Estilo / Beleza & Bem-Estar

Verdadeiro ou falso? Mitos de alimentação de acordo com quem sabe

Seja para emagrecer, para ganhar peso e músculo ou para aderir a um estilo de vida mais saudável, são várias as teorias sobre o que devemos ingerir (ou não) para atingir rapidamente os resultados desejados. Duas nutricionistas desmistificam os mais conhecidos mitos da alimentação.

Filme 'Pulp Fiction' (1994) Foto: Miramax
22 de julho de 2022 | Ana Francisca Oliveira
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São inúmeras as regras e regimes que nos são impingidos cada vez que pesquisamos sobre formas de alterar o corpo, seja para ganhar ou perder um quilos. Quando na realidade, o importante é manter uma alimentação equilibrada e seguir apenas dietas profissionais e com fundamentos científicos.

Um dos alimentos mais controversos no que toca a dietas é, sem dúvida, o pão. Devemos ou não cortá-lo da alimentação quando queremos emagrecer? De acordo com Cátia Gouveia Miguel, nutricionista da Auchan, o pão não é algo prejudicial à perda de peso. "O grande problema não é o pão por si só, mas sim a quantidade que comemos e o que lhe juntamos", acrescenta. 

Outro mito muito frequente são os hidratos de carbono, nomeadamente se estes devem ser eliminados em prol de uma alimentação mais saudável. A resposta? Não. Os hidratos de carbono são a fonte principal de energia do corpo e uma dieta sem ou com pouca quantidade dos mesmos obriga o organismo a entrar em modo de sobrevivência, explica Joana Jacinto, nutricionista. Isto significa que existe perda de peso, mas à custa de massa magra, ou seja, massa muscular.

Foto: Unsplash
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"Na perda de peso, só há uma regra – défice calórico. Perda de peso com saúde, sobretudo à custa da gordura, exige uma dieta mais equilibrada feita idealmente com um profissional, onde temos a garantia de um porte de proteínas, a quantidade certa de hidratos, e tentar manter a massa muscular da pessoa", afirmou em conversa com a Must. A hora a que os hidratos são ingeridos também não tem implicações na perda ou aumento de peso - o que realmente importa é a diferença entre a média de calorias ingeridas e a calorias gastas ao longo do dia.

A ideia de que legumes e frutas frescas são a chave para uma boa alimentação também está errada, visto que estes alimentos têm igual ou menor interesse nutricional quando congelados. O processo de congelação é realizado no ponto alto de nutrição, o que pode ser mais benéfico para o corpo.

Foto: Pexels

Recorrer a uma dieta maioritariamente líquida, com batidos ou bebidas à base de água, não é de todo necessário para perder peso. Beber chá verde por exemplo, não acelera o metabolismo, mas é uma boa alternativa à água simples ou a sumos.

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Por fim, as dietas alcalinas são para esquecer. Estas têm como base a ingestão de água e alimentos com pH superior a 7,5, e ainda que ajudem a prevenir pedras nos rins e infeções urinárias, não é cientificamente provado que um pH corporal ácido (abaixo de 6) deixa o organismo mais suscetível a doenças. De acordo com a nutricionista da plataforma Auchan&Eu, "o pH do organismo mantém-se entre os 7,3 e os 7,4 (níveis neutros) e, quando fora deste intervalo, são ativados mecanismos altamente eficazes, responsáveis por restabelecer o equilíbrio interno essencial à vida". Ingerir pelo menos 1,5L de água diariamente é suficiente para garantir que esta cumpre o seu dever no corpo.

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