O que abrir nas festas. Sete garrafas para brindes demorados
Vinhos recheados de história, para trazer alegria e harmonia a qualquer mesa. Especialmente nesta época.
Se há coisa de que gostamos, no final do ano, são as reuniões à mesa com a família e os amigos, à volta de coisas muito boas para comer e beber. É o que nos traz até estes sete magníficos. Há quem diga que são edições de colecionador, mas deixem de lado essa ideia de os guardar, porque estão no seu estado mais puro e sublime.
Kopke 80 Years Old Tawny
A Kopke é, seguramente, um dos grandes especialistas em tawnies, o que se confirma com este lançamento de um 80 Years Old – uma das mais recentes e especiais categorias de vinho do Porto. A casa é uma das mais antigas na região, e tem um longo historial de cascos armazenados nas caves de Gaia, que lhe permitiram agora criar este blend de anos maravilhoso - provavelmente até mais velho do que os 80 anunciados, com o lote mais antigo a remeter para o final do século XIX e o mais recente para a década de 1940. Um tributo à arte do envelhecimento, pois o vinho chega até nós pleno de jovialidade, estrutura, cremosidade e aromas muito ricos. Um tsunami de sensações.
Menin 80 Years Old Port
Mais um grande, grande Porto de 80 anos. Afinal, a salvação para o Douro pode nem estar nos vinhos de mesa, mas no mesmo vinho de sempre, só que agora exclusivamente nas categorias mais premium. Como afirmava o brasileiro Rubens Menin, dono da Menin Wine, o Douro é um diamante que ainda estamos a aprender a lapidar – e se este seu vinho fosse um diamante, estaria seguramente a ornamentar as joias mais preciosas da Graff ou da Van Cleef & Arpels. Um tesouro para trazer muitas alegrias.
Justino’s Madeira Malvasia 50 Anos
Se o vinho do Porto é especial, os da Madeira não lhe ficam seguramente atrás. Sendo que no continente ainda os ignoramos mais, ao contrário do que fizeram Napoleão, os pais da independência americana ou Winston Churchill, só para citar alguns dos “fãs” mais conhecidos. Por sorte, são vinhos quase eternos, o que nos dá amplas possibilidades de os conhecermos melhor, começando já por esta preciosidade: um Malvasia de 50 anos da Justino’s, envelhecido em canteiro, ou seja, o processo mais lento, com os barris colocados em zonas quentes. Um vinho seco, com notas doces de caramelo e baunilha, cortadas por uma acidez muito viva. Fantástico.
Quinta das Carvalhas Porto Tawny 50 Anos Edition 225
A Real Companhia Velha é herdeira da velha associação de ricos lavradores criada pelo Marquês de Pombal, que deu origem à mais antiga região demarcada do mundo. É apenas justo que tenha alguns Portos extraordinários, atualmente muito baseados na Quinta das Carvalhas, a propriedade joia da coroa. Foi o caso do Memories, com 149 anos, do The Impressionist, com 80, já este ano, e também deste 50 anos, Edition 225. Um best of de uma série de outros vinhos excecionais, muito bem equilibrado, delicado e cheio de camadas de sabor que se vão revelando na boca. Incrível.
Porto Ferreira Dona Antónia Tawny 30 Anos
Uma justíssima homenagem à Ferreirinha. Um vinho nascido na “sua” Quinta do Porto, elegante, perfeitamente equilibrado entre uma acidez muito viva e um álcool mais suave. Notas bem típicas destes Portos mais antigos (frutos secos, chocolate, caramelo…) e um final muito longo. Foi elaborado pela equipa de enologia da Sogrape (Luís Sottomayor à cabeça) nas caves de Gaia, entre os melhores lotes e depois de inúmeras provas. É, à data, o mais velho Porto da histórica casa e condensa três décadas de paciência em casco, e muitos mais anos de saber fazer.
Vieira de Sousa Garrafão Tawny 20 Anos
As irmãs Vieira de Sousa herdaram o conhecimento e o espólio de quatro gerações de viticultores no Douro, o que lhes permite fazer coisas tão diferentes como esta: lançar um vinho do Porto em garrafão de dois litros. Para mais, trata-se de um Porto muito especial, com vinte anos, super elegante, doce e fresco, e com vinhos produzidos nas quintas da família e envelhecidos no vale do Douro, e não em Gaia, o que faz diferença em termos de vigor. Com sentido de lugar, é um vinho ímpar, num formato único. Imagine-se a levá-lo para a mesa.
CR&F lança XO Cask Strength
Para terminar, não um vinho, mas uma aguardente. Excecional, uma XO lançada pela CR&F para celebrar 130 anos de história. Uma edição proveniente e engarrafada diretamente de um único casco, datado de 1980, da região dos vinhos verdes. Os quarenta e cinco anos de estágio colocam esta XO no Olimpo das aguardentes mundiais, e a CR&F garantiu que os materiais do packaging, em madeira e pele, refletissem isso mesmo.
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