Investimentos do luxo: do vinho ao imobiliário sem esquecer a arte
A segunda conferência de um ciclo de três subordinado ao tema “Negócios do Luxo” ofereceu mais uma oportunidade de aprofundar o papel deste setor na economia portuguesa como vetor de desenvolvimento económico e projeção da marca Portugal.

O Negócios e a Must voltaram a trazer o setor do luxo para o centro das atenções com a segunda edição do ciclo de conferências "Negócios do Luxo", que, desta vez, teve como tema "Os Investimentos do Luxo". Tal como da primeira vez, o evento teve lugar no Sheraton Cascais Resort, tendo reunido especialistas em vinhos, imobiliário, arquitetura, leilões e gestão de ativos, com o objetivo de aprofundar o papel do luxo na economia portuguesa, não só enquanto segmento de mercado em expansão, mas também como vetor de desenvolvimento económico, coesão territorial e projeção internacional da marca Portugal.
A abertura do encontro contou com a intervenção de Diana Ramos, diretora do Negócios, e de Frederico Nunes, vereador da Câmara Municipal de Cascais. Diana Ramos recordou que o primeiro encontro teve uma abordagem mais generalista – tendo versado sobre as tendências do luxo na economia global e os novos lifestyles do luxo, em particular o facto de os consumidores terem passado a preferir experiências luxuosas em detrimento da compra de objetos de luxo. Desta vez, porém, o objetivo passava por discutir o luxo enquanto investimento e o futuro do luxo nos setores imobiliário e turístico portugueses. "Acima de tudo," referiu a diretora do Negócios, "o que quisemos fazer foi criar um espaço, que não existia, para que pessoas que gostam de luxo e pessoas que trabalham no setor possam comunicar entre si".
Esta iniciativa pretende debater as dinâmicas e os desafios que moldam o mercado de luxo no país. "Numa economia como a portuguesa, o luxo representa tanto uma forma de diversificação do tecido produtivo como um caminho para valorizar o que de melhor se faz no país – desde os vinhos e a arte até ao imobiliário de prestígio e ao turismo de excelência", sublinhou Diana Ramos.
Já o vereador Frederico Nunes fez questão de referir que o luxo é um tema especial para Cascais: "É um segmento que abraçamos com carinho e que temos vindo a trabalhar há muitos anos. Vejo Cascais como um ‘pequeno Mónaco’, mas melhor, porque temos um parque natural, mar, serra, estamos a 20 minutos de Lisboa e temos um aeródromo. Atrativos que fazem com que qualquer pessoa se apaixone pela vila."
Não obstante, o vereador não deixou de alertar que para apostar neste setor é preciso desenvolver estratégias, e deu um exemplo: "É essencial trabalhar a parte turística com grandes eventos internacionais que apresentem Cascais ao mundo." Uma aposta que tem dado frutos para o município, já que, conforme refere Frederico Nunes, "cerca de 80% das nacionalidades do mundo estão representadas em Cascais, principalmente dentro do segmento de luxo". Pessoas que vêm com os seus hábitos de consumo e que trazem para cá os seus negócios e investimentos, o que faz com que o setor do luxo em Cascais, hoje, abranja "muito mais do que o imobiliário", com negócios que vão da hotelaria à gastronomia, entre outros. "O que faz com que Cascais seja, cada vez mais, o melhor sítio para viver um dia, uma semana ou a vida inteira."
Tendências globais de consumo no setor do luxo
Em Portugal, os objetos ainda falam mais alto do que as experiências, com o consumo de vestuário e sapatos de luxo a crescer quatro pontos percentuais entre 2019 e 2024. Uma subida suplantada apenas pela Noruega, em primeiro lugar, e pela Suécia, em segundo.
Tendências globais de consumo no setor do luxo
Em Portugal, os objetos ainda falam mais alto do que as experiências, com o consumo de vestuário e sapatos de luxo a crescer quatro pontos percentuais entre 2019 e 2024. Uma subida suplantada apenas pela Noruega, em primeiro lugar, e pela Suécia, em segundo.
Imobiliário: um luxo que é também uma necessidade
Nos últimos anos, este setor tem mudado muito. Não só as casas estão mais caras, como, conforme indica Margarita Oltra, da Engel & Völkers, “no segmento da segunda residência, o comprador internacional chega aos 90% e escolhe locais fora dos grandes centros”.
Vinhos, arte e arquitetura. Colecionismo, investimento ou extravagância?
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