Neptuno: saiu mais um "vinho do Outro Mundo", de Cláudio Martins. Este vem de Itália e custa 1.100 euros
Depois do Alentejo, Priorat e Mosel, chegou a vez da Toscânia se juntar à constelação vínica criada por Cláudio Martins. O novo vinho chama-se Neptune Code 0.6 e nasceu nas vinhas muito velhas do carismático produtor Bibi Graetz, colheita de 2015. Custa 1.100 euros e 25% da produção já estava alocada antes da apresentação.

A origem é italiana, mas o projeto continua a ter sotaque português — e ambições bem galácticas: lançar, todos os anos, um vinho de produção ultra-limitada inspirado num planeta do sistema solar.
Desta vez temos um puro toscano de 2015, um tinto 100% Sangiovese de vinhas muito velhas, plantadas entre os 450 e os 650 metros de altitude em Lamole e Olmo. A primeira é a vinha mais antiga do produtor Bibi Graetz, com mais de 75 anos, situada no coração de Chianti Clássico. Olmo é quase tão velha, e oferece uma vista magnífica sobre Florença. Talvez mais importante para o vinho, está plantada numa zona mais elevada e extremamente ventosa.
O Neptune fermentou com leveduras indígenas em barricas abertas de 225 litros, com pisa manual diária, seguido de estágio de 10 anos em barricas usadas de carvalho francês. Pressa, não houve certamente. Está disponível numa edição limitada a 562 garrafas, e por um preço invulgar: 1.100 euros.

Dizer que é um vinho raro seria um pouco redundante. Na realidade, poucos o provarão — e menos ainda o vão beber. Como já tinha acontecido com o Jupiter, o vinho inaugural da série lançado a mil euros no Alentejo, este Neptune será acima de tudo uma peça de coleção, pensada mais para o investimento do que para o prazer. A propósito: Cláudio Martins conta que o Jupiter, produzido na Herdade do Rocim, está a ser vendido no mercado secundário por valores entre os 2000 e os 2500 euros.
O Neptune conta ainda com a assinatura de Bibi Graetz, um nome incontornável do vinho italiano contemporâneo e um verdadeiro artista convertido em enólogo. Bibi estudou belas-artes em Florença e só se apaixonou pelo vinho em 2000, altura em que começou a produzir numa quinta da família em Fiesole, na Toscânia. Os rótulos são totalmente desenhados por si, e ganhou fama por ter uma abordagem criativa e intuitiva, que rompia com o classicismo da região — mesmo trabalhando exclusivamente com castas tradicionais. Face a outro movimento que junta castas da Toscânia, principalmente a Sangiovese, a outras francesas (dando origem aos chamados Super Toscanos), Bibi Graetz preferiu manter-se exclusivamente fiel às castas autóctones.

Ao todo, o projeto Wines From Another World prevê nove lançamentos, num percurso que começou — e terminará — em Portugal, com um vinho fortificado. Pelo meio, regiões como Bordéus, Champagne ou Napa Valley entram na rota. Os vinhos são sempre lançados em primeira mão no Clube WFAW, uma espécie de sociedade restrita de entusiastas (e investidores), que podem aceder a cada novo "planeta" em primeira mão. Foi o que aconteceu neste caso com 25% da produção.
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