OPalácio Duques de Cadavalvolta a abrir as portas para receber uma nova exposição:Obrigado à Terra. O galeristaPierre Passeboné o grande responsável porjuntar os 35 artistas, tendo sido eleo curadordesta mostra. Nela, será possível conhecer o mundo vibrante e colorido deartistas contemporâneos, uns já amplamente conhecidos e outros emergentes.
"Na escolha dos 35 artistas vimos um mundo totalmente diferente da cerâmica contemporânea.Nenhum trabalho é parecido com o outro, mostra não só uma criatividade vasta dos artistas desta arte, comnomes de renome e também talentos emergentes", revelou Alexandra de Cadaval que, juntamente com a irmã, Diana de Cadaval, comissionou esta exposição a Pierre Passebon.
"A exposição foi uma ideia de Diana e Alexandra de Cadaval. Fiquei imediatamente entusiasmado e, para a construir,rodeei-me de dois amigos apaixonados por cerâmica:Louis Lefebvre, especialista em cerâmica antiga e contemporânea, cuja galeria familiar dedicada a esta arte do fogo existe desde 1880; eAntoine Catzéflis, colecionadora e mecenas das artes, com quem trabalho ocasionalmente sobre este tema e se dedica à descoberta de novos talentos", explicou Pierre Passebon, curador deObrigado à Terra.
A cerâmica remete-nos sempre para a Terra, para asformas artesanais, asexpressões dos artistas, através do uso dasmãos, dosmoldes, dasformase dostamanhos. Daí que o universo da cerâmica sejauma ode ao artesanatoe nunca foi tão popular como hoje. Um reflexo pós-pandémico, que se liga com a urgência de nos reconectarmos ás origens. Esta exposição vem reiterar essa necessidade através depeças de arte que nascem de um ofício milenar.
A par da exposição,visitar o Palácio de Cadavaltambém é sentir de perto aquela que é a nossa história da portugalidade. Propriedade da família dos Duques de Cadaval desde a sua fundação, no século XIV, o palácionasceu sobre as ruínas de um castelo mouro,no coração dacidade de Évora. Situadoem frente ao templo romano de Évora, o palácio é um exemplo singular no património arquitetónico do país, resultando da fusão dosestilos mudéjar, gótico e manuelino.
A exposição estará patente no Palácio Duques de Cadaval, em Évora, de17 de junho até ao dia 10 de dezembro.