Jonathan Anderson reescreve os códigos da Dior na sua estreia histórica em Paris
Na primeira coleção como diretor artístico da Dior, o designer irlandês apresentou um desfile que uniu rigor histórico e irreverência contemporânea. Num cenário inspirado pela arte do século XVIII, a maison reinventou-se com uma elegância ousada que promete marcar uma nova era.

Há muito tempo que o mundo da moda não antecipava com tanta expectativa uma estreia como a de Jonathan Anderson na Dior. Às 14h do dia 27 de junho, todos os olhares estavam fixos no livestream transmitido pela própria maison. Ao som de "State Trooper", faixa do emblemático álbum Nebraska (1982) de Bruce Springsteen, abriu-se o desfile com uma reinterpretação do icónico Bar Jacket da casa francesa. Desta vez, a peça surgiu em tweed Donegal com costas planas e um subtil toque ampulhetado na frente - um tributo tanto à herança como à inovação.
Em vez da tradicional camisa, o look era composto por um colarinho branco rígido e um par de calções cargo de algodão branco de proporções generosas, com elaboradas pregas laterais que evocavam, quase poeticamente, a silhueta arredondada de um ganso. Este contraste entre o formal e o utilitário, entre o historicismo e a funcionalidade contemporânea, definiu o tom para toda a coleção.

O desfile teve lugar no Hôtel National des Invalides, em Paris - local carregado de simbolismo, onde também decorreram memoráveis apresentações de temporadas anteriores da Dior. Para esta coleção inaugural enquanto diretor artístico de moda masculina e feminina — o primeiro a acumular ambos os cargos desde o próprio Monsieur Dior - Anderson escolheu explorar a história da maison através de um novo vocabulário visual. Falou-se em descodificação e recodificação: uma tentativa de traduzir a linguagem da Dior para os tempos atuais sem perder a sua essência.

O cenário do desfile inspirava-se nas salas da Gemäldegalerie de Berlim. Duas pinturas de natureza-morta de Jean Siméon Chardin, mestre do século XVIII, foram cedidas especialmente para o evento pelo Museu do Louvre e pelas Galerias Nacionais da Escócia, criando uma atmosfera de contemplação artística que dialogava com os próprios looks. Os modelos não pareciam apenas desfilar - habitavam o espaço como figuras retiradas de uma pintura, intemporais, enigmáticos.
O casting de convidados foi outro ponto alto, misturando nomes estreitamente ligados à Dior e figuras de peso da indústria: Pharrell Williams (diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton), Pierpaolo Piccioli, Donatella Versace, entre outros. As presenças reforçaram a dimensão histórica deste momento.

Jonathan Anderson imprimiu na coleção uma energia jovem e intelectualmente provocadora. Cada peça oscilava entre o comercialmente tangível e o idealmente inatingível - um equilíbrio que é, aliás, marca registada do designer. Este yin-yang criativo já se revelou nas suas coleções para a Loewe, casa com a qual será sempre associado enquanto visionário, bem como na sua marca homónima, JW Anderson, e até nas suas colaborações democráticas com a Uniqlo.
A estreia de Anderson na Dior não foi apenas um desfile: foi uma tese visual sobre o que pode ser a moda contemporânea - histórica mas irreverente, luxuosa mas acessível na emoção, formal mas carregada de liberdade.
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