Libertà: uma experiência italiana em Lisboa
Numa transversal de uma das avenidas mais movimentadas de Lisboa, a Avenida da Liberdade, este espaço, aberto há mais de um ano, está sob a direção do chef natural de Bérgamo, Itália, Silvio Armanni. Com 15 anos de experiência e uma estrela Michelin no restaurante Octavium, em Hong Kong, estivemos nas suas mãos para um almoço muito especial.
O ambiente chuvoso da capital não diminuiu o nosso entusiasmo para experimentar os belíssimos pratos que nos aguardavam. Ao entrar, o espaço revela-se aconchegante, com um número limitado de lugares que promove uma atmosfera íntima. A sala distingue-se por uma característica especial: a cozinha é completamente exposta, permitindo aos clientes observar a mestria dos chefs através de um vidro. À entrada, Chloe Andre, a chefe de sala, é a primeira pessoa que encontramos e quem nos conduz até à mesa. Com vista para a esplanada e para o movimento frenético da cidade, escolhemos o mocktail Liberation para acompanhar a refeição.
Silvio Armanni pode ser descrito como um apaixonado pela sua arte. Cumprimenta-nos com um português hesitante, sempre com o sotaque italiano presente, e conversa, misturando o inglês, sobre o que nos espera durante este almoço. Pergunta-nos as preferências e partilha um pouco das suas. Combinando ambas, cria o menu. Para quem deseja uma refeição sem o peso da escolha, esta opção está disponível por €56 e tem a designação de Trust the Chef. Inclui um amuse bouche, aperitivo, prato de massa, prato principal e uma sobremesa.
A nossa degustação iniciou-se com Azeitonas Verdes de Sicília (€3), tão grandes quanto saborosas. Seguimos para a Focaccia di Recco, um prato fora da carta normal, composto por uma focaccia fina, típica de Recco, uma comuna italiana da região da Ligúria, com raspa de limão e queijo crescenza. Neste prato, a composição está tão bem feita que conseguimos saborear individualmente cada ingrediente, desde o queijo ao cítrico. Ainda nas entradas, fomos surpreendidos pelo prato Crudo, composto por um sashimi de lírio com funcho, alguns cítricos e uma cobertura de mel (+ €40 para saborear o majestoso caviar Kaluga). O chef explicou-nos que o peixe, proveniente dos Açores, passa por uma técnica japonesa de marinar, onde o lírio assenta numa mistura de sal e açúcar. Destacou ainda que, ao contrário do que se espera de um sashimi, a carne é cortada um pouco mais grossa "para ter a sensação de carne", e que a guarnição é mais italiana, mais veraneante, mais cítrica.
Passando para os pratos principais, iniciámos com Ravioli de Mozzarella com pesto de pistáchio, limão curado e molho de pimentos assados (€16) – uma opção divinal, de lamber o prato. A mistura foi uma explosão de sabores na boca, desde a suavidade da massa ao queijo, sem esquecer o sabor torrado dos pimentos. Tivemos também a oportunidade de experimentar o prato do dia – Linguini com Amêijoas Frescas, temperado com alho, salsa e vinho branco (€21) – uma verdadeira ode à praia, ao verão e a tudo o que esta época tem de bom. Para terminar, fomos surpreendidos por um prato de Atum Vermelho do Atlântico, grelhado, com uma crosta de amêndoas e pinhões, acompanhado por uma caponata de legumes e um molho de azeitonas pretas (€24) – uma excelente forma de finalizar a refeição.
Como não podia faltar, desfrutámos de duas sobremesas, servidas e feitas pela chef pasteleira Silvia Traina. As opções escolhidas foram o Sfoglia ai Frutti di Stagione, feito com massa folhada, creme chantilly, compota de frutos da época (neste caso a cereja) e frutos frescos (€10); e o Tiramisu "Bomba", feito com creme de mascarpone, savoiardi caseiro, café e cacau sem açúcar (€9) (+ €6 para adicionar o Vecchio Amaro Del Capo). Destacamos o último como um dos melhores que já provámos. A apresentação deste prato é especial: a chef traz a sobremesa incompleta à mesa, coloca uma rodela de plástico pasteleiro à volta, depois verte o creme por cima e polvilha com cacau. Em seguida, levanta o plástico, permitindo que o creme se espalhe de forma artística. Uma linda forma de apresentar uma verdadeira obra de arte culinária, tão simples, mas tão deliciosa.
A razão desta visita não foi só para experimentarmos os fantásticos pratos que o Libertà tem para oferecer, mas também para conhecermos um novo conceito que acompanha os belos dias quentes. O espaço criou uma hora de Aperitivo, servida diariamente entre as 16h e as 19h. Este conceito traz às ruas lisboetas a tradição italiana que convida a sentar no final do dia e desfrutar de um cocktail ou copo de vinho, acompanhado por pequenos petiscos.
Onde? Rua Rodrigues Sampaio, 39, 1150-278, Lisboa. Quando? Das 12h-15h30, 16h-22h15. Encerra ao domingo e 2f. Reserva? 969000653.
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Percorremos, em ritmo de corrida, os mais bonitos trilhos das chamadas ilhas do Triângulo, bastantes próximas umas das outras, mas todas com encantos diferentes. Com tempo e vontade para percorrer longas distâncias, subimos e descemos por onde nenhum carro passa, apenas pelo prazer de lá chegar. Na primeira leva, vamos até São Jorge.
Percorremos, em ritmo de corrida, os mais bonitos trilhos das chamadas ilhas do Triângulo, bastantes próximas umas das outras, mas todas com encantos diferentes. Com tempo e vontade para percorrer longas distâncias, subimos e descemos por onde nenhum carro passa, apenas pelo prazer de lá chegar. Na segunda leva, vamos até ao Faial.