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De inteligência artificial a energia nuclear. Os planos de Bill Gates para resolver desafios globais

Estas são apenas algumas áreas em que a Fundação Bill & Melinda Gates está disposta a investir a fim de abordar questões tão díspares como o aquecimento global ou complicações durante a gravidez.

Foto: Getty Images
21 de dezembro de 2022 | Ana Filipa Damião
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Bill Gates é uma das mentes mais brilhantes das últimas décadas, não fosse ele o fundador da Microsoft, constantemente à procura de soluções para problemas atuais. Em conjunto com a sua ex-mulher, Melinda French, criou a Fundação Bill & Melinda Gates, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do ser humano. Recentemente, o antigo casal reuniu-se para discutir o orçamento da fundação para 2023 e as suas áreas de atuação, como este contou à Forbes americana. 

O futuro avô (a sua filha Jennifer está grávida) encontra-se preocupado com a educação das crianças, mais precisamente com o facto da disciplina de matemática não ser divertida. Segundo um relatório recente, apenas 26% dos alunos do 8º ano eram proficientes com números, o valor mais baixo em quase 20 anos. Por isso, a fundação apoia parceiros sem fins lucrativos como a Khan Academy, a Zearn e a Mastory, ferramentas online interativas de aprendizagem. Gates acredita que a inteligência artificial pode ser uma mais valia para as plataformas e para a educação dos mais jovens.

Outra área na qual a fundação investe regularmente é a saúde. Neste caso, criaram uma máquina de ultra-sons de pequena escala com recurso a inteligência artificial, em conjunto com a Google e a Philips. A idea é que o dispositivo possa ser ligado ao telemóvel ou ao tablet e utilizado nos países com menos recursos. "O software pode detetar todos os problemas normais de uma gravidez", explicou à Forbes. Se é de alto risco ou se a mãe precisa de uma cesariana, por exemplo. A tecnologia está a ser testada no Quénia e na África do Sul.

Em terceiro lugar na lista temos a utilização da terapia genética para curar a SIDA, uma doença que não tem cura, apenas tratamento. A instituição tem financiado projetos de diversos centros académicos e start ups na área e estabelecendo parcerias com os institutos nacionais de saúde e com o grupo farmacêutico Novartis. 

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Por fim, destacamos o interesse do magnata nas tecnologias de energia nuclear e de baixo-carbono. A sua empresa TerraPower, designer de reatores nucleares, transforma urânio empobrecido em combustível. O co-fundador da Microsoft afirma que investiu mais de mil milhões de dólares na compania na última década, mas que teremos de esperar até 2030 para descobrir se o novo reator que criaram é um sucesso.

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