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Beliches com asas: a última novidade das companhias aéreas

A Air New Zealand lança o SkyNest, uma cabine com beliches que permite aos passageiros das classes económicas fazerem uma revigorante sesta antes de chegarem ao destino.

Foto: DR
27 de setembro de 2023 | Madalena Haderer
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É comum aparecerem nos media planos das companhias aéreas, regra geral das low cost, para pôr os passageiros a viajar de pé, ou quase. Uma espécie de bancos de bar, em que os passageiros só vão encostados, ou uns varões para se agarrarem, estilo metropolitano. Agora, a companhia aérea neozelandesa Air New Zealand fez um inovador e refrescante exercício de organização do espaço: pessoas na vertical, sim, mas na horizontal. Confuso? Nada disso: são beliches. E, pelo que parece, bem confortáveis. Chamam-se SkyNest e vão estar disponíveis a partir de setembro de 2024, para os voos de longo curso e nas classes mais económicas (as outras, já se sabe, não precisam…).

O SkyNest tem um certo vibe de nave espacial. Um cruzamento futurista entre os nipónicos hotéis-cápsula e as carruagens-cama dos comboios de antigamente. Estas cabines são partilhadas, acomodando até seis passageiros, mas permitem manter a privacidade com recurso a cortinas. Estão equipadas com almofada e roupa de cama, uma porta USB, tampões para os ouvidos e uma luz de leitura. A opção SkyNest poderá ser adicionada ao bilhete por um custo adicional.

Mas, atenção, nem tudo são boas notícias. Se já se está a imaginar a passar a totalidade do seu voo confortavelmente estirado, com uma venda nos olhos e tampões nos ouvidos, e o delicado "toque-toque" de uma assistente de bordo, a avisá-lo de que chegou ao destino, desengane-se. Estes beliches só podem ser reservados para estadias de quatro horas. Cada avião será equipado com apenas seis cabines. O que significa que, ao longo do voo, cada uma servirá de local de descanso para diversos passageiros – a roupa de cama é mudada entre utilizações, naturalmente. E se pensa que a cama é pequena e vai ficar com os pés de fora, fique sabendo que tem o grande total de dois metros, para se poder esticar à vontade.

Para já, estas cápsulas vão estar disponíveis nas rotas entre Auckland e Nova Iorque e Auckland e Chicago, ou seja, voos com a duração de cerca de 14 horas. De acordo com informações da Air New Zealand, reservar um SkyNest vai custar entre 400 e 600 dólares neozelandeses, ou seja, qualquer coisa entre os 225 e 340 euros.

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E embora, para a maioria dos mortais, quatro horas não seja, propriamente, o que se possa chamar uma noite de sono revigorante, é, sem dúvida, uma sesta bastante agradável. E pode ser a diferença entre chegar ao destino com um jet lag incapacitante ou só a precisar de um duche fresco para arrebitar.

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