Em maio, cinco vinhos que não vai querer perder… ou provar
Este mês, em cima da mesa, nas entradas, dois novos vinhos do projeto nos Verdes de Manuel e Luís Cerdeira. Nos pratos principais também estão um branco e um tinto com marca do Douro e, à sobremesa, um abafado muito especial do Tejo.

Génese 2024
Luís Cerdeira e o filho Manuel partilham pela primeira vez um Alvarinho. O produtor e enólogo – tal como o filho – decidiu criar um vinho que marcasse um momento especial: "a partilha de gerações, saberes e uma vontade comum de desafiar o que tínhamos feito". Escolheram apenas vinhas de altitude, onde a acidez natural permite ser ousado com a fermentação malolática, uma prática pouco comum nos Alvarinhos de Monção e Melgaço. O nome é explicado pela origem e simboliza as raízes dos dois enólogos em Melgaço. O branco, 100% Alvarinho, fermentou lentamente cubas de inox com malolática parcial e com o estágio de 20% em barricas Mixtus, que na sua construção possuem madeiras de origem diferente.


Guri 2024
Mais uma novidade dos produtores e enólogos Manuel e Luís Cerdeira que foram buscar uma expressão do sul do Brasil para o seu novíssimo vinho semi-doce feito a partir das castas Loureiro e Alvarinho: guri, que significa jovem. Para os enólogos, pai e filho, o branco "personifica a irreverência e a frescura da juventude". Os responsáveis explicam que o vinho nasceu da "vontade de captar o espírito descontraído das novas gerações e responder ao seu desejo por vinhos mais leves, vibrantes e acessíveis". Luís Cerdeira refere que não é só um vinho fácil de gostar, mas também "um manifesto de liberdade criativa, que celebra o prazer de beber sem pressas e sem regras". Na vinificação houve paragem de fermentação a frio para preservar a frescura e a doçura natural. O enólogo júnior conclui que é "um vinho para quem vive o momento, com sabor, leveza e atitude".


Vale D. Maria Vinhas do Sabor Reserva Tinto 2022
Diogo Campilho, diretor de enologia da casa-mãe Aveleda, explica que a sinuosidade do Rio Sabor torna o vale muito estreito, onde se encontra a Quinta Vale do Sabor. Para a marca Quinta Vale D. Maria, o Vinhas do Sabor Reserva "reflete a busca contínua da expressão única do terroir do Douro, explorando as múltiplas facetas desta região histórica". O tinto foi feito com as castas Touriga Nacional e Touriga Franca, provenientes das vinhas mais velhas da propriedade, com uma idade média entre 30 e 40 anos. As uvas são colhidas à mão, selecionadas no tapete de escolha e desengaçadas antes de entrarem nos lagares de granito. São ainda pisadas a pé e fermentam durante sete a 10 dias a temperaturas controladas em cubas de aço inoxidável com remontagens manuais. O vinho envelhece ao longo de 18 meses em barricas de carvalho francês.


Poças Branco 2024
A casa recorda os quase 30 anos de história nos DOC Douro e a referência ao facto da Poças "ter sido uma das primeiras empresas portuguesas a apostar na produção de vinhos DOC Douro no início dos anos 1990". Em 2019 lançaram a gama Poças Douro DOC que, a par do tinto e do rosé, é produzida a partir de castas tradicionais da região. Além das marcas anteriores como Coroa d’Ouro, Poças Reserva, Branco da Ribeira e Símbolo, a vinícola decidiu que estava na altura de lançar esta gama de vinhos com o nome da casa, "procurando, assim, dar maior visibilidade e consistência à marca-mãe no mercado interno e externo". Este branco fez a fermentação a temperatura controlada, seguida de seis meses de envelhecimento de parte do lote em barricas de segundo ano de 300 litros de capacidade, com "bâtonnage" das borras finas.


Quinta da Alorna Abafado 5 Years
Os responsáveis da casa no Tejo explicam que este vinho licoroso é feito exclusivamente com Fernão Pires, "uma das castas mais nobres e plenamente adaptada ao terroir da Quinta da Alorna". Os responsáveis não conseguem precisar como e quando surgiu a produção deste vinho, mas garantem que lhes permite mostrar a versatilidade desta casta. O nome diz respeito ao processo de abafar o vinho nesta região, seguido do estágio de cinco anos que o caracteriza. Relativamente à vinificação, a Alorna refere que o mosto clarificado, após ligeira fermentação, é "abafado" com aguardente vínica, impedindo que continue a fermentar, ficando com uma quantidade de açúcar residual elevada. O licoroso é caracterizado por apresentar uma textura suave, equilibrando frescura e doçura. Após o estágio em barricas de carvalho antigas, permanece em cuba inox até ao engarrafamento.


Textura Wines: o sonho comanda a vinha
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