Abarth 500e: alguém viu passar uma bolinha amarela?
Se calhar, não. É pequenino, muito rápido, silencioso (já lá iremos) e 100% elétrico. Só uma coisa o trai: a pintura. Distingue-se ao longe. É o Abarth 500e.
Em primeiro lugar, o racional deste modelo
Porquê lançar uma versão elétrica do desportivo Abarth 500? Porque sim. Se há uma razão para lançar um modelo Abarth baseado no best-seller Fiat 500, por maioria de razão também faz sentido lançar a respetiva versão elétrica. E para os puristas – quer da marca do escorpião, quer dos motores de combustão interna, quer ainda os ‘haters’ dos veículos elétricos – fica a informação: no circuito Balocco, aquele que fica no telhado do histórico edifício da Fiat, em Turim, o Abarth 500e (elétrico) foi 1 segundo por volta mais rápido que o Abarth 695 (a gasolina). Nada mal para um desportivo... elétrico.
Tecnicalidades
Temos então um único motor elétrico, montado sobre o eixo dianteiro, a debitar 154 cavalos de potência e 235 Nm de binário. Isto permite ao pequeno Abarth ir dos 0 aos 100 km/h em 7 segundos, apesar dos 1410 kg que acusa na balança, muito por causa da bateria de 42.2 kWh (brutos, 37.3 kWh úteis) que, só por si, representa 295 kg desse peso. A carroçaria é a mesma do Fiat 500 (3.57m de comprimento por 1.63m de largura e 1.49m de altura), mas neste caso com a adição de um ‘spoiler’ dianteiro e um difusor traseiro. A altura ao solo original foi rebaixada e o 500e "calça" umas generosas jantes de 17 polegadas.

Uma questão de design
Um Fiat 500 é um Fiat 500. Sim, mas não só: o pacote aerodinâmico do Abarth 500e, mais as vistosas jantes e, principalmente, a pintura exterior, fazem dele um objeto bem visível e que faz virar cabeças quando passa na rua. Por falar na pintura, há duas cores oferecidas: um azul ‘Poison Blue’ e um verde (não é amarelo?) ‘Acid Green’. A este propósito, há quem o ache verde, há quem o ache amarelo. É como aqueles posts no Facebook em que meio mundo vê uma cor e o outro meio vê outra. A nós calhou-nos precisamente o amare… pronto, o verde ‘Acid Green’. Na paisagem cinzentona e escurecida das cores dos automóveis cá do burgo, acreditem que este Abarth 500e é bem visível, até mesmo ao longe, mau grado a sua pequenez. No interior, uma ambiência desportiva sem margem para dúvidas. Bancos do tipo bacquet de competição, forrados a alcantara (se é sintética, engana muito bem), volante com uma marca azul no topo da circunferência, para nunca nos esquecermos de para que lado as rodas estão a apontar, e espaço interior suficiente para dois adultos à frente e duas crianças grandes (ou dois adultos pequenos) no banco de trás.

Ao volante
Há três modos de condução: 1. Turismo, em que a potência não ultrapassa os 130 cv e é o modo, digamos, mais civilizado; 2. Scorpion Street, que maximiza a regeneração gerada no abrandamento e na travagem, simulando o efeito de travar com o motor quando se conduz um carro de caixa manual; e 3. Scorpion Track, que atira para trás das costas as preocupações com a autonomia e privilegia a performance pura e dura. Por falar em autonomia, os anunciados 264 km são um pouco otimistas. Em utilização normal, no mundo real, essa autonomia deverá andar mais próximo dos 210-220 km. Quanto ao carregamento da bateria, ele pode ser feito em postos até aos 85 kW.
Em qualquer um dos modos de condução, o 500e movimenta-se com bastante agilidade e rapidez. Parece uma bola de ping-pong a saltar do início de uma reta até ao fim dessa mesma reta, depois a curvar e de novo a saltar, no início da reta seguinte. As acelerações são fortes o suficiente para ser necessário dosear bem o acelerador, sob pena de a motricidade do eixo dianteiro ser posta em causa. No modo Turismo, a condução "um-pedal" permite quase não tocar no travão e, ainda assim, regenerar bastante energia. Mas o(s) modo(s) mais interessante(s) é(são) o(s) Scorpion, Street e Track. Este último, então, transforma o 500e num bólide de pista, duro que se farta mas eficiente a colocar a potência no chão. E as performances, acreditem, sentem-se e bem.

Silencioso ‘ma non troppo’
Qualquer veículo elétrico que se preze é silencioso. Vá, ouve-se um silvo e pouco mais, o rolamento dos pneus no alcatrão será o ruído mais audível. Mas o Abarth 500e também pode ser bastante ruidoso. Basta selecionar uma opção no volante e um sintetizador de som simula o ronco de um motor de combustão interna, e com escape de rendimento e tudo. Com esta opção ativada, há mais uma razão para as cabeças se virarem à sua passagem.

Preço
Valerá a pena referir o preço do Abarth 500e quando se trata claramente de um objeto de desejo, de um carro de paixão? Bom, valha ou não, o, aí vai: o preço começa nos €38.030 – é caro? Nem por isso? Uma pechincha para os apaixonados da marca?
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