Prazeres / Lugares

Cascavel: uma fusão de culturas e sabores no coração de Lisboa

O novo hotspot da capital lisboeta encanta com a sua atmosfera eclética e menu que mistura influências portuguesas, brasileiras e angolanas. Da arquitetura minimalista ao aroma irresistível da cozinha, cada detalhe convida os visitantes a uma experiência gastronómica autêntica e emocionante.

Foto: DR
26 de abril de 2024 | Safiya Ayoob / Com Rita Silva Avelar
Após uma semana agitada, em que o trabalho não dá trégua, não há nada melhor do que aproveitar a sexta-feira à noite para recarregar as energias com as pessoas que gostamos num local que veio para encantar. O Cascavel, no número 170 da Rua da Esperança, em Lisboa, foi concebido com o conceito de ser um "gastro pub, jantar completo e pré-noite", como nos conta Tomás Coelho, um dos fundadores deste novo ponto de referência da capital.

As primeiras impressões não poderiam ter sido melhores. À entrada, somos recebidos por uma surpresa agradável: a casa estava repleta, com a esplanada cheia de pessoas que aproveitavam o bom tempo para desfrutar de uma bebida, estrangeiros e portugueses reunidos, formando um grupo eclético. A arquitetura minimalista do ambiente chamava a atenção, como se cada elemento tivesse sido cuidadosamente selecionado para proporcionar uma experiência única, uma obra do outro fundador, o também arquiteto Carlos Aragão. A luz natural que iluminava o bar e a cozinha às 19:30 conferia uma aura acolhedora e intimista ao ambiente. Apesar do espaço reduzido, com apenas 10 mesas metálicas e seis lugares ao balcão, a sensação de conforto e acolhimento era evidente, reforçando a qualidade e a atenção aos detalhes que caracterizam o Cascavel.


Apesar do espaço reduzido, com apenas 10 mesas metálicas e seis lugares ao balcão, a sensação de conforto e acolhimento era evidente.
Apesar do espaço reduzido, com apenas 10 mesas metálicas e seis lugares ao balcão, a sensação de conforto e acolhimento era evidente. Foto: DR
O menu é conciso, apresentando apenas seis pratos que são uma fusão de influências: um terço português, um terço brasileiro e um terço angolano - uma homenagem às raízes do chef residente, Tiago Hung.

Hung conta-nos que a sua paixão pela comida é uma memória de sempre, cresceu a cozinhar - uma tradição familiar. Agora, aos 30 anos, lidera a equipa de cozinha deste novo espaço e explica que ao criar o menu, procurou "trazer um pouco de tudo do mundo, desde as texturas até à apresentação, mas sempre com os sabores africanos, os nossos ingredientes". E a experiência gastronómica é verdadeiramente uma fusão de sabores.


Pão de queijo com vitela beirã e pesto de coentros (€10, 3 unidades).
Pão de queijo com vitela beirã e pesto de coentros (€10, 3 unidades). Foto: DR
Para duas pessoas, Tomás Coelho sugeriu a escolha de três pratos para partilhar, o que foi mais do que suficiente. Optamos pelo pão de queijo com vitela beirã e pesto de coentros (€10, 3 unidades), mufete de bacalhau, servida com torradas de mandioca e óleo de palma (€13, 3 unidades) e magoga de camarão - pão brioche com coleslaw e camarão frito (€13). E, claro, não poderíamos esquecer as bebidas. Viajamos dos sabores africanos para os brasileiros, onde nos deparamos com as criações do barman Gustavo Santiago, que concebeu cada cocktail de forma meticulosa e criteriosa. Optamos pelo cocktail Tupã (€13) e pelo mocktail Tashi Delek (€7), que harmonizaram perfeitamente com os pratos escolhidos. Quanto à sobremesa, o menu apresenta apenas uma e é a única coisa que não é feita in house, mas sim por um amigo de Coelho. É feita com uma base de chocolate preto e suspiro, tem queijo creme, maracujá e um pouco do vinho do porto.

Abertos todos os dias, das 17h às 24h.
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