Estas são as campanhas que ficaram para a história da moda pelo seu conteúdo pouco consensual.
07 de setembro de 2019 | Marta Vieira
Na década de 1970, Yves Saint Laurent lançou a sua primeira fragância masculina de uma forma muito peculiar. Rompendo com os cânones dos anúncios da época, deixou-se fotografar nu. Se no século passado isto seria símbolo de uma ousadia extrema, hoje nem por isso - mas a moda sempre teve um talento especial para provocar.
Depois desta campanha protagonizada pelo criador francês, vários outros designers e marcas criaram imagens que ficaram para a história da moda, algumas por boas razões, outras nem por isso. Modelos demasiado jovens a representar a sensualidade feminina?Miu Miu e Calvin Klein fizeram-no. Conteúdo sexual demasiado explícito?Tom Ford e Gucci estão entre os culpados. Alusão ao consumo de drogas? A Sisley ironizou sobre o assunto. Os exemplos não fazem a norma, naturalmente, mas são em números consideráveis. Algumas destas campanhas foram mesmo banidas pelo seu teor inapropriado.Veja alguns exemplos nas imagens.
YSL, 1971 | O próprio Yves Saint Laurent foi a estrela da campanha do seu primeiro perfume "Pour Homme". Aqui, Laurent aparecia em pose e completamente nu.
CALVIN KLEIN, 1980 | Uma Brooke Shields adolescente deu que falar quando, em 1980, disse ao mundo que não existia absolutamente nada entre ela e os seus jeans. O anúncio foi considerado impróprio e banido das estações televisivas CBS e ABC.
CALVIN KLEIN, 1992 | A marca americana fotografou Kate Moss em topless, com apenas 17 anos e ao lado de Mark Wahlberg. Mais tarde, Moss contou que a presença do futuro ator a terá deixado tão desconfortável que lhe terá provocado um esgotamento nervoso.
YVES SAINT LAURENT, 2000 | Com mais de 900 queixas na altura em que foi divulgado, este anúncio do perfume Opium da Yves Saint Laurent é um dos mais polémicos de sempre.
AMERICAN APPAREL 2000's | No que se refere à American Apparel, o difícil é encontrar um anúncio que não seja considerado ofensivo. As imagens sugestivas já fazem parte do ADN da marca e esta é uma das mais polémicas da sua história.
SISLEY, 2001 | Um trabalho de Terry Richardson para a Sisley, esta campanha chamada Farming retrata a americana Josie Maran a beber leite diretamente de uma vaca. O olhar da modelo e a frase “hungry for love” que se lê na fotografia contribuíram para o cariz ofensivo que muitos viram na campanha.
GUCCI, 2003 | Fotografada pelo célebre Mario Testino, esta campanha da Gucci mostra uma modelo com a inicial da marca depilada na virilha. Apesar de ter sido banida em vários países, a fotografia correu mundo e é, ainda hoje, uma das campanhas mais icónicas da marca italiana.
TOM FORD, 2007 | Itália foi o primeiro país a banir o anúncio para a fragrância masculina de Tom Ford, que contratou o polémico Terry Richardson para fotografar a campanha. As imagens do frasco de perfume, colocado entre as pernas e o peito de uma modelo, foram alvo de muitas queixas que eventualmente levaram a que a campanha fosse banida em vários países.
DOLCE & GABBANA, 2007 | Esta campanha continua a dar que falar ainda hoje, devido ao aspeto indefeso da modelo face a um grupo de quatro homens e às sugestões de abuso sexual. Foi fotografada por Steven Klein para a marca italiana, em 2007.
DIESEL, 2010 | "Be Stupid" era o slogan da Diesel no final dos anos 2000. A marca de jeans lançou várias campanhas nas quais retratava jovens a fazer coisas pouco aconselháveis. As imagens não foram banidas, mas algumas delas foram descritas como desnecessáriamente sensacionalistas e provocatórias, característica que atravessa muitos dos anúncios da marca.
MARC JACOBS, 2011 | Nesta campanha para o perfume Lola, fotografada por Juergen Teller, a pequena Dakota Fanning, aqui com 16 anos, faz uma espécie de homenagem a Lolita, de Vladimir Nabokov. A campanha terá sido banida de Inglaterra depois da "U.K's Advertising Standards Authority" ter classificado o anúncio como "sexualmente provocativo".
GUCCI | Mais uma campanha de Tom Ford com a Gucci que causou polémica. Entre 1990 e 2004 várias foram as produções que não ofenderam e geraram uma onda de indignação.
MIU MIU, 2011 | Esta campanha da marca italiana gerou polémica quando apresentou uma Hailee Steinfeld de 14 anos sentada numa linha de comboio à espera de cometer suicídio. Ou pelo menos foi assim que as autoridades britânicas o interpretaram e subsequentemente baniram.
BENETTON, 2011 | O Photoshop teve um papel importante nesta campanha da Benetton que, apesar de contar com imagens evidentemente manipuladas, deu que falar quando divulgou beijos entre líderes religiosos e políticos.
MIU MIU, 2014 | O local sugestivo e uma modelo demasiado jovem recostada numa cama foram o suficiente para que esta campanha da Miu Miu fosse banida. A perspetiva da fotografia, tirada à entrada do quarto, e o olhar expectante de uma modelo que parece vestir as roupas de alguém mais velho contribuíram para o ambiente inapropriado da imagem.
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