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Pessoas que acordam cedo são mais felizes, diz a ciência

As chamadas "morning persons" são mais felizes e menos propensas a sofrer de depressão do que as que ficam acordadas até tarde, revela novo estudo.

Foto: Pexels / Emma Filer
24 de março de 2022 | Rita Silva Avelar
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Considera-se uma morning person? Se sim, saiba que está no caminho certo para ser mais feliz. Jessica O'Loughlin, a principal autora de um estudo publicado na revista Molecular Psychiatry sobre o tema, liderou a equipa que inquiriu mais de 450 mil pessoas de meia-idade sobre as suas preferências em relação às suas horas de despertar e adormecer.

Aqueles que diziam acordar mais cedo tendiam a relatar menos casos de depressão e ansiedade. Para chegar a esta conclusão, os investigadores compararam a informação sobre o sono com os relatos de humor de que cada pessoa e descobriram que os indivíduos com um ciclo de sono instável são mais propensos a relatar depressão ou ansiedade e têm menos sentimentos associados ao bem-estar. 

O estudo, levado a cabo pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, descobriu 351 variantes genéticas que determinavam o tempo de vigília: ou seja, a hora a que se acorda todas as manhãs está inscrita no nosso ADN. Conclui-se que aqueles que têm perfis genéticos com propensão para acordar cedo são 8% menos deprimidos do que os outros (os noctívagos). Ou seja, desafiar o ritmo circadiano, que é o compasso que rege o nosso relógio biológico, parece estar altamente associado a pessoas níveis de depressão mais altos, conclui o estudo.

Estudos anteriores, incluindo um de Knutson, professor de psicologia e neurociência na Universidade de Standford, identificaram uma relação entre depressão e ciclos de sono, "embora a evidência mais forte seja dos trabalhadores por turnos", disse Tyrrell, "com alguns estudos que sugerem que estes indivíduos têm uma maior prevalência de depressão e um bem-estar mais baixo".
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