Estilo / Beleza & Bem-Estar

Grupos de luxo reúnem esforços no combate ao Covid-19

LVMH, Puig e Kering são alguns dos nomes mais sonantes a redirecionar esforços no apoio a governos e profissionais de saúde nos países europeus com mais casos registados de Covid-19.

A fábrica da Guerlain, uma das marcas de beleza do grupo de luxo LVMH
A fábrica da Guerlain, uma das marcas de beleza do grupo de luxo LVMH
24 de março de 2020 | Carolina Silva

A reabertura de fábricas e lojas começa a revelar o lento regresso à normalidade da vida na China. Mas na semana em que o mercado de luxo daquele país regista uma ligeira recuperação, no resto do mundo os esforços ainda estão concentrados no combate à expansão do Covid-19. Na Europa, grande parte das marcas de luxo já fecharam as suas portas, e nomes como Chanel, Hermès e Gucci anunciaram o encerramento das suas fábricas em França, Suíça e Itália. 

Com a rápida expansão do vírus Covid-19 para mais de 180 países, as restrições em todo o mundo continuam a aumentar de forma a travar a disseminação do mesmo. De portas fechadas ao público, as pequenas e grandes marcas estão agora a anunciar os seus esforços na ajuda à Organização Mundial de Saúde, às autoridades públicas dos países e aos profissionais de saúde que se encontram na linha da frente, através da produção e distribuição de máscaras e de soluções desinfectantes, e ainda de doações monetárias.

É o caso da LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton e a Guerlain e cujo CEO, Bernard Arnaut, já anunciou estar a direccionar as fábricas da divisão de perfumes e cosmética para a preparação de quantidades substanciais de álcool em gel, de forma a serem entregues às autoridades públicas em França, desde o dia 16 de Maço e com prioridade para o Hôpitaux de Paris. Também a espanhola Puig, detentora de marcas de perfumaria como Paco Rabanne, Carolina Herrera e Jean Paul Gaultier, alinhou esforços com o Governo espanhol na ajuda ao combate ao vírus Covid-19. Apesar de não fazer parte da sua produção habitual, a Puig iniciou a produção de soluções hidroalcóolicas para colmatar a falta de desinfetates para as mãos.

Em nome das marcas Gucci, Saint Laurent, Alexander McQueen, Bottega Venera e Balenciaga, o grupo Kering doou cerca de 130000 à Hubei Red Cross Foundation. Em Itália, país onde as necessidades de apoio são cada vez maiores, os CEO’s da Prada doaram, pessoalmente, seis unidades de cuidado intensivo e três unidades de reanimação a três hospitais milaneses, enquanto a Giorgio Armani fez um donativo de 1,25 milhões de euros a hospitais e instituições da mesma cidade.

Especializada na produção de cosmética e perfumaria, a francesa L’Oréal oficializou um plano europeu de solidariedade para o coronavírus, apoiando todos aqueles que estão na linha da frente deste combate: as fábricas do grupo iniciaram a produção de gel hidroalcóolico e, em Portugal, distribuíram-se 1500 produtos de higiene para os profissionais de saúde. A La Roche-Posay irá equipar todos os hospitais, lares de idosos e principais farmácias parceiras com o mesmo gel e, em conjunto com a CeraVe, ofereceu 900 máscaras, juntamente com um kit de cuidados de higiene e hidratação das mãos. Já a Divisão de Grande Consumo do grupo, a Garnier irá distribuir mais de 50000 unidades de gel desinfetatnte, em Portugal, a partir do fim de abril. Para apoiar os mais desfavorecidos, a Fundação L’Oréal fez ainda uma doação de um milhão de euros às suas associações parceiras envolvidas na luta contra a precaridade.

Da mesma forma, o Grupo H&M está a organizar a sua cadeia de fornecimento para a produção de equipamento protector pessoal, dando inicio às entregas assim que possível, tendo também a H&M Foundation doado cerca de 460mil euros para o Covid-19 Solidarity Response Fund, apoiando os esforços globais imediatos da Organização Mundial de Saúde.

 

 

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