TAG Heuer Formula 1 Chronograph x Senna
Diz-se que o capacete amarelo e verde de Ayrton Senna não era apenas uma homenagem ao Brasil, mas também uma forma de ser facilmente identificado em pista — e, quem sabe, lançar algum pânico nos adversários. Este TAG Heuer, marca que Senna sempre usou, presta-lhe uma homenagem justa, com um cronógrafo automático de calibre próprio e um tamanho generoso (44 mm), numa altura em que os relógios tendem a ficar mais pequenos. Existe também uma versão em quartzo, com bracelete em aço idêntica às que o piloto usava.
Maurice Lacroix
A celebrar 50 anos e com uma aposta renovada em Portugal — passou a ser distribuída pela Watchers —, a Maurice Lacroix é uma daquelas marcas suíças cuja qualidade parece superior ao preço. Boa construção, materiais como a cerâmica e acabamentos muito cuidados. O best-seller continua a ser o Aikon, simultaneamente desportivo e clássico, que este ano recebeu um upgrade mais moderno. Chamaram-lhe Aikonic, num trocadilho que destaca também a manufatura (o 'ic' significando Integrated Craftsmanship). O sistema patenteado de troca rápida de braceletes e o calibre automático ML1000 são bons exemplos.
Jaeger-LeCoultre Master Ultra Thin
Este clássico intemporal ganhou nova alma com um mostrador granulado em cobre, que contrasta com o aço inox polido da caixa: o calor contra o frio. A nova versão está disponível em modelos com data ou fases da lua - dois calibres lindíssimos, 899 e 925 , com 70 horas de reserva de marcha. Não será por acaso que chamam à JLC “a relojoeira dos relojoeiros”. Caixa superfina, como o nome indica, e 39 mm de diâmetro. Elegância pura.
Seiko Prospex Alpinist
A linha Prospex é frequentemente associada ao mar, mas a Seiko recupera aqui a sua alma montanhista. Aliás, o primeiro Alpinist data de 1959, anterior até ao primeiro diver da marca. O novo modelo apresenta construção robusta, resistência à água até 200 metros e uma bússola integrada na luneta. Já a bracelete em pele dá-lhe um toque extra de elegância muito urbano.
Omega Seamaster Planet Ocean
Para celebrar o 20.º aniversário desta linha de mergulho profissional — relógios capazes de descer até 600 metros —, a Omega atualizou toda a coleção, nomeadamente redesenhando a caixa que está agora mais fina, passando de 16,1 mm para 13,8 mm, mantendo o diâmetro de 42 mm. Será uma melhoria enorme no conforto diário. O design da bracelete metálica está mais integrado e há várias opções de silicone, fazendo com que este seja, sem dúvida um dos mais bonitos e habilitados relógios de mergulho do mercado, mesmo para quem só vai dar umas braçadas na piscina.
Parmigiani Fleurier Tonda PF Minute Rattrapante
Por vezes, as marcas acertam em cheio. Foi o caso da Parmigiani Fleurier com o Tonda GMT Rattrapante, um sucesso imediato graças à fluidez do design e ao padrão do mostrador. A complicação GMT escondia um segundo ponteiro das horas, que só surgia para indicar um segundo fuso. Este ano, a marca aplica o mesmo conceito aos minutos, permitindo marcar incrementos de tempo em intervalos de um ou cinco minutos. No fundo, é uma espécie de temporizador, mas muito mais elegante.
Cartier Santos
The OG! O original. O Cartier Santos pode não ter sido o primeiro relógio de pulso, mas foi o que mais contribuiu para a sua popularização (no início do século passado, os homens usavam relógios de bolso). E esta é a primeira vez que a Cartier constrói um relógio com caixa e bracelete totalmente em titânio, tornando-o mais leve e mais resistente do que as versões em aço ou ouro. No interior, o movimento automático 1847 MC, provavelmente o mais fiável da maison, enquanto o mostrador negro oferece um toque extra de sofisticação - como se fosse necessário.
Chopard Alpine Eagle
Leveza é a palavra-chave: este Alpine Eagle utiliza uma liga de cerâmica e titânio até no movimento, que trabalha nuam frequeência de 57 600 vph (vibrações por minuto) — o dobro do habitual. Um feito de precisão que lhe valeu o Grande Prémio de Relojoaria de Genebra, na categoria Relógio Masculino Desportivo. Visual muito escuro, quebrado por detalhes em laranja. Mais um elemento que se destaca nesta bem sucedida linha Alpine Eagle.
Patek Philippe Calatrava Pilot Travel Time
Inspirados nos primeiros modelos de aviadores dos anos 1930 (o primeiro PP Calatrava tem quase 100 anos), os Calatrava Pilot (re)nasceram em 2015 associados à complicação Travel Time – que torna muito simples definir e consultar a hora de “casa” e a hora do “destino”. Um relógio de e para viajantes, que nesta nesta versão 2025 surge mais leve e desportivo, com mostrador branco e bracelete em verde caqui. Clássico e casual, como convém a um relógio “que nunca é verdadeiramente nosso; apenas cuidamos dele para a geração seguinte”.
Hermès Arceau Le Temps Suspendu
Como o próprio nome indica, este Hermès consegue “suspender o tempo”. Tecnicamente continua a contá-lo, mas o mostrador permanece imóvel. Não se preocupem, porque ao reativarmos a função, a indicação regressa ao ponto certo — como se nunca tivesse parado. Alguns dirão que é uma complicação inútil, mas faz-nos pensar nos momentos em que o tempo realmente não importa. O Hermès deixa assim de ser um ditador do tempo e dá-nos liberdade para o ignorarmos - e isso é inteligente e divertido.
Tudor Black Bay Chrono
Há vários motivos para gostar do Black Bay Chrono: o calibre MT5813 de manufatura, certificado COSC, com 70 horas de reserva de marcha; ser um cronógrafo, e ainda oferecer 200 metros de resistência à água, numa caixa com um tamanho perfeitamente equilibrada (41 mm). Os mostradores Panda e Reverse Panda já eram favoritos — mas este ano a Tudor acrescentou mais um motivo para nos atrair: um mostrador Flamingo Blue, um turquesa vibrante, perfeito para quem planeia celebrar a passagem de ano nos trópicos.
Rolex Oyster Perpetual Sky-Dweller
Não se trata propriamente de um novo relógio – é o mesmo Sky-Dweller, com segundo fuso horário de 24 horas e calendário anual -, mas sim de um novo mostrador verde vibrante, com acabamentos raiados, exclusivo desta versão em ouro amarelo total. Uma combinação que requer alguma coragem, mas que funciona particularmente bem em quem a tiver.
Hautlence The Linear GA
Começámos o artigo com uma homenagem a Ayrton Senna, é justo terminarmos com outra homenagem a mais uma lenda das pistas. Desta vez em duas rodas: o italiano Giacomo Agostini. O modelo está cheio de referências à sua carreira, como o 15 realçado, alusivo aos 15 títulos mundiais conquistados. Apenas um exemplo, num modelo que se destaca ainda pelo formato linear e digital de marcar as horas - a lembrar, também, uma grelha de partida – e pelo Turbilhão voador, às 6 horas, que gira como a roda de uma moto de competição.