Quando vamos ao médico e verificam os níveis de oxigénio no sangue, não os medem no pulso, mas na ponta dos dedos. Isto acontece porque essa zona tem uma rede vascular mais extensa e próxima da camada exterior da pele, o que facilita a leitura e ajuda a obter resultados mais precisos. Ora, o Huawei Watch 5 é o primeiro smartwatch a tirar partido desta característica, apresentando uma série de sensores desenhados especificamente para ler os dedos de forma rápida, precisa e fiável. Como num dispositivo médico.
Os sensores no pulso continuam presentes, a fazer uma monitorização 24 sobre 24, mas, para ter uma leitura mais imediata e precisa dos níveis de SpO2, frequência cardíaca, temperatura da pele, níveis de stress, ECG, rigidez arterial ou saúde respiratória, o melhor mesmo é colocar o dedo no relógio. A tecnologia chama-se X-TAP e é sensível ao toque e à pressão (e depois até serve para pequenos e divertidos jogos – mas isso é outra história).
Pela primeira vez, também, o Watch 5 apresenta um tamanho mais aceitável para quem tem o pulso fino ou não gosta de andar com um monstro no braço. Temos assim dois modelos, um de 42 mm e outro de 46 mm. O primeiro em aço e o segundo em titânio, mais leve para evitar desconforto. A qualidade do titânio é de grau aeroespacial e o aço utilizado no modelo menor é aço 904L, mais resistente a riscos e choques. Mesmo entre a relojoaria tradicional de luxo, há pouquíssimas marcas a utilizarem aço com esta qualidade. É o caso da Rolex, que lhe chama Oystersteel, mas quase todas as outras optam pelo mais comum (e inferior) aço 316L – o que dá uma ideia da qualidade de construção que a Huawei implementou no modelo.
O ecrã AMOLED está igualmente protegido por um vidro de cristal de safira e atinge os 3000 nits de brilho – superior ao melhor Apple Watch –, o que facilita enormemente a leitura, mesmo debaixo de um sol de verão. Com este novo modelo consegue também fazer pagamentos, realizar chamadas e ouvir música autonomamente, pelo que pode perfeitamente deixar o telemóvel em casa quando vai praticar desporto. Tem mais de 100 modos de fitness tracking, com quase todos os desportos imagináveis, incluindo golfe e natação, e praticamente só não dá para fazer mergulho. O GPS e a bússola permitem acompanhar todas estas atividades de forma mais precisa e é totalmente compatível quer com iOS, quer com Android.
A bateria, em modo full on, ou seja, com tudo a funcionar, até dura mais de dois ou três dias (consoante o modelo), mas, ativando o modo de proteção (recomendado), pode chegar aos sete e aos 11 dias. Até o carregamento é incrível: vai dos 0 aos 100% em pouco mais de uma hora – hora e meia no máximo (para o modelo maior) –, pelo que não terá problemas por esse lado.
Fit 4 e Fit 4 Pro
Para quem procura um modelo (ainda) mais virado para a atividade desportiva, o Watch Fit é capaz de ser uma melhor opção – até porque acertaram em cheio no look elegantemente desportivo (mais quadrangular, tipo Apple Watch) e na tecnologia. Não oferece a nova X-TAP em toda a sua plenitude, mas inclui um muito bem vindo sensor lateral de ECG e oferece a opção de mergulho livre a profundidades até 40 metros. A caixa é feita numa liga de titânio e alumínio superleve e resistente e a bateria dura entre 4 e 10 dias, consoante a opção escolhida. E tudo por um preço inferior a 280 euros para a versão Pro, ou 170 para a normal.
O Watch 5 está disponível por 449, 549 ou 649 euros, consoante os modelos e materiais, mas até ao final do mês estão em vigor uma série de ofertas e promoções que vale a pena verificar. Válidas igualmente para os Fit.