Um dia na vida de Ana Brito e Cunha: “Paro para respirar, para rir e também para dar espaço ao erro”
A atriz desdobra-se entre a sua carreira e a gestão e direção criativa da Bambolina Teatro. Ana Brito e Cunha não tem horários, mas tenta fazer a gestão entre trabalho e família, “apesar do caos”.
A que horas se costuma levantar?
Entre as sete e as sete e meia da manhã. Mas, se estou a gravar um projeto televisivo ou cinematográfico, acordo mais cedo, pelas seis ou seis e meia.
O que costuma refletir/ponderar/pensar nos primeiros minutos acordada?
Agradeço estar viva. Espreguiço-me. E os pensamentos dependem do momento em que estou.
Qual é a sua rotina quando se levanta?
Espreguiçar-me, como disse. Acordo o meu filho e preparo o pequeno-almoço
Que tipo de pequeno-almoço costuma tomar?
Por norma, não tomo o pequeno-almoço. Mas bebo muita água morna em jejum.
Costuma haver algum tipo de atividade antes do trabalho?
Gosto de fazer caminhada, treino ou pilates.
Qual é o seu trajeto diário? Como o faz?
A pé, de automóvel, de transportes… ando muito a pé e de carro.
Tem algum tipo de preparação prévia para o trabalho?
Ter o corpo preparado, mas também a respiração e a voz.
A que horas começa a trabalhar?
Depende, mas começo sempre cedo.
Quais são as suas principais tarefas e responsabilidades no trabalho?
Além do meu trabalho como atriz, que varia bastante, tenho a gestão e direção criativa da Bambolina Teatro.
Como gere o seu tempo?
A par e passo, apesar de todo caos.
Como lida com a pressão e o stress?
Às vezes lido mal. Mas, na realidade, os artistas trabalham sempre sob pressão: é um desafio que tem vindo a ser modelado e trabalhado ao longo dos anos.
Qual é a parte favorita e menos agradável do trabalho e porquê?
A parte favorita é a construção desde o início, o processo até chegar a um objetivo. A menos agradável é a forma como o ego surge nas comunicações e relacionamentos no trabalho.
Tem uma equipa a trabalhar consigo?
Sim, com a qual conto todos os dias.
Como gere a comunicação com eles?
Com amor e respeito. Todos sabemos qual é o nosso trabalho e cada um é responsável pela sua parte.
Costuma fazer pausas no trabalho?
Claro que sim. Paro para respirar, para rir e também para dar espaço ao erro.
Interrompe o trabalho para almoçar?
Depende. Sim, por norma, almoço. Mas, se estiver no embalo, sou menina para seguir o dia sem essa refeição.
O que costuma comer e onde?
Costumo optar por refeições saudáveis e, ao mesmo tempo, energéticas. Sou do estilo de ter uma lancheira e levar as minhas coisas.
Como lida com eventuais críticas e elogios ao seu trabalho?
Tento ter o distanciamento necessário para tirar o melhor das críticas.
O que diria sobre a ideia que as pessoas com quem se relaciona profissionalmente têm de si?
Acho que gostam e sentem que a ideia é sermos felizes no trabalho. Mas também sabem que gosto de respeito e resultado.
Ao longo do dia dá importância às redes sociais?
Depende. Nem sempre dou. Varia com o humor.
Tem hobbies ou atividades que faz regularmente?
Sim. Leio e, agora, tenho aulas de canto.
A que horas costuma terminar a atividade profissional?
Na verdade, não tenho horários. A Bambolina Teatro funciona das 9 as 17. Muitas vezes fico até mais tarde a criar – gosto de estar no meu mundo feliz. No teatro fico, pelo menos, até à meia-noite. No que diz respeito à televisão, tendo a ficar até às 20 horas. Varia muito.
“Leva” trabalho para casa?
Nunca largo o trabalho. E os textos são sempre estudados depois de deitar o meu filho, é quando entro no meu processo de estudo.
Costuma conversar com alguém sobre a sua atividade no final do dia?
Sim. Converso sobretudo com a família, mas, devo dizer, o trabalho não é o único tema dessas conversas.
Costuma viajar com frequência nas suas atividades profissionais?
Sim. Viajar faz mesmo parte do meu trabalho.
Há muita diferença entre os dias da semana e os fins de semana?
Depende sobretudo do trabalho que estou a desenvolver no momento. Com o teatro não há dias de folga. Tento balancear o tempo entre a minha família, a Bambolina Teatro e a minha carreira de atriz.
Quais são os seus hábitos de jantar?
Janto cedo e em família. Tenho por hábito cumprir os horários, o que significa que pelas 19:00/19:30 já estamos a jantar. E também gosto desses horários quando subo ao palco. Um exemplo de menu? Leve e com proteína, sendo que os legumes são reis.
O que faz antes de dormir?
Antes de desligar, de adormecer, rezo. É um hábito que prezo muito.
A que horas se costuma deitar e quantas horas dedica ao sono?
Uma vez mais, depende, mas costuma ser entre as 23 e as 24, sendo que pelas nove da noite já estou a adormecer no sofá, uma coisa que adoro. Mas tento ter entre seis e oito horas de sono.
Como mantém o equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional?
Com muita serenidade, respeito e amor.
Vê-se a ter outra profissão?
Dificilmente.
O que mais gostaria que mudasse no futuro?
Que o ser humano voltasse a dar prioridade aos valores e honras de viver em sociedade. Que a palavra volte a ter valor.
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