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Do Japão aos Estados Unidos: quanto se deve deixar de gorjeta nestes países?

As regras em relação à gratificação voluntária não são universais - se por um lado é esperado que os turistas o façam na América do Norte, o mesmo já não acontece nalguns países da Ásia.

Foto: Pexels
10 de junho de 2023 | Ana Filipa Damião

Com o verão à vista – já faltou mais – as cidades mais turísticas vêm-se cheias de estrangeiros entusiasmados por umas férias de sonho. Até este ponto está tudo bem - é vantajoso para a economia de dito território. Podem existir constrangimentos  quando os visitantes desconhecem os custumes do país onde estão, o que pode levar a confusões com os locais: por exemplo, neste caso falamos da cultura da gorjeta. É o exemplo perfeito disso – em restaurantes, hotéis, transportes, entre outros serviços - pelo facto de não existir uma regra universal sobre a mesma.

Europa

No continente europeu, deixar uma gratificação de 10% num restaurante é visto como aceitável, embora o mesmo não seja esperado em todos os sítios. Em Londres, mais especificamente, é aconselhado deixar entre 10 a 15% acima do valor total da conta. Alguns estabelecimentos já incluem uma taxa de serviço de 12,5% automaticamente, segundo um artigo da Condé Nast Traveler espanhola.

Embora a prática não sejam muito evidente em França, a situação de Londres assemelha-se à de Paris, onde se recomenda dar entre os 5 e os 10%. Em bares ou pastelarias, este bónus faz-se muito pela via de um frasquinho, no balcão, no qual os clientes podem deixar notas e moedas. Em Roma, em Itália, não existe este hábito, apesar de também não ser visto como ofensivo. A melhor opção, de acordo com os especialistas, é verificar a fatura antes de tudo o mais, dado que alguns restaurantes podem acrescentar uma taxa de serviço à conta: o coperto. E esta sim, pode irritar alguns turistas.

Nos destinos mais turísticos da Grécia e de Espanha, como Madrid, é cada vez mais comum os visitantes deixarem uma recompensa. "A gorjeta está a tornar-se gradualmente mais comum na cultura espanhola, sem dúvida", revela David Moralejo, diretor de conteúdos da Condé Nast Traveler espanhola, à publicação. Também aqui se aconselha dar entre 5 a 10% quando a taxa de serviço não está incluída na fatura, algo menos comum nos bares.

Em Portugal, apesar de não ser obrigatório dar gorjeta e a maioria dos sítios não a impingir, há restaurantes de luxo que já contemplam uma taxa de gorjeta na fatura final, à semelhança de Itália, e outros que o fazem através de sugestão no pagamento via bancária. No geral, o valor varia entre os 5 e os 10%.

Estados Unidos

As gorjetas são uma parte essencial dos rendimentos dos norte-americanos. Aliás, são tão importantes que há quem recorra às redes sociais para explicar a sua frustração com os "maus" clientes que apanham. Nos Estados Unidos, a gorjeta de 20% é norma num restaurante, lê-se num artigo da EuroNews. "Não é invulgar pagar mais de 25% por um bom serviço", e nos bares espera-se pelo menos um dólar por rodada de bebidas. Isto porque as empresas utilizam-nas regularmente como forma de subsidiar os salários dos seus empregados, noticia a primeira publicação. Em Nova Iorque a regra geral é dar 20 a 25%, e menos do que isso pode ser considerado rude.

Países onde não deve dar gorjeta

Os turistas não devem tentar recompensar os funcionários no Japão ou na China – é visto como uma grande falta de educação. Também não faz parte dos costumes locais gratificar na Índia, na Nova Zelândia, na Coreia do Sul e na Dinamarca, entre outros países.  

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