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"Tirem o vosso dinheiro das redes" avisa empresário russo

"Armazenar as reservas no sistema financeiro é como ligar o nosso gerador de energia a uma tomada", diz Mikhailovich, empresário russo, sobre investimentos, à Forbes espanhola. "Funciona maravilhosamente até a rede falhar."

Foto: David McBee / Pexels
22 de abril de 2022 | Rita Silva Avelar

Em tempos de guerra e de inflação, as estratégias extremas de preservação de riqueza de Simon Mikhailovich, empresário russo de 63 anos, deixam de soar paranóicas para se tornarem um risco iminente.

Num era de pandemia, ataques cibernéticos, guerra e inflação, a pergunta que o fundador da The Bullion Reserve levanta é: o dinheiro está mesmo seguro nas redes? Dedicado a prever crises toda a sua vida, Simon Mikhailovich, investiu numa empresa que promete resguardar o dinheiro dos ricos em lingotes de ouro (armazenando e fazendo circular este tipo de reservas físicas) e adivinha uma possível crise.

"O que estamos a assistir são eventos extraordinários que pensávamos que nunca aconteceriam." A sua empresa, refere à Forbes, "não é sobre desgraça e tristeza. É sobre a reavaliação do risco" diz, referindo-se ao facto de trabalhar com dinheiro "offline", resguardando as fortunas dos ricos.

"Os clientes da Bullion Reserves têm o direito de retirar seu dinheiro, quando quiserem, na forma de barras de ouro" afirma. Recentemente, alguns fizeram exatamente isso. Mikhailovich adivinha que durante uma crise maior, muitos mais poderão retirar ouro e usá-lo para comprar ativos financeiros com grandes descontos.

"Armazenar as reservas no sistema financeiro é como ligar um gerador de energia a uma tomada de parede", diz Mikhailovich. "Funciona lindamente até a rede falhar". O ouro, armazenado offline, é uma coisa diferente. "É cibernético, é indestrutível. Não é da responsabilidade de ninguém", referindo-se à segurança desta via. Crises ou não à vista, uma coisa é certa: o mercado das criptomoedas está em crescimento, e este, apesar de não estar falível às falhas de rede, está sujeito aos ataques cibernéticos.
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