Viver

SpaceX de Elon Musk lançou 175 satélites em apenas um mês

A empresa de sistemas e serviços aeroespaciais do magnata Elon Musk está a quebrar recordes de velocidade no ramo.

Foto: SpaceX via Twitter
15 de setembro de 2020 | Vitória Amaral

Depois de transportar dois astronautas da NASA da Estação Espacial Internacional até à Terra, a nave Falcon 9 (da empresa aeroespacial SpaceX) levou no passado dia 3 de setembro mais uma remessa de pequenos satélites para a órbita terrestre. Este é um de vários carregamentos feitos no âmbito do projeto Starlink, cujo objetivo final é criar uma rede espacial que forneça internet a uma velocidade sem precedentes a todo o planeta, lançando até à data um total de 650 satélites, 175 apenas no último mês.

De acordo com os registos da organização sem fins lucrativos norte-americana Union of Concerned Scientists, estes números significam que a empresa conseguiu fazer mais lançamentos do que qualquer outra no ramo em tão pouco tempo, com mais dois  agendados para este mês. O CEO da SpaceX, Elon Musk, já tinha sugerido anteriormente que a empresa pretendia fazê-lo a cada duas semanas ao longo de 2020, num total de cerca de 1 4000 satélites até ao fim do ano, embora o plano se esteja a concretizar mais lentamente do que o esperado.

Implantação dos satélites Starlink na órbita terrestre
Implantação dos satélites Starlink na órbita terrestre Foto: SpaceX

Quando já tiver enviado pelo menos mais 500 satélites para o espaço, a SpaceX planeia começar a conectá-los numa espécie de "corrente flutuante". 

No entanto, vários astrónomos temem que estes interfiram com os telescópios terrestres, dado que a nave Falcon 9 e alguns dos satélites em viagem já foram confundidos com estrelas, invalidando o material recolhido por estes profissionais. "Se há um grande número de objetos em movimento no céu, dificultam muitíssimo o nosso trabalho" disse o astrónomo James Lowenthal ao The New York Times em Novembro. Este problema entretanto levou a empresa a munir cada satélite de placas antirefletoras, embora a comunidade astronómica já tenha demonstrado as suas dúvidas quanto à sua eficácia.

Imagem captada pelo Observatório Inter-Americano Cerro Tololo que mostra o rasto dos satélites da SpaceX
Imagem captada pelo Observatório Inter-Americano Cerro Tololo que mostra o rasto dos satélites da SpaceX Foto: NSF's National Optical-Infrared Astronomy Research Laboratory/CTIO/AURA/DELVE

O astrónomo Jonathan Mcdowell revelou recentemente ao jornal Business Insider que estas os tornarão "invisíveis a olho nu, o que é bom, mas provavelmente não os tornará impercetíveis o suficiente para não causar problemas  aos astrónomos profissionais". Uma das consequências mais graves que a comunidade científica teme é o facto de os satélites afetarem telescópios que observam áreas do céu perto do horizonte durante a madrugada, extremamente importantes para ajudar os astrónomos a localizar asteroides em movimento perto da Terra.

A SpaceX não é a única empresa a planear instalar uma "constelação" de satélites: os gigantes Amazon e OneWeb também já demonstraram interesses em montar as suas próprias frotas e competir com o sistema de redes de Musk.

Saiba mais SpaceX, Elon Musk, espaço, tecnologia, aeroespacial, nave espacial, Falcon 9, Starlink, satélites, estrelas, astronomia, Tesla
Relacionadas
Mais Lidas
Viver New Era estreia flagship em Lisboa

Mais do que uma loja, o novo espaço da marca norte-americana celebra a cultura urbana com personalização ao vivo, música nacional e uma experiência de marca pensada ao detalhe.

Viver Tatuar ou não tatuar deixou de ser uma questão

Será que as tatuagens continuam a ser um impedimento na entrada no mercado de trabalho? Porque é que há cada vez mais pessoas a recorrer à remoção das mesmas? E qual é o sentido de tatuar, agora que é um ato reversível? Fomos à procura de respostas com a ajuda de uma especialista em head hunting e um sociólogo com uma tese sobre o tema.

Viver Casa da Calçada reabre com um spa sob as vinhas

Depois de uma remodelação complexa, a pitoresca propriedade apresenta um centro de bem-estar com piscina aquecida, fonte de gelo, sauna, banho turco, ginásio e salas de tratamento. Francisco Quintas, chef de 25 anos, assume a cozinha do Largo do Paço, o restaurante de fine dining da unidade hoteleira. A Must já provou parte do seu menu de degustação.