Tesouros sobre quatro rodas: o luxo de sentir a história automóvel
Carros há muitos, mas são poucos os que conseguem sobreviver à prova do tempo. Só alguns, os mais especiais, atravessam gerações, valorizando cada década que passa. São automóveis de paixões, mas também de muitos milhões.
Para uns, um automóvel tem apenas, e só, uma função: levar-nos do ponto A ao ponto B. Para outros, é uma extensão de quem são, mas pode ser também uma forma de manifestação exterior de riqueza e de poder. E depois há aqueles que veem as quatro rodas quase como autênticas obras de arte. Aqueles que, tal como degustam um bom vinho, apreciam um quadro de um pintor de renome, vibram ao volante de um automóvel clássico.
Numa altura em que a indústria automóvel atravessa uma autêntica revolução, com a eletrificação a conquistar o asfalto, a tecnologia a inundar todo e qualquer milímetro da condução, cresce o número daqueles que vibram com cada uma das rotações dos motores de combustão interna, que se arrepiam com o som abafado que sai pelos tubos de escape, e anseiam por aquela ligação entre o Homem e a máquina.
Não procuram carros velhos. Não querem um modelo antigo por ser antigo, querem, sim, poder estacionar na garagem automóveis que fazem parte da já longa história desta indústria. São brinquedos em ponto grande, objetos de culto, mas também, cada vez mais, investimentos seguros. Assim haja o capital necessário para os comprar (e conseguir manter).
Desse restrito lote de automóveis clássicos há opções para todos os gostos, mas também para todas as carteiras. Os verdadeiros, os mais desejados, são, naturalmente, dispendiosos. Tal como os supercarros atuais serão, no futuro, ainda mais caros, também os clássicos que hoje apreciamos têm valores proibitivos para a maioria. Exemplo disso mesmo é aquele que é o clássico mais valioso de todos os tempos. Não é um Porsche, um Ferrari ou um Rolls-Royce. É um Mercedes.
O Mercedes-Benz 300 SLR Uhlenhaut Coupe é o detentor do título, depois de ter sido arrematado por cerca de 135 milhões de euros. Construído em 1955 como um protótipo que se pode utilizar nas estradas públicas — com uma designação que é uma homenagem ao seu engenheiro-chefe, Rudolf Uhlenhaut —, tem por base o 300 SLR de competição. Apesar dos 75 anos de idade, os números que este exemplar (um de apenas dois produzidos) carrega consigo são exemplificativos do quão à frente do seu tempo estava: tem um motor de seis cilindros em linha de 3 litros que Ihe permite atingir os 290 km/h!
As linhas do modelo da marca da estrela cativam todos aqueles que são amantes de automóveis que ficam para a história. Há, no entanto, marcas que fazem palpitar mais o coração do que a Mercedes. A Ferrari é, claramente, um excelente exemplo. E o 250 GTO de 1962, pintado de verme-lho, com o número 7 nas portas, capot e bagageira, acelera muitos ritmos cardíacos.
Este GTO, construído para ser pilotado pela Scuderia Ferrari, junta a elegância à agressividade, numa combinação que fez furor na competição automóvel, mas também a faz nos leilões de automóveis. Em 2014, tornou-se o carro mais caro ao ser arrematado por cerca de 41,6 milhões de euros.
O estilo do Ferrari faz lembrar, em parte, outro clássico entre os clássicos, o Jaguar E-Type. Produzido entre 1961 e 1974, o icónico modelo é regularmente lembrado como sendo o carro mais sexy do mundo dadas as curvas pronunciadas de uma carroçaria em que se destaca o comprido capot e uma traseira muito curta.
Não se pode, obviamente, falar de clássicos, em marcas que ao longo dos anos nos foram presenteando com modelos que ainda hoje nos fazem olhar quando passam na estrada, sem incluir a Porsche. Ainda hoje mantém, em parte, a linha do mítico 911, mas o modelo de desejo não responde a esses números. Foi o primeiro modelo de produção da marca: 0 365 (ou 356) Speedster.
É um modelo potente, mas muito elegante. Tem o glamour típico dos automóveis produzidos nas décadas de 5o e 6o do século passado, que se encontra noutro clássico de excelência. O Aston Martin DB, é um dos carros mais icónicos de sempre, muito por causa da sua participação nos filmes da saga 007. Sean Connery foi o Bond que primeiro o conduziu, mas continuou a brilhar até passar pelas mãos de Daniel Craig. O modelo utilizado em No Time To Die foi vendido por cerca de 3,4 milhões de euros.
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