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Livro. A America’s Cup como nunca a viu

As edições especiais da Taschen nunca desiludem e desta vez não é excepção. A editora acaba de lançar uma edição de colecionador e uma edição artística, ambas numeradas e limitadas, e desenhadas pelo designer Marc Newson, que prometem deliciar os amantes da vela.

Taschen apresenta edição especial da America’s Cup, com design de Marc Newson Foto: DR
27 de agosto de 2025 | Madalena Haderer
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Se pratica vela e vive intensamente os dias da America’s Cup, este livro é para si. Vai adorá-lo. E, certamente, não precisa que lhe contemos a história da competição mais antiga do mundo. Sabe-a de cor. Porém, tenha paciência, vamos contá-la na mesma, não só porque explica a existência destas duas de valor, digamos, considerável – a edição de colecionador custa 2.500 euros e a artística, 12.500 euros, já lá vamos –, mas também porque quem sabe se um jovem que se sente atraído pelo mar não descobre aqui a sua vocação: velejador. E quem sabe se, um dia, esse jovem não segurará a America’s Cup nas suas mãos, carinhosamente chamada de “Auld Mug”, ou “velha caneca”.

A America’s Cup é a competição desportiva internacional mais antiga do mundo Foto: DR

E “velha” é mesmo a palavra-chave. A America’s Cup é a competição desportiva internacional mais antiga do mundo – foi criada em 1851, ou seja, 45 anos antes dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna. Começou quando a escuna norte-americana America venceu uma regata em torno da Ilha de Wight, no Reino Unido, derrotando as 15 embarcações do Royal Yacht Squadron – uma competição testemunhada pela rainha Vitória e pelo filho, o futuro rei Eduardo VII.

John F. Kennedy e Jacqueline Kennedy na America's Cup, em Newport, Rhode Island, 1962 Foto: DR

O troféu foi oferecido ao New York Yacht Club, que decidiu dar-lhe o nome do barco vencedor – America – e declarou-o uma "perpetual challenge cup" (taça de desafio perpétuo), significando que qualquer clube poderia desafiar o detentor. E foi isso mesmo que aconteceu. O New York Yacht Club manteve o troféu durante 132 anos consecutivos, o mais longo reinado invicto da história do desporto, até que, em 1983, o australiano Royal Perth Yacht Club fez história ao quebrar a hegemonia americana com o iate Australia II, famoso pela quilha com “asas” que revolucionou a engenharia naval. Desde então, clubes de países como Nova Zelândia, Suíça e Austrália também já conquistaram o troféu.

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Esta edição está repleta de material de arquivo raro Foto: DR

A mais recente edição da competição, a 37ª, decorreu em Barcelona, em outubro de 2024. O defensor, Emirates Team New Zealand, venceu novamente e garantiu a sua terceira vitória consecutiva. A próxima edição já está planeada para 2027, com Nápoles como cidade-sede, e terá lugar durante a primavera ou verão. Será a primeira vez que o troféu será disputado no Mediterrâneo. Não há um calendário fixo para as competições, como acontece no futebol, por exemplo, mas, recentemente, têm-se realizado a cada três ou quatro anos. E é o detentor do troféu (o Defender) que decide, em conjunto com o desafiante oficial (Challenger of Record), quando e onde será a edição seguinte.

Não é apenas uma crónica de uma competição, narra, isso sim, uma saga de ambição humana Foto: DR

Posto isto,. Nos quase 175 anos da America’s Cup, a editora decidiu homenagear esta competição épica, que evoca mares tempestuosos, tripulações corajosas e empresários dispostos a arriscar tudo. É uma história de patrocínios colossais, egos maiores que a vida e uma fome de vitória que atravessa três séculos, colocando os iates mais sofisticados e os melhores timoneiros frente a frente. Esta edição está repleta de material de arquivo raro, fotografias inéditas, dados técnicos e análises de especialistas. Celebra as equipas, as táticas e a tecnologia por trás da regata de iates mais prestigiosa do mundo. Não é apenas uma crónica de uma competição, narra, isso sim, uma saga de ambição humana, coragem, engenho e da busca incansável pela vitória a qualquer custo.

O New York Yacht Club manteve o troféu durante 132 anos consecutivos Foto: DR

A Collector’s Edition, produzida em colaboração com a Louis Vuitton, apresenta um estojo especial desenhado por Marc Newson, feito em tela de vela de algodão e equipado com um fecho metálico Louis Vuitton feito sob medida, numa homenagem à tecnologia que define este desporto. É uma edição numerada e limitada a 825 unidades. Custa 2.500 euros. Em alternativa, poderá optar pela ainda mais exclusiva Art Edition, numerada e limitada 175 unidades, e que é em tudo semelhante à Collector’s Edition, com excepção de vir acompanhada de uma base para livro em forma de pedestal, fabricada em fibra de carbono e desenhada por Marc Newson. O livro está também autografado pelo artista.

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A edição de colecionador custa €2.500 euros e a artística €12.500 Foto: DR

Qualquer das opções será uma excelente adição ao escritório ou biblioteca de um amante de regatas. Está disponível para compra a partir de 11 de setembro, mas está já em pré-encomenda .

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