Patek Philipe lança uma nova coleção pela primeira vez em 25 anos
Em 1999, a marca lançou a sua última coleção, a Twenty~4. Para atender às necessidades quotidianas do presidente atual, a marca apresenta "Cubitus".

Em 2021 a Patek Philipe anunciou que deixaria de produzir o modelo 5711, agitando o mundo da alta-relojoaria. Este era um dos bestsellers da empresa, ainda familiar e independente, e a partir desta decisão facilmente se percebe que a Patek Philipe não tem receio de descontinuar um modelo que ache já não servir a marca, independentemente da riqueza que possa perder. Trata-se de um acordo de confiança com os clientes, que esperam o melhor e mais exclusivo modelo de relógio.
Normalmente as relojoeiras lançam novas coleções a cada cinco anos, mas a Patek Philipe está desde 1999 sem lançar nenhuma. Diz-se que quem procura um relógio desta marca está a procurá-lo para a próxima geração, pela sua exclusividade, e foi exatamente esse tempo que demoraram a chegar com uma nova gama. Na nova coleção surgem três modelos desportivos de mostrador quadrado octogonal, para atender à vontade de Thierry Stern, presidente da Patek Philipe desde 2009, que afirma em comunicado que há muito tempo que queria ter "um relógio quadrado na minha coleção", acrescentando: "não é fácil, uma vez que 85% dos relógios em todo o mundo são redondos."

Stern não tenciona aumentar a produção dos cerca de 73.000 exemplares por ano. Isto significa que a chegada destes três novos relógios vai fazer com que os das outras coleções sejam produzidos em menor quantidade, aumentando o seu prestígio e a sua procura. Ainda assim, a chegada de uma nova coleção, especialmente tantos anos depois da última, é um passo de risco para qualquer marca. Relógios agora icónicos como os da coleção Nautilus foram mal recebidos inicialmente e a marca está pronta para que o mesmo se observe neste lançamento. Especula-se que o nome Cubitus surja da junção da palavra cubo, pelo seu formato, com o nome Nautilus, de onde esta terá retirado a inspiração enquanto relógio de desporto. Eventualmente, estes movimentos de risco, como foi a Nautilus em 1976, acabam por se tornar peças de culto e desejo.
Numa altura em que as marcas de relógios partem de uma inspiração vintage e estreitam os seus modelos, também o diâmetro de 45 milímetros - quando medidos das 10 às 4 horas - destes três novos modelos é um risco na indústria. A caixa relativamente grande do relógio contrasta com a sua finura. Com apenas 8 milímetros, os modelos encaixam fácil e ergonomicamente no pulso sem pesar. O verso da caixa em cristal de safira expõe os mecanismos complexos da peça.

O que marca a diferença desta coleção é a sua caixa. Apesar da marca já ter lançado modelos com caixas retangulares, estes serão os primeiros relógios desportivos com este elemento de design. A marca anunciou que um dos relógios terá sido fruto da oficialização de seis patentes.
O primeiro modelo, em platina (Ref. 5822P-001), é o mais complexo e técnico dos três, apresentando, além das horas, o dia da semana, o dia e a fase da lua. O mostrador exibe um fundo de riscas horizontais, em azul. O dia da semana e a fase da lua são indicados num mostrador circular entre as 6h e as 7h, ao lado de um pequeno círculo que conta os segundos, entre as 4h e as 5h. O dia aparece num mostrador retangular dividido em dois, debaixo das 12h. Por fim, a bracelete, ao contrário dos outros modelos da mesma coleção, é feita num material compósito.


O segundo modelo, em ouro rosa e aço inóxidável, materiais raros na marca (Ref. 5821/AR-001), tem um mostrador também em azul com riscas de relevo. Com um aspeto mais limpo, o mostrador apresenta apenas os três ponteiros habituais e o dia, num retângulo, que substitui o traço das 3h.

Por fim, o modelo em aço inoxidável (Ref. 5821/1A-001), idêntico ao modelo bitonal no seu design, muda na sua cor. O mostrador, ao invés de ser azul, é verde seco, e a caixa e bracelete contraria a bitonalidade do anterior sendo totalmente prateada. Ambos os modelos têm um fecho de báscula patenteado pela Patek Philippe.

Os relógios da nova coleção, pensados pela marca para "que tenha realmente todo o ADN da Patek Philipe no seu interior", como explicou o presidente Thierry Stern, variam entre os 41.243 e os 88.37 dólares.
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