Vinhos imprevistos e surpreendentes para uma mesa bem composta
Não é qualquer um que bebe um verde tinto facilmente. Habitualmente ficam reservados para pratos como a lampreia ou cabidela. Agora já se fazem de outra forma, mais gastronómicos e agradáveis. Dois tintos do Dão, um branco e um tinto da Vidigueira e, a terminar, um colheitas tardias de quem o sabe fazer.
Quinta de Monforte
Há quem tenha dificuldade em beber vinho verde tinto, normalmente feito a partir da casta Vinhão (Sousão no Douro). A família de Daniel Rocha tomou conta da Quinta de Monforte, uma propriedade histórica em Penafiel, numa peculiar encosta em pleno coração da região do Vinho Verde e, o Vinhão que lançou recentemente, é tudo menos difícil. Fermentado em lagares de granito, com pisa a pé e com temperatura controlada. €9,50
Manel Chaves Touriga Nacional 2018
Manel Chaves era o pai do enólogo Hugo Chaves da Quinta dos Monteirinhos. Este vinho DOC Dão, monocasta Touriga Nacional, é uma homenagem que honra a história de uma família agrícola da Beira Alta. Os responsáveis referem que deve ser aberto 15 minutos antes de ser consumido e servido a uma temperatura de 16 e 18 graus. Estagiou 15 meses em barricas de carvalho francês. €22.50
Casa da Passarela O Oenólogo 2020
Um encruzado 100%, assinado pelo enólogo (ou oenólogo) Paulo Nunes, DOC Dão da sub-região da Serra da Estrela. Maceração pré-fermentativa, em barrica usada e battonage. Um produtor que renasceu das cinzas, mas com uma história que remonta ao século XIX. Grandes vinhos nasceram desta casa e destas vinhas entretanto abandonadas, mas ressurgidas mais recentemente. €14
Élevage Tinto 2019
Um vinho feito a partir da variedade Alicante Bouschet da Herdade do Sobroso, na Vidigueira, das parcelas xisto-argilosas. A vindima foi manual e a fermentação em lagar com temperatura controlada. Estagiou 12 meses em ânforas produzidas em Itália a partir de uma argila de elevada pureza à qual os oleiros juntaram um processo de cozedura de altas temperaturas. €90
Herdade Grande Branco Grande Reserva 2019
Um branco das castas Viosinho (45%), Rabigato (33%) e Arinto (22%) dos solos xistosos da Herdade no Alentejo. Vindima manual, seleção de uvas em mesa de escolha e desengace total. Ligeira prensagem e fermentação e estágio sob borras totais durante 10 meses em barricas de 400 litros de carvalho francês. €18,50
Casal Sta. Maria Colheitas Tardias 2017
Um vinho de ‘sobremesa’, doce, proveniente de vinhas plantadas junto à Praia da Adraga em Sintra, que originou cachos pequenos e concentrados. A casa deixou as uvas intencionalmente a amadurecer até final de outubro e início de novembro, a vindima foi manual com seleção na vinha e na adega. Ligeiro esmagamento, fermentação feita em barricas velhas de carvalho francês, interrompida com o frio. €24,50
A nova vida dos vinhos do Algarve
Rui Virgínia não é apenas mais um produtor de vinho. Ajudou a pôr o Algarve no mapa dos vinhos com a marca Barranco Longo, mais conhecida pelos rosés e brancos. Primeiro foram as laranjas, mas um desafio de amigos ditou-lhe o caminho para as vinhas.
ITER 10 Years Celebration. Um vinho de 2017 que nasceu da celebração
No final de 2021, a marca ITER da enóloga Filipa Pizarro comemorou 10 anos de existência, em simultâneo com os 20 da Duplo PR, empresa de consultadoria enológica da qual é sócia. Este tinto é o resultado dessa celebração.
Vinhos provocadores, modernos e tradicionais
Vinhos para gostos muito ecléticos. Um vinho branco natural, ousado, com um rótulo artístico que o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) demorou a aprovar, quatro tintos de três regiões diferentes, mas um deles “pouco” tinto. Um branco clássico, mas com selo vegan de uma casa que dispensa apresentações.
Vinhos para celebrar namoros e ligações fortes
Para abrir, dois espumantes, ambos de terras perto da Serra da Estrela, que se servem à mesa e não apenas nos brindes. Um clássico premiado do Douro e um vizinho com certificação. Uma novidade de Dirk Niepoort e um espanhol da Rioja agora à venda por cá.
Vinhos imortais, naturais, velhos e novos
Uma das sugestões passa por vinhas que ao contrário do resto do país não foram dizimadas pela filoxera. E por isso, só se pode falar numa região: Colares. Um tinto natural invulgar e outro de assinatura e três brancos de outras tantas regiões. Para provar pausadamente com a família e amigos.
É no Lumen, um hotel de quatro estrelas no centro de Lisboa, inaugurado em 2021, que se esconde este restaurante. Aqui todas as noites há um espetáculo de videomapping que dá a conhecer os monumentos e a luz da capital. Jantar aqui é um verdadeiro dois-em-um, com boa comida e animação incluída.
Carvalhas e Boavista são duas das mais históricas e extraordinárias quintas no Douro, e trazem muitas histórias novas para contar… ou melhor, provar.
Provar pratos de mar como a garoupa ou polvo, mas também beber um copo de vinho branco bem fresco no rooftop. Assim é um almoço no já famoso restaurante da cidade.
A batata doce tem conquistado espaço na gastronomia. A espécie em particular recebeu Denominação de Origem Protegida (DOP) na Madeira e Indicação Geográfica Protegida (IGP) em Aljezur, no continente.