João Bruno Videira reafirma a força do têxtil português em Paris
Na exposição “Re.MADE IN PORTUGAL naturally” o artista apresenta na Paris Design Week uma escultura em ferro e lã de Arraiolos que cruza geometria com gesto artesanal. A peça, leve e contemplativa, traduz a ideia de regeneração ao reinventar tradição e identidade num vocabulário contemporâneo.

Na próxima edição da Paris Design Week, de 4 a 9 de setembro, o design português volta a ganhar palco no histórico bairro do Marais. Sob o leque da exposição “Re.MADE IN PORTUGAL naturally”, iniciativa que integra a campanha “MADE IN PORTUGAL naturally” da AICEP, a presença nacional não se limita à promoção: afirma-se como manifesto de rigor, sensibilidade material e visão contemporânea. Entre os autores selecionados está João Bruno Videira, cuja obra tem na lã o fio condutor de uma investigação estética que cruza técnica, memória e inovação.
Para Paris, o artista apresenta DODECAEDRO, uma escultura de suspensão em ferro e lã de Arraiolos. Partindo do sólido platónico que lhe dá nome, a peça articula doze pentágonos regulares numa estrutura metálica leve, preenchida por uma teia de cordas de lã tecida à mão. O resultado é um corpo de grande presença, mas surpreendentemente etéreo: a malha têxtil evidencia a arquitetura interna, permite a passagem da luz e desenha um jogo de cheios e vazios que convida a olhar por dentro da forma.

O percurso de João Bruno Videira tem sido marcado por esse cruzamento entre saber-fazer e linguagem atual. Levar o DODECAEDRO a Paris é, nas palavras do próprio, um passo natural na afirmação internacional do seu trabalho e da arte têxtil portuguesa: uma tradução do encontro entre identidade local e vocabulário global, onde a tradição não é citação, mas matéria viva para uma ambição contemporânea. A cenografia assinada pela designer de interiores Nini Andrade Silva reforça essa leitura, orquestrando o contexto expositivo para que as obras respirem e dialoguem com a cidade.
Mais do que uma presença coletiva, é uma mostra de como Portugal pensa e fabrica hoje: com consciência de origem, atenção à matéria e capacidade de transformar heranças técnicas em propostas relevantes para o mundo. No encontro entre geometria e lã, João Bruno Videira apresenta uma imagem nítida desse movimento.
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