Fiat 500: ‘la dolce vita’ aos 65 anos
Símbolo de uma Itália que se reerguia dos escombros da guerra, há seis décadas e meia este modelo assinalava também o renascimento do gigante industrial Fabbrica Italiana Automobili di Torino.

Comecemos pelo necessário enquadramento histórico
Terminada a Segunda Guerra Mundial – com a Itália a livrar-se, à última hora, do fascismo de Mussolini e a saltar do lado dos derrotados para o dos vencedores – era necessário reconstruir um país completamente devastado por quase dois anos de combates sem cessar (de julho de 1943, início da invasão aliada na Sicília, a maio de 1945, quando o exército alemão finalmente se rendeu). Do lado da indústria automóvel, impossível lançar novos produtos, não havia capital e a maioria das fábricas estava (literalmente) por terra. A palavra de ordem foi, por isso, reaproveitar o que havia antes do conflito. E nesse departamento, a Fiat voltou a fabricar o Topolino ("ratinho" em italiano e também o nome pelo qual era conhecido na "bota" o Rato Mickey), lançado em 1936.

Um novo modelo, Fiat 500... Nuova
Em julho de 1957, quatro meses depois da assinatura do Tratado de Roma, que instituiu a CEE, nascia a "Nuova" 500 – não perder de vista que "automobile", em italiano, é um substantivo feminino; e que quanto ao "500" não havia que enganar: era a cilindrada do pequeno motor de dois cilindros, arrefecido a ar, que desenvolvia uns espantosos 13 (treze) cavalos. Uma alteração radical em relação ao Topolino: tal como no maior (ma non troppo) "irmão" Fiat 600, lançado dois anos antes, o pequeno motor estava colocado sobre o eixo traseiro, e não à frente, libertando espaço do capot dianteiro para bagagens e para acomodar o pneu sobressalente.

O Fiat 500 tinha de facto dimensões extremamente reduzidas: 2,97m de comprimento por 1,32m de largura (e também de altura, detalhe curioso!), para uma distância entre eixos de apenas 1,84m e um peso-pluma em vazio de 499 kg. Não abundava o espaço interior, e a única maneira de um jogador de basquetebol se sentar a bordo era o teto em tecido, que lhe permitia conduzir com o cocuruto ao ar livre. Nota importante: as portas eram as chamadas "suicidas", que abriam no sentido contrário à marcha do veículo.

Um sucesso espantoso!
O 500 foi adotado por uma população que tinha finalmente um carro que podia comprar. O preço de lançamento era de 9750 liras – de recordar que Raffaela Carrà pedia à mãe 100 liras para ir à América... – o que, ao câmbio da altura e sem qualquer correção, equivalia a aproximadamente 950 escudos.

Daí para a frente, foi uma sucessão de melhoramentos e novas versões. Logo no ano seguinte, o 500 Sport ganhava um tejadilho em metal, uma pintura de dois tons (branco e com faixas vermelhas ao longo dos flancos) e um pouco mais de potência debitada pelo mesmo motor bicilíndrico – 21 cavalos em vez de 13, o que lhe permitia atingir a "louca" velocidade máxima de 105 km/h, imagine-se.

Em 1960, duas novidades: uma variante "D", com um motor um pouco maior – nada de muito radical, a cilindrada passou dos originais 479cm3 para os 499cm3, e a potência dos 13 para os 17 cavalos – e com tejadilho metálico, mantendo-se a capota em tecido como um opcional; e uma versão completamente diferente, a Giardiniera, uma carrinha a dar ares de monovolume, também ela um sucesso de vendas pelo seu lado polivalente e profissional. Já em 1965, a versão "F" abandonava finalmente as portas "suicidas" por umas mais convencionais, com dobradiças à frente.

O crepúsculo
Até ao final da sua produção, em 1975, o Fiat 500 ainda receberia duas novas variantes: a "L" (de lusso, luxo) em 1968, uma execução mais aburguesada; e a "R" (de Rinnovata), aparecida em 1971 e que de "renovada" não tinha grande coisa, já que acabou por ser "canibalizada" pelo entretanto lançado Fiat 126. Foi, no entanto, para muitos a melhor versão do Fiat 500, já que beneficiou de todos os melhoramentos que a Fiat foi introduzindo ao longo dos anos 60 e primeira metade dos 70: um motor mais potente, melhor equipamento e acabamentos, mais conforto e mais segurança (travões maiores, por exemplo). Pena foi a Fiat ter-lhe desligado a ficha em 1975, pondo fim a 18 anos de produção e quase 4 milhões de unidades fabricadas.
Um Mustang de ligar à corrente? Sim, mas...
Descansem os puristas: o coupé e o cabrio Mustang ainda existem, estão bem e recomendam-se. Entretanto, está desvendado o mistério: por que carga de água foram dar este nome mítico a um EV? Deram e até nem deram mal.
Gasolina ou gasóleo? Eis a questão
Com os preços dos combustíveis de pernas para o ar – gasóleo mais caro que gasolina – a Mazda respondeu a esta pergunta "shakespeareana". Vejamos o que nos diz o teste a este CX-5 2.0, um gasolina que se comporta (quase) como um diesel.
Volvo XC40 Recharge. Da Suécia com amor
Não tem grelha, pois não? É o primeiro Volvo 100% elétrico e cumpre a promessa feita pela marca sueca: em 2025 toda a sua gama estará eletrificada (‘check’ em 2022) e 50% das suas vendas serão de veículos elétricos.
Test drive MUST. Polestar 2, o 1º elétrico da marca do universo Volvo
Paradoxal, o título? Nem por isso. O Polestar 2 representa a aposta da Volvo no mercado dos veículos 100% elétricos. Tanto assim que não se limita a lançar os seus próprios EV, até criou uma marca dedicada a eles.
Carros voadores? Estão bem mais próximos do que se pensa
Sejam eles drones ou automóveis com asas, os Chitty Chitty Bang Bangs da vida real estão em produção e prontos a transformar os transportes para sempre.
Ainda se lembra do Opel Kadett?
As efemérides são assim: parte-se do presente, viaja-se até ao passado e lá se encontra (mais) um marco da história do Automóvel. Em 1962, nascia o Opel Kadett.
O carro mais especial da coleção vintage herdada pelo rei Carlos III
O espólio de automóveis pertencente à família real inglesa é surpreendente e não era segredo que é um paixão partilhada entre Isabel II e o filho, Carlos III. Este modelo em particular tem uma história extraordinária.
Novo 500: Sim, Mr. DiCaprio, é mesmo verde
Não parece, pois não? Mas é. Até a senhora do anúncio foi enganada. O Fiat 500 tanto quis ser um EV, que até ganhou nomenclatura própria (chama-se Novo 500) e apresenta três carroçarias diferentes. Testámos o “normal” três-portas. Sim, o que Leonardo DiCaprio guia no anúncio.
Primeiro foi o Mustang, agora é este Explorer, e até já há (sacrilégio!) um Caprielétrico. A marca da oval azul continua a usar nomes – que são seus, evidentemente – para batizar novos modeloselétricos. O que vale, então, este Ford Explorerda era EV?
Depois do Uni-T e Uni-V, a fabricante de automóveis Changan Automobile cria mais um modelo inspirado nos veículos de luxo europeus, a um preço imbatível.
Sabemos que nem sempre é possível estacionar à sombra naquele que, por vezes, é o lugar perfeito, nem todos temos garagens ou parques subterrâneos. Eis algumas sugestões para prevenir possíveis danos no seu automóvel.
Já foi Carro do Ano, vai na sua sexta geração (11ª, se contarmos com o seu antecessor) e é um dos modelos que se vê em maior número nas estradas europeias. Afinal, o que vale o bestseller alemão na versão híbrida plug-in?