Chef Bertílio Gomes recria A Última Ceia
O chef da Taberna Albricoque, em Lisboa, baseou-se em textos bíblicos para conseguir chegar à ementa perfeita desta versão da Última Ceia, que pode chegar a nossa casa com um só clique, numa parceria com o canal História.

Para assinalar asemana santa, oCanal História estreia em exclusivo uma nova edição deA Última Ceia, a programação especial dedicada à reinterpretação gastronómica do menu mais famoso da História (a ceia de Jesus Cristo com os apóstolos), sempre assinada por chefs portugueses.
Depois deMiguel de Castro e Silva, Henrique Sá Pessoa, Vítor Sobral, Diogo Noronha ou Rui Paula, é agora a vez do chef Bertílio Gomes aceitar o desafio.
A ementa apresentada pelo chef é constituida por cinco propostas de tapas e petiscos que podem ser apreciadas em pequenas porções, e que devem ser comidas com as próprias mãos. Assim, existe a possibilidade de provar várias iguarias, incluindo uma sobremesa. "Esta forma de comer promove a convivialidade e a partilha, e está muito enraizada na nossa cultura à semelhança de todos os países de influência mediterrânica" resume Bertílio Gomes, que neste momento está à frente da cozinha da Taberna Albricoque, em Lisboa.
"O critério de escolha dos ingredientes parte do que está disponível nesta altura do ano e da informação retirada dos evangelhos bíblicos, espelho dos hábitos alimentares da época" explica. "Como por exemplo o pão ázimo, o vinho, o grão, as favas, as lentilhas, o figo e as ervas. Acabei por colocar também um petisco de peixe, por ser um elemento tradicional e refletir a cultura portuguesa" conta o chef, explicando como recorreu à consulta de textos bíblicos para encontrar os ingredientes perfeitos, fazendo uma fusão com a cozinha que apresenta no seu restaurante.
Chegamos então ao primeiro prato, um tártaro de beterraba com grão e ervas amargas. "O grão é uma leguminosa referida na Bíblia e existem várias fontes que o mencionam como um dos alimentos base da alimentação da época. O pão de grão é feito com farinha de grão e, à semelhança do pão ázimo, não é fermentado. As ervas amargas são agrião, azedas, chicória e dente de leão e estão presentes na Bíblia. Já eram consumidas pelos Hebreus no Egipto desde o tempo de Moisés". Depois, chegam aslentilhas com queijo de cabra, tomate confit e kale: "a cabra era um dos animais permitidos e consumidos naquele tempo, mas sobretudo eram criadas para retirar o seu leite, que era muito apreciado".


Seguem-se as imperdíveisfavas e trigo em pétalas de cebola assada, e a morcela vegetal, "um prato criado por mim e disponível no menu da Taberna Albricoque regularmente e que consiste numa
salada de cenouras assadas, temperada com cominhos - uma especiaria muito utilizada no Médio Oriente - e azeitonas, também elas um ingrediente bíblico".

O chef encerra os frios com o tártaro de carapau com figos secos e amêndoas. "O peixe é um dos símbolos da catolicismo já que alguns dos apóstolos eram pescadores, e este carapau é curado numa salmoura que é uma técnica de conservação dos alimentos que já se aplicava nessa época; a figueira é uma árvore abundante desta zona do globo sendo os figos referenciados na Bíblia inúmeras vezes, também existe uma grande afinidade da minha cozinha com este produto, já que tem uma grande influência do Algarve", explica.

Por fim, sugere-se umsorvete de vinho tinto com especiarias e frutos vermelhos numa rabanada de folar da Páscoa."O Folar da Páscoa é uma das preparações culinárias da doçaria portuguesa mais representativas desta altura, que servirá para fazer uma rabanada que também é uma sobremesa tradicional. O vinho é um dos dois elementos referenciados na Última Ceia e as especiarias são um elemento predominante na cozinha do Médio Oriente".

O menu, desenhado para duas pessoas, custa €40 e está disponível em take-away, durante a semana santa, de 26 de março a 3 de abril. A emissão especial deste programa é emitida no canal História, a partir de 26 de março, às 22h10 com repetições até à Páscoa, dia 4 de abril.
É bom garfo? Siga estas tendências
A consciência ecológica nunca esteve tão presente nas nossas mentes – e mesas, tanto pela predileção de comida plant based, como pelo cuidado no que toca às embalagens e ao desperdício alimentar. Mas mais, um certo vírus também está a ditar tendências no que toca às nossas rotinas alimentares e à indústria da restauração.
Neste desafio gastronómico são os seguidores que escolhem o menu
Designa-se “Quarantine Challenge” e é a mais recente proposta dos restaurantes The Art Gate e Oficio. O palco para este desafio são as contas de Instagram de cada espaço, pelo que todas as segundas são os seguidores que decidem a ementa para a semana. Perceba como.
14 Gadgets (e outros objetos) para apaixonados por vinhos
Ser um apaixonado por vinhos significa muito mais do que gostar de beber. Há todo um ritual associado a cada garrafa que faz com que o néctar saiba realmente melhor.
Provou 1000 vinhos num mês e reuniu tudo no novo guia imperdível do Douro
Pensado para meios entendedores, para “zeros à esquerda” e para experts em vinhos, o livro “Vinhos do Douro” compila a apreciação de mil vinhos por parte do jornalista e enófilo João Paulo Martins.
O reconhecido chef inglês tem reinterpretado alguns dos pratos portugueses mais tradicionais. Depois do desastre da reinterpretação do pequeno almoço, chega agora a versão da bifana.
Estudos indicam que, quando consumida com moderação — à medida do que acontece com o vinho —, a cerveja poderá ser tão benéfica para a saúde quanto é o néctar de Baco.
A 8ª edição do Concurso de Vinhos de Portugal escolheu os vencedores entre 1400 candidaturas. A região mais medalhada foi o Douro, seguindo-se as regiões do Dão e Alentejo.
O restaurante de street food SOI acrescentou à sua ementa um prato que acredita ser pornograficamente bom.