Nos bastidores de Cannes com a Chanel
A marca de luxo francesa é parceira exclusiva do novo filme protagonizado por Johnny Depp e Maïwenn. Que, aliás, tem gerado várias polémicas durante o festival.

Se há uma casa de moda que pode dar vida à sedutora e liberada Jeanne Du Barry, essa é aChanel. A gigante do luxo juntou-se à atriz e realizadora francesa Maïwenn para vestir exclusivamente o seu primeiro filme de época, Jeanne du Barry, que abriu a76ª edição do Festival de Cinema de Cannes.
Jeanne du Barryconta a história da últimaamante preferida do rei Luís XV- Maïwenné du Barry e Johnny Depp o monarca francês. Situado durante aEra do Iluminismo, odrama biográficosegue a ascensão de du Barry na hierarquia, desde as suas origens humildes, até conseguir cativar o rei com sua inteligência e natureza encantadora.

É lado a lado com a Chanel que Maïwenn destaca a verdadeiraJeanne du Barry- umamulher refinada à frente do seu tempoe que fez uso da sua influência para apoiar artistas e artesãos, tal como Gabrielle Chanel. Durante os preparativos para o filme, umacolaboração com a diretora criativa Virginie Viardtornou-se uma escolha óbvia quando Maïwenn descobriu as coleções de arquivo da Chanel dos anos 80 e 90, inspiradas no século XVIII.
Sob o toque mágico da Chanel e do figurinista Jürgen Doering, Maïwenn transforma-se na hipnotizante Jeanne du Barry através de uma série de peças revisitadas das últimas coleções de Alta Costura da maison.

O filme é um sonho tornado realidade para qualquer amante da alta costura da Chanel.Peças de destaqueincluem um vestido de tweed begebaseado num inicialmente usado porClaudia Schifferno desfile de Alta Costura outono/inverno 1992/93, umvestido creme adornado com penas, umoutro de veludo de seda framboesainspirado na Alta Costura primavera/verão 2000 e umvestido com folhos em organza azulceleste que teve como referência uma coleção de 1995.

Na pele de du Barry, Maïwenn também deslumbra nareedição da coleção Bijoux de Diamants da Chanel,para a cena em que é apresentada ao rei Luís XV. Como a primeira coleção de alta joalharia da história,Bijoux de Diamantscausou bastante comoção após a sua criação em 1932 - tornou-se altamente adequada para o ícone feminino em questão. Essaspeças brilhantesforamemprestadas pelo grande joalheiro Goossens, enquanto aMaison Michel, também parte dos Métiers d'art da Chanel,confeccionou os chapéuspara o filme.
A Chanel anunciou numa nota que colaborou com a realizadora no esboço e criação de seis looks, cedendo peças de alta costura Chanel e joias do ourives Robert Goossens baseado em Paris desde finais dos anos 40. Mas também envolveu aChanel Parfums-Beautépara amaquilhagem dos atores,a maison d'art Paloma (desde 1982), especialista em flou; aMaison Lemarié(desde 1880), uma das derradeiras experts em penas e floristas do mundo; aMaison Michel(desde 1936),chapelaria de alta costuraagora também propriedade da Chanel.

Houve uma tentativa de fugir a referências, pinturas ou livros de História. Evitar esses mundos fechados e tentar transcrever a época com uma lufada de ar fresco. A colaboração com a casa francesa possibilitou agregar grande precisão aos figurinos das personagens, com uma abordagem muito diferenciada e subtil.
De referir que o filme de que falamos está envolvido numa polémica: uma das principais causas de indignação este ano, em Cannes, teve a ver com a escolha de Johnny Depp para protagonista deste filme, tendo em conta que o seu nome esteve diretamente envolvido no emblemático caso de tribunal com a sua ex-mulher, a também atriz Amber Heard, que o acusou de violência doméstica, em 2022.
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