Entrevista. Xavier Dolan, Julia Roberts e uma mão cheia de diamantes
O realizador canadiano e a estrela de Hollywood juntaram-se para filmar a nova campanha da Chopard, dedicada a uma das mais emblemáticas peças da maison francesa.
É um encontro de ícones, do Cinema e da joalharia. Um realizador com um fraquinho pela nostalgia, uma atriz (e um sorriso) de sempre e uma maison que atravessa gerações. Tudo para celebrar um dos modelos mais emblemáticos da maison, o relógio Happy Sport, reinventado em duas coleções que combinam o charme sem tempo e a modernidade do design e da tecnologia. Encantado por filmar a atriz que o ajudou a perceber que as mulheres também podem ser protagonistas, o canadiano Xavier Dolan conta à MUST como foi trabalhar com Julia Roberts e recorda o processo de imaginar a mais recente campanha da Chopard, Happy Diamonds, cheia de joie de vivre e emoção.

Como reagiu quando a Chopard lhe pediu para filmar a campanha Happy Diamonds?
Fiquei muito lisonjeado e acho que um pouco intimidado também, porque nunca filmei uma campanha comercial antes. Portanto, acho que me senti "feliz"!
Como foi saber que ia trabalhar com a Julia Roberts?
Definitivamente deu um novo significado. A Julia Roberts tem sido importante para a minha vida e para a minha história, particularmente quando desempenhou o papel de Erin Brockovich [no filme de 2000]. Por isso, saber que iria trabalhar com ela foi obviamente muito entusiasmante para mim.

Quais foram os seus objetivos estéticos para esta campanha?
Conceptualmente, algo já estava lá, um princípio orientador de deixar ir, de forma fácil e livre. Artisticamente e esteticamente queria girar naturalmente em torno disso. Precisávamos – tanto em termos de guarda-roupa como de iluminação – de algo simples, leve, acessível e humano.
O compromisso da Chopard em relação ao luxo ético é importante para si?
É muito raro trabalhar com uma marca de luxo que tem uma consciência ecológica e ética. Uma maison como a Chopard tem esse tipo de sensibilidade, preocupa-se com o ambiente, com os seus colaboradores, com a forma como fabrica e produz. Tudo isto faz com que queira trabalhar com eles, porque têm princípios.

Como correram as filmagens com Julia Roberts?
Demo-nos bem rapidamente e fizemo-nos rir um ao outro. Acho que o humor é um facilitador, socialmente falando.


O que representa para si a Julia Roberts?
Obviamente, desde Erin Brockovich…Provavelmente tinha nove ou dez anos na altura e, lembro-me de ter ficado muito impressionado com a sua liberdade e personalidade. Talvez porque – e suponho que tal seja normal – até então, só tinha visto mulheres no grande ecrã a serem tratadas como acessórios ou a serem objetificadas, mulheres com menos controlo sobre os seus destinos. Então, eis que surge Erin Brockovich numa situação em que dita o seu próprio destino, mudando o dos outros também. Acho que isso realmente me impressionou e ficou comigo desde então. Por isso, não há dúvida, de que a Julia representa para mim esse tipo de modernidade numa mulher que consideramos realmente sensual e bonita.
Sim, a Julia tem um grande sorriso, mas o que nos lembramos é da mulher que aceita o seu Óscar e responde ao anfitrião: "Estás a ficar sem tempo! Senta-te, ficarei aqui pelo menos dez minutos!" É este o tipo de coisas que deixa uma impressão profunda. É isto que definitivamente mais me impressiona na Julia Roberts: a sua humanidade.
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