (a idade média era de 61 anos e dois terços eram homens). O teste era simples: apenas precisavam de se equilibrar num pé, sem apoio, durante alguns segundos. Os braços deveriam estar ao lado do copo, o pé livre atrás do outro e o olhar fixo em frente. Cada participante teve três tentativas de ambos os lados.
Cerca de um em cinco não conseguiu realizar o teste durante os dez segundos do check-up inicial. 54% dos indivíduos entre os 71 e os 75 reprovaram no teste, em comparação com os 5% que não conseguiram na faixa etária mais nova. Passados sete anos, 123 voluntários (7%) tinham falecido, sendo que a proporção de mortes entre aqueles que tinham falhado (17,5%) foi substancial comparando com as mortes dos que conseguiram equilibrar-se (4,5%).
Conclusão: quem não tinha mínima estabilidade tinha mais 84% de chances de morrer nos próximos anos, e a ligação permanecia mesmo quando outros fatores (sexo, idade e outras condições subjacentes) eram tidos em conta. Contudo, é importante salientar que grande parte dos indivíduos que reprovaram tinham problemas de saúde, como obesidade, doenças cardíacas, colesterol ou diabetes.
Outras variáveis como histórico de quedas, padrão de atividade física, dieta alimentar, tabagismo ou uso de medicamentos que pudessem interferir com a investigação não foram consideradas. A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram 684 mil quedas fatais todos os anos, fazendo da queda a segunda principal causa de morte não intencional no mundo, ainda segundo o The Guardian.
Como manter a estabilidade?
Não existe uma resposta ou "cura". O segredo está na prevenção e na prática de atividades como tai chi, ioga ou exercícios simples e específicos em casa focados em equilíbrio, ou esqui, patinagem, surf ou remo em pé para quem não tem medo de arriscar.
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