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Cinco estâncias de esqui que estão, literalmente, no topo

Da Europa ao continente americano, estas estâncias são literalmente o sonho dos praticantes de desportos de inverno, como esqui ou snowboard, dos apaixonados por climas frios e dos amantes de fotografia.

Foto: @vailmtn
01 de fevereiro de 2023 | Miguel Judas

Vail, Estados Unidos

Situada no estado do Colorado, a apenas 150 km da capital Denver, é uma das mais famosas, exclusivas e bem equipadas estâncias de esqui do mundo, onde se inclui a maior escola de esqui dos Estados Unidos, com mais de mil instrutores e aulas para praticantes de todos os níveis. Começou a operar em meados dos anos 60 e tanto a estância como a aldeia foram construídas de raiz, para aproveitar as condições únicas desta região para a prática de desportos de inverno. A principal atração é a montanha Vail, que dá nome ao resort e conta com mais de dois mil hectares esquiáveis. A parte da frente tem diversas pistas para iniciantes, enquanto na Blue Sky Basin, virada para norte, abundam as pistas naturais, entre as árvores, apenas aconselháveis a praticantes mais experientes. O único senão são só mesmo os passes, considerados os mais caros do mundo.

Cortina d'Ampezzo, Itália

Conhecida apenas como Cortina, foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno em 1956 e é uma das estâncias de esqui mais antigas e elegantes do mundo, com as suas encostas "salpicadas" de pequenos abrigos, construídos originalmente para albergar pastores e caminhantes e hoje na sua maioria transformados em bares, restaurantes e hotéis onde a rusticidade se funde com a sofisticação de um dos mais animados après-ski que se conhece. Fica no coração dos Dolomitas, a mítica cordilheira dos Alpes Orientais e o resort está associado ao passe Dolomiti Superski, que dá acesso a mais de 1200 km de pistas em toda esta região. O melhor modo de lá chegar é de comboio, a partir de Veneza, que fica a apenas cerca de 160 km e pode ser outra razão para ir até lá.

Chamonix, França

Aqui se realizaram os primeiros Jogos Olímpicos de Inverno, em 1924, e só por isso, esta estância, bastante próxima do ponto de encontro entre os territórios de França, Itália e Suíça, mereceria estar em qualquer lista dos melhores locais para esquiar do planeta. A primeira estalagem dedicada ao turismo de montanha abriu logo no final do século XVIII e, coincidência ou não, a vizinha de Montblanc era finalmente conquistada pelos primeiros alpinistas poucos anos depois. Em 1816, foi construído o primeiro de muitos hotéis de luxo que se tornaram numa das imagens de marca desta charmosa vila alpina, que desde então se tornou num dos locais mais míticos da história do esqui e do montanhismo mundial.

Zermatt, Suíça

Edificada no sopé do Matterhorn, o desenvolvimento turístico desta histórica vila de montanha, onde a circulação automóvel é proibida, está diretamente ligado a uma das mais famosas montanhas do mundo. Afinal, aqui se cruzam algumas das melhores, mais bonitas e desafiantes pistas de esqui dos Alpes. Ao todo, são mais de 350 km esquiáveis, que fazem desta região a maior e mais elevada região de esqui de verão da Europa, com neve durante o ano. São três as áreas de esqui, Sunnegga-Rothorn, Gornergrat-Stockhorn e o paraíso glaciar de Schwarzsee e Matterhorn, de onde é possível passar para a vizinha região de esqui italiana de Breuil-Cervinia, utilizando a passagem Matterhorn / Theodulpass.

San Carlos de Bariloche, Argentina

Bem próxima da Cordilheira dos Andes e da fronteira com o Chile, esta cidade foi fundada nas margens do lago Nehuel Huapi por emigrantes suíços e alemães, que aqui replicaram o ambiente e a cultura alpina dos seus países de origem – incluindo a tradição chocolateira. É também uma boa base para partir à descoberta dos encantos naturais da região da Patagónia, em especial no inverno (no hemisfério sul é durante o nosso verão), quando as montanhas vizinhas de Cerro Otto, Tronador ou Cerro Catedral se tornam numa das mecas do esqui da América do Sul, com centenas de quilómetros de pistas para todos os tipos de praticantes. 

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