Novo mobiliário Burel Factory
O designer Rui Tomás e a Burel Factory juntaram-se para criar uma coleção cápsula com três peças de mobiliário essenciais. Os princípios são os de sempre: sustentabilidade, trabalho artesão e utilização de materiais naturais. Uma das peças ganhou o Red Dot Award de 2023.
Certamente que já conhece as peças de vestuário e acessórios da Burel Factory – as suas echarpes, cachecóis e ponchos são inconfundíveis, e têm deliciado turistas e portugueses que valorizam roupa feita de forma artesanal e sustentável, com conhecimentos ancestrais e materiais locais. O que talvez não saiba é que a Burel Factory foi expandindo a sua oferta, para incluir objetos de decoração, como quadros, tapetes, mantas e almofadas, e também mobiliário, como puffs, bancos e mesas. Mais recentemente, convidou o designer Rui Tomás para desenhar três peças de mobiliário: um biombo, um cadeirão e uma estante, todos com os materiais nobres e as técnicas ancestrais da Burel Factory. Um deles ganhou o Red Dot Award de 2023 para Design de Interiores e Arquitetura.
Comecemos por esse: o biombo. Chama-se Onda, está disponível em dois tamanhos e é feito com burel e madeira de carvalho com aplicação manual de cera de abelha. Talvez não tenha percebido, mas burel é não só o nome da fábrica, mas também um tecido específico, que começa com fardos de lã de 200kg, que passam por um processo longo e meticuloso de cardagem, fiação e tecelagem. No fim, temos então o burel. Para além das suas qualidades estéticas, térmicas e até de resistência ao fogo, o burel tem também qualidades de isolamento acústico. E é essa a sua grande função no biombo Onda. Não só permite dividir espaços de forma estética e elegante – ou esconder tralhas das visitas com rapidez e eficiência –, mas absorve até 95% do som, sendo, por isso, não apenas uma bonita peça de decoração, mas também ideal para locais de trabalho, em especial, os temidos e adorados em igual medida open spaces.
Se é daquelas pessoas que a primeira coisa que pensa quando pensa em mobiliário é em coisas confortáveis para sentar (estamos consigo), ficará feliz de saber que uma das peças criadas por Rui Tomás é, precisamente, um cadeirão. Chama-se Pad e o burel que lhe dá vida é a única matéria-prima visível. Aqui, o que conta mesmo é o conforto e é por essa razão que o Pad está tão rebaixado, permitindo esticar as pernas sem recorrer a um otomano – o pousa-pés, não o habitante do ex-Império Otomano. É um cadeirão perfeito para ler um livro ou para fingir que lê o jornal, enquanto dormita.
Por último, Rui Tomás desenhou algo de essencial em qualquer decoração de interiores: uma estante. Chama-se Ilha e, aqui, a escolha pode recair sobre cinco tamanhos dependendo do número de prateleiras: duas, três, quatro ou cinco. Na versão de duas prateleiras, a Ilha aproxima-se mais de um aparador ou até de uma mesa de cabeceira de proporções generosas.
Nesta estante, independentemente do tamanho, pode esconder-se ou revelar-se o que nelas se coloca, bastando para isso ajustar as persianas de tecido burel que percorrem o perímetro da prateleira em calhas. Em vez de ser utilizada junto a uma parede, a estante pode ser colocada no centro de um espaço, servindo também dividir áreas. A madeira usada, tal como no biombo, é o carvalho com aplicação manual de cera de abelha.
Estas três peças de mobiliário têm preços entre os 798 euros, no caso do biombo Onda mais pequeno; 1400 euros para o cadeirão Pad; e até 2652 euros para a estante Ilha de cinco prateleiras. Aqui vemo-los nas cores verde industrial e âmbar, mas é possível escolher uma das 80 cores do catálogo, em burel reciclado, botânico ou abstrato.
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