Prazeres / Artes

CROWNSHY AT OUTPOST. A exposição de arte coletiva com 30 artistas portugueses

De 5 a 7 de novembro, o OUTPOST – Casa das Arribas, nas Azenhas do Mar, recebe a primeira edição do festival de arte CROWNSHY.

OUTPOST - Casas das Arribas
OUTPOST - Casas das Arribas Foto: Armando Jorge Mota Ribeiro
05 de novembro de 2021 | Ana Filipa Damião

Com a curadoria do artista contemporâneo Max Frisinger, a propriedade dos anos 40 desenhada por Raul Lino é pela primeira vez palco da exposição coletiva CROWNSHY AT OUTPOST, que irá integrar os trabalhos de trinta nomes portugueses, dos quais destacamos Dalila Gonçalves, Henrique Pavão, Joana Gonçalves Pereira, Jorge Queiroz, Patrícia Geraldes, Rui Calçada Bastos e Rui Matos, bem como de nomes internacionais, ao longo de sete apartamentos de luxo e 9000 m2 de um jardim deslumbrante.

OUTPOST - Casas das Arribas
OUTPOST - Casas das Arribas Foto: Armando Jorge Mota Ribeiro

CROWNSHY AT OUTPOST surge da intenção de explorar a arte e a arquitetura como figurativamente simétricas, celebrando as definições de espaço, de fronteiras e da inexistência destas. Numa exposição sem-par, as peças deverão ser contempladas como se da casa fizessem parte, como se estivessem no seu habitat natural.

Obra de Rui Matos
Obra de Rui Matos Foto: Rui Matos

Mas não são apenas as obras de arte que são únicas. A própria designação de CROWNSHY AT OUTPOST detém um je ne sais quoi, pois tem um duplo significado. Por um lado, refere-se ao fenómeno natural de crown shyness ("timidez da copa"), que Frisinger observou em Penedo, em que as árvores crescem sem que os ramos superiores se toquem. Frisinger encarou esta singularidade como algo que descreve na perfeição aquilo que quer concretizar na OUTPOST, de acordo com a informação disponibilizada em comunicado.

Obra de Hannah Hallermann
Obra de Hannah Hallermann Foto: Hannah Hallermann

Por outro lado, a exposição refere-se à batalha constante dos artistas que vivem confrontados com a ideia de poderem ser génios na arte, mas terem falhas enquanto seres humanos, levando-os a um "ritmo incessante entre aceitar e negligenciar uma coroa ou a sua conotação mais evidente".

Obra de FORT3
Obra de FORT3 Foto: FORT3

Atualmente a viver em Portugal, Max Frisinger recorre à disciplina de objet trouvé (arte encontrada) para criar instalações site-specific, ou seja, obras feitas para um local específico, com matérias-primas que vão desde radiadores de ferro fundido a pernas de mesas ou tubos de plástico.

Quando: 5 a 7 de novembro. Bilhete: Entrada livre. Onde: OUTPOST - Casa das Arribas. Rua Dr. António Brandão de Vasconcelos, 35. Azenhas do Mar.

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