Uma experiência de sushi que honra a tradição
O Praia no Parque tornou-se num dos sítios mais versáteis da cidade. Quer marcar um almoço de negócios? É lá. Tomar um copo depois de jantar? Também é lá. E juntar a família ao fim de semana? Exacto. Também há sushi na barra, uma experiência imperdível.

Chegamos ao Praia no Parque, em pleno Parque Eduardo VII, junto ao lago e às estufas, e a luz natural é uma das qualidades desde logo evidentes. Aberto desde o final de 2017 no espaço do antigo Botequim do Rei, é nada mais, nada menos, que a recriação do sazonal Praia na Villa em Vilamoura, aqui trazido pelos empresários e sócios Nuno Santana, Francisco Spínola, João Arnaut, Sebastião Pinto Ribeiro e Tomás Froes.

Uma das experiências novas do Praia no Parque é a cozinha nipónica: é servida na barra, com lugar para 12 pessoas. O chef Lucas Azevedo, que vem do icónico Bonsai, é o responsável por honrar esta cozinha, com uma mestria que pode ser observada desde o primeiro minuto ao lado do igualmente talentoso Celso Szczerba, que dá continuidade à excelência da degustação.

É-nos servido um sake, logo à chegada, em copo alto, uma das bebidas fermentadas tradicionais do Japão, produzida a partir de três ingredientes principais: arroz, água e koj. Depois, inicia-se uma viagem gastronómica que acima de tudo honra a tradição japonesa: do princípio ao fim não há desperdício e todos os pratos são sagrados. O amuse bouche especial da casa é recriado com as "sobras" de outros pratos, perfeitamente aproveitáveis para criar este primeiro momento. No caso, chegou-nos à mesa uma junção de rábano tornado pickle, alga kombi e karasumi feito com ovas de robalo. Seguem-se as fresquíssimas ostras da Ria Formosa (€7, três) acompanhadas de molho ponzu e momiji oroshi (rábano com malagueta e cebolinho). A seguir, é a vez de apreciar o usuzukuri com molho ponzu, servido em gelo, com ukami, limão, daikon com malagueta e cebolinho (€15), o carpaccio de lírio charuteiro com molho umeboshi (€16) e ainda o sashimi de toro (€22).


Recomenda-se que a viagem siga com os vários niguiris: cinco (€24) para comer à mão e com ousadia. Destacamos o de toro, que é braseado com recurso ao binchotan (carvão japonês) e o carabineiro, que surpreende pela frescura e sabor, desde a primeira dentada (e que o chef acompanha com um shot). Uma das particularidades da cozinha é a maturação do peixe, por exemplo, o atum é bluefin maturado, para se tornar mais suave e saboroso. O arroz é servido morno, a uma temperatura ideal, para se desfazer na boca conforme manda a tradição. Depois deste momento inesquecível, o chef surpreende com os temakis. Sugestão? Prove o de ouriço-do-mar e toro (€12), que é servido na versão original (em alga noori, aberta e crocante, pois o chef também a passa uns segundos pelo famoso carvão). Vale a pena guardar apetite parta para o temaki de toro e caviar (€15) igualmente delicioso, na versão de alga noori fechada. Uma curiosidade: o wasabi que é servido é fresco, sendo a raiz desta planta raspada na hora com recurso a uma lima de pele de tubarão. Também o molho de soja honra a tradição e é feito de forma personalizada com recurso a ingredientes únicos para cada um dos momentos (e atenção, o chef não recomenda que seja provado em todos).

No fim, pergunte pela sobremesa especial do dia, garantimos que será a melhor escolha para finalizar a refeição. Se optar por pecar "a sério" escolha o petix gateaux, uma sobremesa que já é um ex-líbris do Praia no Parque.
Onde? Alameda Cardeal Cerejeira (Praia no Parque, junto ao Pavilhão Carlos Lopes) Quando? De domingo a quarta-feira das 12h à meia-noite; quinta-feira das 12h às 2h, e de sexta-feira a sábado das 12h às 3h. Reservas 96 884 2888 ou reservasparque@apraia.pt
Em Lisboa, sê italiano
No Largo Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, o Caffè di Marzano é o novo recanto italiano da cidade. Luminoso de dia e escuro de noite, é o local ideal para apreciar com calma e num ambiente acolhedor o melhor da gastronomia de Itália.
Ona at The Museum, o restaurante que guarda segredos
Um restaurante pop-up, uma galeria de arte, lounge, bar e loja de vinhos – e seis lugares à mesa do chef. Se isto não é o expoente máximo do luxo na nova gastronomia, o que será?
Os melhores pratos que os chefs provaram em 2019
Desafiámos alguns chefs a partilhar as melhores descobertas das suas expedições gastronómicas a outros restaurantes, e ficámos a saber qual foi o seu prato preferido de 2019. Surpreenda-se com as respostas.
No próximo domingo, o hotel de charme organiza um almoço especial para assinalar o Dia da Mãe. Num ambiente de charme e história, famílias poderão desfrutar de uma refeição pensada para assinalar a data de forma tranquila e memorável (sem se preocuparem com tachos).
A partir do próximo mês, o restaurante lisboeta Canalha regressa com um pop-up ao Sublime. O chef português - e criador do projeto - traz para a mesa uma carta que celebra os produtos nacionais e uma cozinha descomplicada, num ambiente onde a sofisticação e a tranquilidade se encontram no seu melhor.
Marcelo Araújo e Patrícia Berardi tinham o sonho de produzir grandes vinhos no Dão. E fizeram como na Borgonha, aproveitando pequenas diferenças de terroir para conseguir um resultado ora mais estruturado e intenso, ora mais elegante e fresco. Não há nada como ver um sonho realizado.
Numa noite marcada por sabores intensos e surpreendentes, descobrimos uma cozinha que se revela na simplicidade dos ingredientes e na ousadia das combinações. Cada prato foi uma experiência sensorial, feita de contrastes e autenticidade genuína.