Banksy deixa a sua marca em parede de tribunal londrino
O famoso grafitter britânico parece ter sido a mais recente entidade a manifestar-se contra a ilegalização da organização Palestine Action. Os seus murais nunca são muito explícitos, mas este, em particular, tendo em conta o contexto, não deixa muito à imaginação.

O edifício dos Royal Courts of Justice, em Londres, começou a semana adornado com uma nova demão de tinta na sua fachada – uma intervenção estética imprevista cortesia do famoso grafitter Banksy. O novo mural – enigmático, como sempre – mostra um juiz, com a tradicional peruca e toga preta, a usar o seu típico martelo de madeira para agredir um manifestante caído no chão, com sangue a salpicar o cartaz que este segura. Martelo esse que, neste contexto, é uma arma de duplo sentido: se, por um lado, serve para exercer violência – como qualquer martelo que não é usado para o seu propósito original –, por outro, é um objecto de silenciamento, sendo a ferramenta que o juíz usa para exigir silêncio e ordem dentro da sala de audiências.
Que Banksy pretende passar uma mensagem, ninguém duvida. O artista de rua é, de resto, sobejamente conhecido (embora ninguém saiba quem ele é) por fazer crítica social através dos seus murais. Só que estes tendem a ser vagamente crípticos e alegóricos. E se a sua mais recente obra segue a tradição de vir sem legenda, nada impede o público de fazer as suas interpretações. E, desta vez, é ainda mais fácil tirar ilações do que é costume, já que o mural surgiu dias depois de quase 900 pessoas terem sido detidas, em Londres, numa manifestação contra a proibição da organização Palestine Action.

Fundada em julho de 2020, a Palestine Action é uma organização pró-Palestina que se define como um grupo de ação direta, com foco em desestabilizar as empresas do setor do armamento que fornecem Israel. As táticas usadas incluem invasão de edifícios, prender máquinas com correntes, vandalizar com tinta vermelha e destruir equipamentos. Consequentemente, no passado mês de julho, o governo do Reino Unido considerou a organização um grupo terrorista, enquadrando-a na lei antiterrorismo britânica, proibindo a sua existência. A partir dessa data, passou a ser crime ser membro, apoiar ou exibir sinais de apoio à organização, com penas que podem chegar até 14 anos de prisão.
Vários organismos de direitos humanos, incluindo o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, consideram a proibição excessiva e desproporcional, alertando que isso ameaça a liberdade de expressão e de reunião pacífica. Entre julho e o momento actual, há já um total acumulado de mais de 1.600 detenções de manifestantes pró-Palestine Action ou, simplesmente, contra aquilo que consideram ser um atentado contra a liberdade de expressão. Entretanto, a organização conseguiu autorização judicial para contestar legalmente a proibição – uma revisão judicial está em curso.
É neste contexto que surge o mural de Banksy. O artista de Bristol partilhou uma fotografia do graffiti no Instagram – o método habitual para autenticar as suas obras. A legenda da publicação dizia apenas: “Royal Courts Of Justice. London.”
Imagens nas redes sociais e na imprensa estrangeira mostram que a obra já foi coberta com grandes folhas de plástico e duas barreiras metálicas. O mural está a ser vigiado por seguranças à porta do edifício e encontra-se debaixo de uma câmara de videovigilância. A peça encontra-se numa parede exterior do Queen’s Building, parte do complexo do Royal Courts of Justice, onde estão localizados o High Court of Justice (Tribunal Superior de Justiça, primeira instância para casos civis complexos e também tribunal de recurso), e o Court of Appeal (Tribunal de Recurso, civil e criminal).
Dias depois, os tapumes desapareceram para mostrar uma versão deslavada do mural. Houve, claramente, um esforço para tentar lavar a parede de pedra, mas sem grande sucesso. Uma tentativa de apagamento que está a causar melancolia nos fãs de Banksy, que dizem que esta espécie de versão sombreada torna a obra – e a mensagem subjacente – ainda mais pungente.
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