Viver

O que acontece quando não temos vida social

Um estudo clínico revela que ter uma boa vida social aumenta a matéria cinzenta no cérebro e pode diminuir o risco de demência.

Joaquin Phoenix em Her (2013)
Joaquin Phoenix em Her (2013) Foto: IMDb
06 de janeiro de 2022 | Inês Esteves

Apesar das interações sociais estarem limitadas devido à pandemia de Covid-19, é importante conviver, nem que seja à distância, com familiares e amigos. Um novo estudo da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, revela que o envolvimento social desenvolve a matéria cinzenta do cérebro.

Um estudo conduzido pela médica Cynthia Felix e a sua equipa, teve em conta a interação social de 293 pessoas, com uma média de idade de 83 anos. Estes receberam um "scan" que estuou a integridade das células cerebrais utilizadas para o envolvimento com os outros.

Os indivíduos forneceram informações sobre a sua vida e eventos sociais – se iam ao cinema, se conviviam com amigos, familiares, se faziam voluntariado, se eram casados, se viajavam, entre outros. 

Os participantes que se apresentavam mais ativos e que consequentemente estavam rodeados de mais pessoas, tinham matéria cinzenta mais robusta em regiões do cérebro que são relevantes para a demência.

A demência acontece quando as células cerebrais morrem, logo, as interações sociais mostraram-se cruciais neste departamento. A envolvência social com pelo menos um familiar ou amigo mostrou-se bastante benéfico. Fazê-lo é necessário para que o cérebro continue a trabalhar e para que os humanos reconheçam rostos e emoções familiares, tomem decisões e se sintam recompensados, por exemplo.

Apesar da interação social não ser a cura para a demência, esta mostrou-se uma prática saudável. Apesar do estudo se ter focado numa faixa etária mais envelhecida, concluiu-se que uma boa vida social pode proteger contra o declínio cognitivo, no geral.

O que é que isto significa face o isolamento que a Covid-19 incentiva? Enfrentamos um paradoxo: para nos protegermos do vírus temos de diminuir as nossas interações e para manter o nosso cérebro saudável e feliz, temos de as aumentar. No entanto, neste momento é melhor que sejam à distância, através do telefone ou da internet.

Saiba mais Universidade de Pittsburgh, saúde, doenças, questões sociais, estudo, cérebro, covid-19, isolamento
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