Vinhos para festejar e decorar as festas
Entre os milhares de referências, tipos de vinho, castas, origens, abordagens, preços, nacionalidades e outros atributos, uma seleção é sempre ingrata. Ficam as sugestões de alguns vinhos conotados com comemorações e celebrações. Dois champanhes e um espumante, três tintos, um branco e um Porto para acalentar o espírito

Dom Pérignon Vintage Plénitude 2 2006
A ideia da casa foi "sol e tempo". Desde logo o ano de 2006 que na zona de Champanhe foi marcado pelas elevadas temperaturas. Calor em julho, chuva em agosto e novamente o sol abrasador em setembro, o que tornou as uvas muito maduras na altura da vindima. Depois o tempo que a vinícola dedicou à elaboração deste vinho, isto é, cerca de 15 anos na escuridão da adega. O cuidado com a vinificação e com os produtos da casa tem sempre em conta Dom Pierre Pérignon que no século XVII declarou a sua intenção de "fazer o melhor vinho do mundo". 635€

Casa Velha Reserva Tinto 2022
A Adega de Favaios também se quis associar à celebração dos 50 anos da Revolução de Abril e lançou um vinho que foi para o mercado a primeira vez em 1974. Numa altura em que praticamente não existiam vinhos tranquilos com Denominação de Origem Controlada (DOC) na região do Douro, passado meio século, a adega elaborou este tinto com uvas de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, colhidas em vinhas plantadas nas zonas mais baixas das freguesias de Favaios e de Sanfins do Douro. 12€

Quanta Terra Eclat 2019
Como fora daquela região de França não se pode usar a designação champanhe, por cá é espumante e este tem a particularidade, entre outras de ser um vinho do Douro mais precisamente do planalto de Alijó. Os amigos, enólogos, produtores, dinamizadores, empreendedores, entre outros cargos e adjetivos, Jorge Alves e Celso Pereira juntaram-se há anos sem perder de vista o lema que adotaram: "O caráter do vinho é determinado pelo terroir e a qualidade é determinada pelo Homem." Neste espumante 100% Pinot Noir, apesar de ser uma casta tinta, a cor é citrina. 50€

Enxarrama 2014
O enólogo António Maçanita dá sempre que falar nos seus inúmeros projetos em vários pontos do país e ilhas. Desta vez apresentou este tinto como: "O arquirrival do Pêra-Manca está de volta". Diz-se que tem vindo secretamente a preparar o regresso do mítico vinho Enxarrama, uma referência dos tempos passados. Na apresentação cita o Mestre Ferreira Lapa, antigo professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia que, em 1867, teria afirmado que "de todos os vinhos de Évora, o Enxarrama é o mais apreciado e obtém o melhor preço em Lisboa". 480€

Arinto dos Açores 2020 Garrafeira
A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (CVIP) – Picowines comemora 75 anos e, entre outras iniciativas, está o lançamento de um vinho especial representativo daquele território. Uma produção reduzida de 1746 garrafas, apenas com a casta Arinto dos Açores das vinhas centenárias da Criação Velha classificadas como Património Mundial pela UNESCO. A embalagem deste vinho foi inspirada nos tradicionais Verdelhos do Pico especialmente no vinho aperitivo da região, que também tinha um rótulo amarelo e vermelho com uma gargantilha. 52€

Terrenus Clos dos Muros Tinto 2021
Rui Reguinga foi dos primeiros produtores e enólogos a colocar no mapa vinícola a Serra de São Mamede, no Alto Alentejo. Comprou as primeiras vinhas velhas em 2004 e criou a marca Terrenus, cultivadas ao estilo francês "clos" (fechadas), delimitadas por muros de pedra. Este tinto provém de uma vinha com 120 anos e inclui as castas Grand Noir, Trincadeira, Aragonez, Alfrocheiro, Moreto, Castelão, Alicante Bouschet e Corropio. Rui Reguinga rege-se por um trabalho minucioso na vinha, mínima intervenção e o contacto profundo com a terra. 100€

Krug Rosé Edição 28
Desde 1843 que seis gerações da família têm mantido a tradição e o espírito inconformista do fundador Joseph Krug. A casa em Reims, França, inaugurou em 1976 uma série de rosés inspirados no seu próprio "blending", criando 28 edições, sendo esta proveniente da vindima de 2016. O vinho é composto com as variedades de Pinot Noir (58%), 25% de Chardonnay e 17% de Meunier, e estagiou sete anos nas caves da Krug. A vinícola garante que todos os champagnes ganham com a passagem do tempo. 525€

Porto Velhotes Tawny
Passados 90 anos sobre o lançamento, no rótulo continuam sentados à mesa a beber um cálice de vinho do Porto, um boticário, um advogado e um juiz. A marca decidiu festejar o momento com uma viagem desde os anos 30 através de um QR Code que transporta os fregueses para uma experiência de Realidade Aumentada. Há Beatles, Maradona e outros personagens que marcaram os 90 anos do percurso da marca hoje detida pela Sogevinus. Na Velhotes cabem sete referências além do Tawny: Ruby, White Lágrima, White, LBV, Special Reserve Tawny e 10 Anos Tawny. 6,49€

Receita: Couve chinesa, cebola e amendoim do chef David Casaca
Bok choi, pak choi, bai cai ou couve chinesa são designações que se alteram consoante as geografias. Bok, mais usado nos Estados Unidos e pak na Europa.
13 vinhos e bebidas para beber e brindar à sorte
Nesta época festiva, a seleção de bebidas à mesa faz toda a diferença. Entre tintos, brancos, espumantes, champanhes, Portos e até aguardentes e whiskies, descubra as opções que prometem tornar as suas celebrações memoráveis.
Há um licoroso dos Açores a custar €900
Do Tarelo Potion Licoroso, feito das uvas da zona da Criação Velha, no Pico, só foram feitas 300 garrafas.
Vinhos em janeiro. A frescura dos verdes e a tradição do Douro
Este primeiro mês do ano revela três brancos da região dos Vinhos Verdes diferentes entre si e dois durienses marcados pelo território.
Quatro vinhos e as suas histórias: Dois tintos alentejanos e dois brancos monovarietais nos “verdes”
Em dezembro há quem comece a poda em muitas vinhas já despidas das suas folhas. As plantas continuam em dormência e não deixa de ser um mês de acalmia no que diz respeito à viticultura.
Este mês há vários destaques, desde logo para dois vinhos da mesma região, ambos com história e tradição. No Douro há um novo rosé para estar atento e dois tintos clássicos do Alentejo e Lisboa.
Foi uma vida dedicada ao vinho, da qual se reforma com uma trilogia muito especial e um nome algo estranho Quadraginta – em latim, significa 40, representando as outras tantas vindimas em que participou. Domingos Soares Franco faz aqui uma despedida em grande, como sempre sonhou.
António Costa Boal lançou os seus primeiros vinhos alentejanos, depois de anos a produzir em Trás-os-Montes e no Douro. Mas o crescimento não é um assunto encerrado.
No próximo dia 25 de abril, o restaurante de Portimão, organiza um jantar a quatro mãos que cruza sabores e técnicas de dois continentes. João Oliveira, chef residente, convida Álvaro Clavijo, do restaurante El Chato, na Colômbia, para uma noite de excelência, mas também de descoberta e aprendizagem.