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10 mentiras que Donald Trump disse sobre a covid-19

O presidente e a primeira dama norte-americanos testaram positivo à covid-19 ao mesmo tempo que saiu um estudo que indica que Trump foi o maior impulsionador de desinformação sobre a doença.

Foto: Instagram @realdonaldtrump
03 de novembro de 2020 | Inês Esteves

A um mês das eleições presidenciais nos EUA, a corrida à Casa Branca teve de ser interrompida para que Donald Trump recupere. O presidente norte-americano divulgou as notícias no Twitter, escrevendo "esta noite, eu e a @FLOTUS (twitter de Melania Trump) testamos positivo à covid-19. Vamos começar a nossa quarentena e o processo de recobro imediatamente. Vamos ultrapassar isto JUNTOS!" Para além do casal da Casa Branca, os Estados Unidos registaram 884 mortes e 46 mil infetados com o vírus nessas últimas 24 horas. – Com estes últimos dados, o país fica com um total de 207 mil óbitos e 7 milhões de casos confirmados.

Entretanto, foi divulgado um estudo conduzido por investigadores da Universidade de Cornell, nos EUA, que indica que o presidente norte-americano foi o maior dessimulador de informação falsa sobre a infeção, estando o seu nome associado a 38% das "fake news" referidas nos meios de comunicação.

A revista The Atlantic publicou 10 mentiras que o presidente disse sobre a covid-19:

  1. A dia 27 de Fevereiro, o presidente disse que o surto de coronavírus seria temporário: "Vai desaparecer. Um dia, é como se fosse um milagre – vai desaparecer", disse. O director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci avisou-o em relação à gravidade do vírus e estava certo.
  2. "Os números do coronavírus estão bem melhor, têm baixado quase em todo o lado", disse em maio, altura em que os casos estavam a aumentar em quase todos os estados norte-americanos. Durante o verão, a situação foi de mal a pior.
  3. A 6 de julho disse "Temos o nível mais baixo de fatalidades, em todo o mundo". Na altura os EUA eram o 9º país com mais casos de mortalidade, com 41,33 mortes por 100.000 pessoas (segundo a Johns Hopkins University).
  4. No início do mês de março afirmou que qualquer pessoa que precisasse de ser testada, ou quisesse, seria testada. No entanto, os Estados Unidos não tinham essa capacidade.
  5. No seguimento dos testes de covid-19, Trump afirmou que a América tinha desenvolvido uma capacidade de testagem que não se compara com mais nenhuma no mundo. Na altura desta afirmação, a 11 de março, o país ainda não estava a fazer testes suficientes às pessoas, tendo Anthony Fauci confirmado a necessidade de mais testes, no dia seguinte a esta afirmação.
  6. A 17 de março aformou que "sempre soube que isto era real – que isto era uma pandemia. Eu senti que isto era uma pandemia muito antes de lhe chamarem pandemia… Sempre olhei para isto de maneira muito séria." No entanto, Trump sempre desacreditou a seriedade do vírus, comparando-o com uma "constipação".
  7. Disse a 2 de março que as farmacêuticas conseguiam ter uma vacina "relativamente cedo", sendo que no mesmo dia, os líderes das farmacêuticas lhe tinham dito que poderia demorar 18 meses a desenvolver uma vacina. 
  8. No seguimento de desinformação sobre a vacina, disse a 29 de setembro: "estamos a semanas de ter uma vacina". O virologista e Diretor do Centro e Controlo e Prevenção de Doenças, Robert Redfield afirmou que uma vacina para o covid-19 pode estar só disponível no verão de 2021.
  9. O presidente Trump afirmou ainda que Joe Biden queria "atrasar a vacina". Apesar de Biden já ter dito que Trump pôs "pressão política" nos cientistas para acelerar o processo da vacina, este nunca expressou vontade de a atrasar.
  10. Incentivou o uso de Hidroxicloroquina para tratar a covid-19, dizendo que é "efetiva e segura". A própria equipa da agência federal FDA (Food and Drug Administration) pediu que não se tomasse a medicação, porque não tem benefícios provados contra pacientes com covid-19.
Saiba mais Donald J. Trump, Twitter, Casa Branca, Melania, Estados Unidos, Anthony Fauci, saúde, política, questões sociais, doenças
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