O regresso das restrições de líquidos nos aeroportos
Em 2024, prometiam-se tempos mais simples para os passageiros aéreos, com a instalação de scanners de segurança avançados. Contudo, diversos obstáculos estão a travar a implementação desta tecnologia, trazendo de volta as regras antigas de controlo de líquidos.

Nos últimos anos, viajar de avião tem sido sinónimo de procedimentos de segurança rigorosos, especialmente no que toca ao transporte de líquidos e aparelhos eletrónicos. Embora os novos scanners CT prometessem uma mudança significativa, eliminando a necessidade de separar os líquidos ou de respeitar a regra dos 100 ml, a realidade tem-se revelado mais complicada.
As promessas e os obstáculos
Em 2018, o governo do Reino Unido anunciou a introdução de scanners avançados nos aeroportos, capazes de criar imagens tridimensionais da bagagem de mão e de detetar explosivos com maior precisão. O objetivo era eliminar as regras de restrição de líquidos e agilizar o processo de segurança, reduzindo as filas e tempos de espera. No entanto, como cita a Condé Nast Traveler, muitos aeroportos do Reino Unido afirmaram que não conseguiriam cumprir o prazo de junho de 2024 para a instalação completa dos equipamentos.
Esta tecnologia, conhecida como EDSCB (Explosive Detection Systems for Cabin Baggage), traria benefícios consideráveis, permitindo que os passageiros deixassem os seus líquidos e aparelhos eletrónicos dentro das malas. Mas os desafios técnicos e logísticos foram subestimados. Para além do elevado custo das máquinas, que são descritas como "do tamanho de uma Ford Transit", a maior parte dos terminais aeroportuários necessita de ser reforçada para suportar o peso destes novos scanners. Problemas nas cadeias de abastecimento também têm dificultado a obtenção do equipamento.
A Europa não foge à regra
Os atrasos não se limitam ao Reino Unido. A Comissão Europeia anunciou que, a partir de 1 de setembro de 2024, os aeroportos dos 27 países da União Europeia terão de reintroduzir as regras de segurança mais antigas, que exigem que os líquidos sejam transportados em recipientes de 100 ml ou menos. Esta regulamentação já vigorava desde 2006, mas a sua revogação estava planeada com a chegada dos novos scanners. Agora, com a instalação atrasada, as regras terão de ser reintroduzidas temporariamente até que o "problema técnico" seja resolvido.
A reintrodução destas restrições nos aeroportos europeus será, portanto, um retrocesso, principalmente para aqueles aeroportos que já tinham avançado com a nova tecnologia. Os com scanners mais antigos, por outro lado, continuarão a operar dentro das normas de segurança que já conhecíamos, sem grandes alterações para os passageiros.
A segurança ainda em jogo
Embora a introdução dos novos scanners nos aeroportos seja um passo tecnológico essencial para a melhoria da segurança e da experiência dos passageiros, a realidade é que a sua implementação total está longe de ser alcançada. Com os custos elevados e os desafios logísticos a atrasarem a modernização, os aeroportos, por enquanto, terão de manter as regras antigas em vigor.
Até que o problema seja resolvido e a tecnologia esteja completamente operacional, os passageiros terão de continuar a adaptar-se às regras antigas, com a esperança de que, num futuro próximo, as viagens aéreas possam, finalmente, ser mais fluidas e menos burocráticas. O caminho para a inovação ainda enfrenta desafios significativos, mas as promessas de um processo de segurança mais simples e eficaz permanecem no horizonte.
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