Vinhos em fevereiro. Douro, Alentejo e Verdes, à escolha do freguês
Este mês, em cima da mesa estão três tintos portugueses, um branco dos Verdes e um Porto. Este último singularmente branco.

4 Reis Mago
Além do selo DOC Douro, este tinto leva o carimbo da solidariedade. A ideia foi homenagear dois produtores do Douro, Augusto Boal e António Lage. Quatro filhos destes produtores – dois deles também na produção de vinho – lançaram um projeto que descrevem como "paixão pelo vinho, amor às origens e solidariedade social". O nome foi escolhido para homenagear a Feira dos Reis, uma festa centenária organizada pelo Centro Social Recreativo e Cultural de Vila Verde, que vai receber parte do valor conseguido com a venda das garrafas. Os quatro filhos explicam que as uvas foram colhidas manualmente, houve desengace e esmagamento e maceração pré-fermentativa, A fermentação ocorreu a uma temperatura de 24ºC.


Dalva Porto 50 Years Very Old White
Poucos saberão que Dalva resulta da contração da marca C. da Silva. Quem fundou a casa foi Clemente da Silva, chegado do Brasil em 1933, um ano antes de criar uma marca que alcançou o mercado global. O diretor de enologia, José Manuel Sousa Soares, explica que este vinho do Porto aparece depois de alterações recentes à legislação onde se autoriza este novo vinho na categoria dos vinhos de idade. Antes apenas eram permitidos os de 10, 20, 30 e 40 anos. O enólogo salienta que este branco "foi elaborado com os melhores vinhos envelhecidos em cascos, por períodos variáveis nas caves Dalva, em Vila Nova de Gaia". José Sousa Soares esclarece que o processo fermentativo "é interrompido no momento ideal, de acordo com o método tradicional através da adição de aguardente de origem vínica". Este vinho tem origem em lotes de diferentes vinhos.


Tons de Duorum Tinto
Foram as diferentes tonalidades que dão vida ao vale do Rio Douro e o significado da expressão latina "a dois" que inspirou a casa para a escolha do nome. João Portugal Ramos apostou num projeto definido pela vinícola como "produção de vinhos de qualidade no Douro com características únicas e de dimensão internacional". Para os responsáveis o vinho Tons de Duorum "exprime todo o terroir desta região e são o resultado da interação da natureza e do trabalho do homem". Quanto à vinificação, o registo é desengaçar e esmagar as uvas, maceração pré-fermentativa a frio em lagares de inox equipados com robot de pisa, durante cerca de três dias. Após o final desta maceração, as uvas são transferidas para cubas de fermentação de aço inox, onde decorre a fermentação alcoólica a temperatura controlada, de cerca de 25ºC.


Herdade do Rocim Sommelier Edition Vinho Tinto
Não foi a primeira vez nem será a última que a Herdade do Rocim convida sommeliers para fazerem um vinho no Alentejo. Desta vez foi Filipe Wang que confessa ter aceitado "sem hesitação". O escanção explica que fez um blend de várias parcelas de onde provou e selecionou as amostras. Filipe Wang refere que é um tinto com 13,5 graus de uma região quente, "mas com um micro-clima muito específico", isto é, "apresenta uma frescura e elegância fora de série, e é menos estruturado que um ‘típico’ vinho tinto do Alentejo".
A vindima foi manual, o desengace total e o esmagamento foi muito ligeiro. Fermentou em depósito de cimento a uma temperatura controlada e estagiou 14 meses em barricas usadas de carvalho francês de 500 litros e numa talha de barro de 750 litros.


Paço de Teixeiró Vinha de Souzais 2023
O enólogo chefe da Wine Stone, David Baverstock, não tem dúvidas que o branco "é um passo importante para a casa, que tem mantido um olhar atento à preservação das tradições vinícolas da região e uma aposta na inovação". O branco é feito a partir de uma parcela plantada há cerca de 45 anos, numa vinha com 430 metros de altitude. O enólogo garante que "reflete com precisão o terroir único dos solos xistosos da região, evidenciando a harmonia entre as três castas mais emblemáticas da propriedade".
A vinificação inclui um processo de fermentação que decorre em cubas de aço inoxidável, sendo que 40% do lote finaliza-a em barricas novas de carvalho francês. O estágio tem a duração de cinco meses, e inclui a técnica de batonnage, que enriquece a complexidade e a textura do vinho. David Baverstock conclui que "cada garrafa reflete a dedicação à qualidade e ao respeito pelas tradições da região".


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