Corria o ano de 1963 quando Stan Lee, em conjunto com o artistaJack Kirby, criou a famosa banda desenhada X-Men, numa altura em que os super-heróis se tornavam de novo populares. Afinal, tinha sido da mente do então editor-chefe e argumentista daMarvelComics e dos seus colegas Jack Kirby e Steve Ditko que tinham surgido personagens como Homem-Aranha, Homem de Ferro, Thor e Quarteto Fantástico, recorda a Rollingstone num artigo de 2014.
Ninguém estava preparado para o sucesso que viria a ser este grupo de adolescentes com poderes, liderados pelo professor Xavier e ensinados a proteger a própria sociedade que os temia e perseguia de ameaças exteriores e de outros mutantes comoMagneto, um dos grandes inimigos do universo em questão.
À publicação, Lee Stan contou que já tinha usado a "situação do acidente radiotivo" pelo menos três vezes nas suas histórias, e que por isso seguiu outra direção para as novas personagens: "Eram pessoas que não tinham ligação entre elas, por isso seria um trabalho dos diabos [inventar como tinham obtido os seus poderes]. Optei pela saída mais cobarde. Eles nasceram assim. São mutantes", confessou. Porém, na altura alertaram-no de que as crianças não iriam conhecer essa expressão, o que levou ao nome final X-Men (pessoas com poderes extra [em inglês, a letra "x" de X-Men refere-se à primeira sílaba da palavra extra]). 
A edição de colecionadorda Taschen, em tamanho XXL, reune asprimeiras 21 histórias da equipa de super-heróis, originalmente composta por Ciclope, Rapariga Marvel, Anjo, Monstro e Homem de Gelo, publicadas entre 1963 e 1966. Para tal, cada página das bandas desenhadas, impressas há mais de 50 anos, foi cuidadosamente fotografada eremasterizada digitalmentecom recurso a técnicas de retoques modernos a fim de corrigir problemas relacionados com a impressão da época. Além disso, foi desenvolvido umpapel especialexclusivamente para estes volumes, de modo a simular a sensação da banda desenhada original. 
Embora a série tenha sido encerrada por cinco anos, foi repescada em 1975 pelo escritor Len Wein, que trouxe o icónicoWolverineà vida, antes de Chris Claremont assumir o seu cargo pelos 17 anos que lhe seguiram. E o resto é história. A obra conta ainda com umprefácio original de Chris Claremont, umensaio de Fabian Nicieza, escritor dosX-Men,arte original,fotografiaseobjetos de recordaçãodos primeiros tempos dos mutantes.
Marvel Comics Library. X-Men. Vol. 1. 1963–1966 (€500) conta apenas com mil exemplares à venda e pode ser adquiridoaqui.