LOTA Sea & Fire, renascido das cinzas
Na Duque de Ávila há um restaurante que não deixa ninguém indiferente logo pela fachada, depois se espreitarmos a barra de mariscos – imagine se entrar.

Não é raro vermos um restaurante metamorfosear-se, transformar-se, evoluir. Foi o caso do LOTA Sea & Fire, que era o Lota D’Ávila, sobre o qual escrevemos aqui, que tem um conceito novo, assente ainda no marisco e no peixe fresco, e pertence ao Grupo Paradigma (donos do inusitado Ofício Lisboa ou do Canalha, recém-aberto pelo brilhante João Rodrigues). É agora Hugo Candeias - que trabalhou para Albert Adriá em Espanha durante vários anos e também passou pelo The Art Gate e pelo já mencionado restaurante Oficio Lisboa -, quem toma agora conta da casa, tendo simplificado o menu para uma divisão simpática: Small Bites, Sea, Fire e Sobremesas. Ideal para partilhas, a ideia é ir um pouco a cada uma destas repartições, para compor uma refeição que se quer prazerosa e prolongada.

Para já, na barra há ostras para todos, e com 10 molhos diferentes: vinagrete de alface, vinagrete de vinagre de jerez, nogada, leche de tigre, bloody mary, emulsão de pimentos padrón, emulsão de soja, caril verde, caldeirada e brasa (€3,50 unidade). Ou, claro, ao natural, como é a preferência de muitos. Nas entradas, há azeitonas, pão e manteiga de alga nori (€5,50) – simples e direta ao assunto, como se quer.

Na tal divisão Sea, provámos 4 pratos. Há umas quantas sugestões herbívoras incluídas na carta, como o mini-milho e nogada (€6,50) ou a batata raiz de cana com caril verde e mexilhões (€10,50). De seguida, deliciámo-nos com o ceviche de lírio com laranja e amêndoa (€19,50) e com a vieira com emulsão de pimentos padrón (€12,50), ambas bem equilibradas de sabor e textura, tal como de apresentação (a vieira vem num recipiente que parece para decorar, e dá pena destruir).

Já nos Small Bites, o cachorrinho de gamba braseada é de prova obrigatória, tal é a qualidade do brioche com que vem servido (que comeríamos com qualquer outra coisa, na verdade, €16) e o bacalhau em tempura (€3), uma espécie de pastel de bacalhau quentinho e estaladiço que nos aconchega o estômago.

Na secção Fire, provámos a deliciosa garoupa com pip-pil e ovas (€17,50), um vencedor. Para terminar, um arroz negro de choco (€40), que é uma das especialidades mais apreciadas e unânimes entre os petiscadores de pratos "de mar". De barriga cheia, não foi possível chegar à sobremesa, embora tenhamos visto como as mesas vizinhas devoravam com gula a tarte de queijo – DONA by Hugo Candeias, uma especialidade do chef (€7), ou o pão de ló a babar (€5,50).

A decoração mantém-se praticamente inalterada, com detalhes alusivos ao mar, em tons de azul, branco e vermelho, e o espaço exterior está sempre quase ocupado pelas crianças. Em relação à carta de vinhos, tem tanto propostas internacionais como nacionais, todas elas fora das rotas habituais. Veja-se como exemplo o Ninfa Pinot Noir 2020 (€45) nos tintos ou o um branco austríaco Weinrieder Grüner Veltliner Klassik (€38).
Onde? Av. Duque de Ávila 42B, Lisboa Quando? Almoço: Terça a Domingo – do 12.30h às15.30h; Jantar: Terça a Sábado - das 19h00 às 23h00. Bar: Terça a Sábado - das 18.00h à 00.30h. Reservas 925 906 950
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